Política

REFORÇO POLÍTICO

Azambuja anuncia que vai levar mais da metade dos prefeitos tucanos para o PL

Ex-governador assina ficha de ingresso no partido do ex-presidente Bolsonaro no dia 21 de setembro em Campo Grande

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Com ato de filiação ao PL confirmado para o dia 21, em decorrência de a data marcada anteriormente coincidir com o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-governador Reinaldo Azambuja revelou ontem ao Correio do Estado que vai levar com ele para o partido mais da metade dos 44 prefeitos tucanos de Mato Grosso do Sul.

No mesmo dia em que vai assinar a ficha de ingresso no partido do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro, Azambuja terá a companhia de 18 prefeitos, que também trocarão o PSDB pelo PL, porém, já avisou que outros gestores municipais do Estado deixarão o ninho nos próximos meses.

“Chego ao PL para somar e multiplicar a força da direita em Mato Grosso do Sul. No dia 21 de setembro, 18 prefeitos do PSDB vão assinar a ficha de filiação ao meu lado e alguns outros prefeitos do partido também farão o mesmo caminho em breve”, declarou.

Azambuja ainda informou ao Correio do Estado que, além dos prefeitos tucanos, deputados federais e estaduais do partido também vão migrar para o PL a partir de março do próximo ano, quando abrir a janela partidária. “Vários parlamentares têm interesse de se filiar ao PL, mas, até o momento, já confirmaram os deputados estaduais Mara Caseiro e Zé Teixeira. Esses reforços chegarão para fortalecer o projeto da direita no Estado para 2026”, assegurou.

Com Azambuja à frente do PL, o partido chegará, a partir do dia 21, a 23 prefeitos, já somando os 18 eleitos pelo PSDB com os cinco eleitos pelo partido de Bolsonaro.

Entre os 18 prefeitos que deixarão o PSDB para ingressar no PL está o de Itaquiraí, Thalles Tomazelli, que também é presidente da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul), o de Ivinhema, Juliano Ferro, o de Bonito, Josmail Rodrigues, a de Mundo Novo, Rosária de Fátima, o de Jardim, Juliano Guga Miranda, o de Anastácio, Manoel Aparecido, o de Caracol, Neco Pagliosa, e o de Novo Horizonte do Sul, Aldenir Barbosa.

ATO POLÍTICO

A festa política para recepcionar o ex-governador no PL será no dia 21, às 16h, no Clube de Campo Associação Nipo Brasileira, localizado na Avenida Ministro João Arinos, nº 140, no Bairro Jardim Veraneio, em Campo Grande.

A reportagem foi informada de que são esperadas mais de quatro mil pessoas no ato político, incluindo o presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, e o secretário-geral da legenda, senador Rogério Marinho (RN).

E, provavelmente, a ex-primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, atual presidente nacional do PL Mulher, que também foi convidada em razão de o ex-presidente Bolsonaro estar impedido de viajar por estar em prisão domiciliar determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Também são esperadas outras lideranças locais, incluindo centenas de vereadores, dezenas de prefeitos, deputados estaduais, deputados federais, os senadores Nelsinho Trad (PSD), Tereza Cristina (PP) e Soraya Thronicke (Podemos), bem como o governador Eduardo Riedel (PP).

A intenção do PL é fazer um ato político grandioso para demonstrar a força da legenda em Campo Grande e em Mato Grosso do Sul e, por isso, as outras filiações.

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ACEITOU

Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

Espera

Motta aguarda assessoria jurídica da Câmara para definir posse de suplente de Zambelli

Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli

13/12/2025 21h00

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta Foto: Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), espera uma resposta da assessoria jurídica da Casa para definir o destino do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) até segunda-feira, 15.

A equipe de Motta afirmou à reportagem que a decisão deve tratar não necessariamente da cassação de Zambelli, mas da posse de Adilson Barroso (PL-SP). O prazo de 48 horas dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Câmara menciona especificamente a posse do suplente, não a cassação da titular.

A Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli. O colegiado também chancelou a determinação para que a Mesa da Câmara dê posse ao suplente da deputada em até 48 horas, como prevê o regimento interno da Casa.

A decisão anulou a deliberação da própria Câmara de rejeitar a cassação de Zambelli, o que foi visto como afronta ao STF. Foram 227 votos pela cassação, 170 votos contrários e dez abstenções. Eram necessários 257 votos para que ela perdesse o mandato.

Moraes disse em seu voto que a deliberação da Câmara desrespeitou os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, além de ter "flagrante desvio de finalidade".

O ministro afirmou que a perda do mandato é automática quando há condenação a pena em regime fechado superior ao tempo restante do mandato, já que o cumprimento da pena impede o trabalho externo.

Nesses casos, cabe à Casa legislativa apenas declarar o ato, e não deliberar sobre sua validade.

O STF condenou Zambelli em maio pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena é de 10 anos de prisão em regime inicial fechado, e tem como resultado a perda do mandato na Câmara.

A deputada, no entanto, fugiu do País antes do prazo para os recursos. Ela hoje está presa preventivamente na Itália, e aguarda a decisão das autoridades italianas sobre a sua extradição.

A votação em plenário na madrugada da quinta-feira, 11, contrariou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que, na tarde desta quarta-feira, 10, tinha aprovado a cassação.

Zambelli participou por videoconferência da deliberação da CCJ e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. "É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação", disse.

No plenário, a defesa ficou com Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, que fez um apelo para demover os deputados. "Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas", afirmou. O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completou 18 anos nesta quinta-feira.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), discursou pedindo pela cassação. "Estamos aqui para votar pela cassação que já deveria acontecer há muito tempo", disse.

O PL trabalhou para contornar a cassação, para esperar que Zambelli perca o mandato por faltas. Pela regra atual, ela mantém a elegibilidade nessa condição.

Caso tivesse o mandato cassado, ficaria o tempo de cumprimento da pena mais oito anos fora das urnas. Ela só poderia participar de uma eleição novamente depois de 2043. Estratégia similar foi feita com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deverá ter a perda do mandato decretada pela Mesa Diretora.

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