Política

ACORDO

Azambuja sai, mas diz que deputados federais ficarão no ninho

Beto Pereira, Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende, vão continuar na sigla para disputar a reeleição em 2026

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Após reunião com o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, o ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente estadual da legenda, comunicou a saída do ninho tucano e ingresso no Partido Liberal (PL) do ex-presidente da República Jair Bolsonaro.

“Na primeira quinzena de setembro, devo assinar a ficha de filiação, mas alinhei com o Perillo que os três deputados federais do PSDB, Beto Pereira, Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende, vão continuar na sigla para disputar a reeleição em 2026”, informou ao Correio do Estado.

No entanto, Azambuja disse que os deputados estaduais filiados ao PSDB devem trocar de legenda para tentar a reeleição no próximo ano. 

“Por enquanto, quem está certo de me acompanhar é a deputada estadual Mara Caseiro, que sairá candidata a deputada federal. Os demais não definiram ainda. Sobre os prefeitos, alguns devem me acompanhar, outros vão permanecer na legenda e os demais vão para outros partidos, até para darem suporte aos vereadores, que não terão janela partidária até 2028”, adiantou.

Já Marconi Perillo considerou a reunião excelente. “Foi uma reunião entre amigos que somos. Eu e o Reinaldo somos há 30 anos filiados ao PSDB, enquanto o Riedel é um amigo há muitos anos. Os nossos deputados Dagoberto, Geraldo e Beto também são filiados há muitos anos. Em um partido a gente faz relações para além da política, a gente acaba fazendo relações de amizade, de confiança. Talvez essa seja a palavra mais importante, confiança”, declarou.

Para o presidente nacional do PSDB, a conversa foi sobre o futuro do Brasil e a preocupação de buscar juntos um caminho para o País.

“Para que o Brasil saia dessas dificuldades que ele enfrenta hoje, sobretudo na governança, nós temos a convicção de buscarmos um candidato à altura do Brasil à Presidência da República. Um candidato que possa encarnar os sentimentos de estados produtores, como é o caso de Mato Grosso do Sul, Goiás e tantos outros”, disse.

Ele lembrou que o ninho tucano no Estado conta com 300 vereadores, 44 prefeitos, 6 deputados estaduais da melhor qualidade e 3 deputados federais.

“Então, ficou claro nesse entendimento nosso que é fundamental a continuidade de todo esse projeto, de toda essa estrutura partidária que tem o PSDB hoje. Os três deputados federais, portanto, vão liderar uma nominata para que a gente possa eleger pelo menos três deputados estaduais e reeleger os três deputados federais”, finalizou.

O deputado federal Geraldo Resende falou ao Correio do Estado que foi uma boa reunião.

“O ex-governador Reinaldo Azambuja, junto com o governador Eduardo Riedel, já manifestou ao presidente que, devido à conjuntura local, eles precisarão estar em outros partidos. Quanto aos três deputados federais, nós pactuamos que vamos discutir a permanência juntos e vamos disputar as eleições no mesmo partido em 2026. Preferencialmente, nós temos o interesse de permanência no PSDB”, assegurou.

Porém, completou o parlamentar tucano, isso não impossibilita os três de terem conversas com outras legendas.

“Porque nós vamos decidir definitivamente no fim de março do ano que vem, mas eu já havia manifestado essa minha intenção a outras lideranças, inclusive ao próprio presidente Marconi Perillo, com quem eu vou ter uma reunião novamente nos próximos dias para discutir o projeto local”, revelou.

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POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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