Política

ALIANÇA

Azambuja vai apoiar reeleição
de Marcos Trad para prefeito

O acordo foi fechado durante apoio ao governador na Capital

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O prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), terá o apoio do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) para sua reeleição em 2020. Esse acordo foi fechado ainda em 2018, em retribuição à participação do prefeito e seus aliados na campanha do governador em Campo Grande. Em uma disputa apertada no segundo turno, Azambuja superou as dificuldades e venceu, na Capital, o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PDT) por 28.549 votos de diferença [243.742 a 215.193 votos].

Com esse acordo, ainda extraoficial, o vice de Marcos Trad será indicado pelo PSDB, e não deve ser mais Adriane Lopes (Patriotas). Mas este assunto faz parte de uma discussão preliminar dentro do ninho tucano. A orientação é deixar a questão fluir no ano da eleição, para evitar desgastes e expectativas que poderão ser frustradas até 2020.

O certo mesmo é a aliança dos tucanos com o PSD, em 2020. Quem disse isso foi o governador Reinaldo Azambuja, quando confirmou o compromisso de apoiar a reeleição do prefeito. Ele declarou já ter o seu candidato a prefeito de Campo Grande, independentemente das circunstâncias políticas até 2020.

“Eu falo por mim, tenho compromisso com Marquinhos e vou trabalhar pela reeleição dele”, declarou Azambuja. Ainda no primeiro mandato, o governador se tornou grande parceiro do prefeito, liberando verbas para investimentos em obras em Campo Grande. Essa parceria se transformou em aliança política na sucessão estadual, quando o prefeito “entrou de sola” na campanha de reeleição de Azambuja. 

Quando se fala em parcerias administrativa e política, estas não ficarão restritas a 2020. A expectativa é este acordo se estender a 2022, quando estará em jogo a eleição do novo governador de Mato Grosso do Sul. Azambuja estará fora da disputa, porque já foi reeleito para o segundo mandato.

O governador poderá, se não quiser ficar sem mandato, renunciar ao cargo para concorrer a uma vaga de senador com apoio de Marcos Trad e de ampla aliança de partidos. Neste caso, o atual vice-governador e secretário estadual Infraestrutura, Murilo Zauith (DEM), assumiria o cargo máximo eletivo do Estado.

E nessa aliança partidária o candidato a governador poderá ser o prefeito de Campo Grande, Marcos Trad. Isso explica a importância da escolha do vice do PSDB. O indicado, no caso de reeleição de Trad, poderá assumir a prefeitura por dois anos com a renúncia dele para disputar o governo do Estado.

Na avaliação da cúpula do PSDB, a aliança de 2018 com Marcos Trad em Campo Grande foi determinante para o governador ganhar a eleição. Tanto é que Azambuja reconheceu o esforço do prefeito para virar o jogo no maior colégio eleitoral de Mato Grosso do Sul, no qual estavam valendo mais de 500 mil votos. Mesmo assim, a disputa foi apertada.

E o discurso do governador de apoio à reeleição de Marcos Trad não fica só na política. Ele destacou o estilo de gestão empreendida por ele em Campo Grande. “Acredito no modelo de gestão, na equipe que ele [prefeito] montou”, afirmou Azambuja. 

Azambuja destacou ainda a estratégia do prefeito de governar sem prejudicar obras essenciais em período de crise. “Ele conseguiu, nessa crise, implementar benefícios e fez um trabalho sério em Campo Grande”, afirmou.

O governador ressaltou ainda a confiança para apostar em uma aliança política futura e na parceria administrativa. “Pela confiança que ele tem no meu trabalho, só existe uma maneira de retribuir a ele essa parceria. Nestes dois anos, vamos intensificar as parcerias”, declarou.

O prefeito Marcos Trad já vem se preparando para concorrer à reeleição. Embora esteja evitando falar sobre as eleições de 2020, ele já declarou o interesse em buscar o segundo mandato para executar obras de desenvolvimento social e econômico em Campo Grande.

E esses investimentos dependem de parceria com o governo do Estado, porque a prefeitura não dispõe de recursos para realizar os projetos idealizados por Marcos Trad.

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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