Política

ELEIÇÕES 2026

Azambuja vence para o Senado em 15 das 20 maiores cidades de MS

A análise foi realizada com auxílio de uma IA e levando em consideração a pesquisa Correio do Estado/Ipems

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O ex-governador Reinaldo Azambuja (PL), além de liderar o ranking dos pré-candidatos ao Senado que têm mais potencial de crescimento eleitoral até as eleições gerais do próximo ano em Mato Grosso do Sul, também domina o eleitorado de 15 das 20 principais cidades do Estado em número de eleitores.

Já a ministra de Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), venceria em três cidades, enquanto o senador Nelsinho Trad (PSD) e o ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB) seriam vitoriosos em uma cidade cada um.

A análise foi realizada pela reportagem com auxílio de uma inteligência artificial (IA) levando em consideração a terceira pesquisa feita pelo Correio do Estado e o Instituto de Pesquisas de Mato Grosso do Sul (Ipems) sobre as intenções de votos para senador no Estado.

Conforme o levantamento, as 20 maiores cidades sul-mato-grossenses são Campo Grande, Dourados, Três Lagoas, Ponta Porã, Corumbá, Naviraí, Nova Andradina, Sidrolândia, Maracaju, Amambai, Coxim, São Gabriel do Oeste, Aquidauana, Rio Brilhante, Paranaíba, Fátima do Sul, Chapadão do Sul, Mundo Novo, Jardim e Bela Vista.

Azambuja venceria em Dourados, Ponta Porã, Naviraí, Nova Andradina, Sidrolândia, Maracaju, Amambai, Coxim, São Gabriel do Oeste, Aquidauana, Rio Brilhante, Chapadão do Sul, Mundo Novo, Jardim e Bela Vista – todas essas 15 cidades têm o agronegócio como principal força econômica e são do interior.

Já a ministra de Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, que está em 2º lugar no ranking dos pré-candidatos que têm mais potencial de crescimento eleitoral até as eleições gerais do próximo ano no Estado, também aparece na 2ª posição entre os 20 maiores municípios sul-mato-grossenses, dominando o eleitorado em três cidades: Três Lagoas, onde já foi prefeita, Corumbá e Paranaíba.

O senador Nelsinho Trad, que tentará a reeleição, domina apenas Campo Grande, porém, trata-se da capital de Mato Grosso do Sul e, portanto, o município que mais tem eleitores, 618.661 no total, ou 31,48% do eleitorado estadual, conforme levantamento mais recente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS) divulgado no dia 31 de outubro deste ano.

No caso do ex-deputado estadual Capitão Contar, ele só domina o eleitorado de Fátima do Sul, porém, é competitivo nos municípios fronteiriços, como, por exemplo, Ponta Porã, Aral Moreira, Amambai e Coronel Sapucaia.

CONCENTRAR ESFORÇOS

Ainda com o auxílio da IA e levando em consideração a terceira pesquisa feita pelo Correio do Estado-Ipems sobre as intenções de votos para senador no Estado, também foi possível apontar onde cada um dos quatro principais pré-candidatos ao Senado deve concentrar esforços na campanha eleitoral de 2026.

No caso de Azambuja, como ele defende a hegemonia em Maracaju, Rio Brilhante e Dourados, precisa expandir a campanha eleitoral para Chapadão e Costa Rica, onde o agronegócio pesa muito, e recuperar voto em Campo Grande, que é o seu único ponto fraco.

Já Simone, que, mesmo dominando os municípios da costa leste de Mato Grosso do Sul, tem de ampliar sua presença em Três Lagoas e cidades vizinhas, bem como conversar com os eleitores mais moderados da Capital e trabalhar o voto feminino, que é o seu principal diferencial.

O Capitão Contar precisa consolidar sua presença nas cidades do interior do Estado, onde o agronegócio domina e os eleitores são mais conservadores. Ele também precisa dobrar a atuação em Três Lagoas e Dourados, bem como combater a rejeição no 2º voto, que é seu ponto fraco.

Por sua vez, o senador Nelsinho Trad, cuja força está em Campo Grande, onde tem vantagem real sobre os outros três pré-candidatos, precisa mostrar presença em Dourados, Naviraí e Ponta Porã, onde é fraco, bem como reforçar o nome no agronegócio via parcerias com os prefeitos.

MAIS POTENCIAL

O ex-governador Reinaldo Azambuja e a ministra de Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, lideram o ranking dos pré-candidatos ao Senado por Mato Grosso do Sul que têm mais potencial de crescimento eleitoral até as eleições gerais do próximo ano no Estado.

No ranking, Azambuja aparece com 104% de potencial de crescimento, podendo dobrar a votação em razão da capilaridade que detém, enquanto Tebet vem em segundo com 97%, tendo a possibilidade de crescer entre o eleitorado feminino e o moderado.

Em seguida, aparecem o senador Nelsinho Trad, que tentará a reeleição, com 79% de potencial de crescimento sólido, porém, restrito a Campo Grande, e o ex-deputado estadual Capitão Contar, com 20%, pois, conforme a IA, ele já está no teto do eleitorado da direita, ficando impossibilitado de crescer mais.

No caso do ex-governador, a análise apontou que ele tem o maior potencial de crescimento, maior capacidade de montagem de palanque, eleitor transversal (direita, centro e moderado) e baixa rejeição aparente (números fortes no 2º voto).

Além disso, as principais forças que impulsionam o crescimento dele é o fato de aparecer forte no 1º voto (20,18%) e fortíssimo no 2º voto (16,97%), o que indica baixa rejeição. Azambuja também é o único com presença consolidada em todo o interior do Estado, onde estão 70% dos eleitores.

Do ponto de vista ideológico, ocupa um espaço moderado à direita, onde há mais eleitores disponíveis, pois, como ex-governador por dois mandatos, tem capital político, base de prefeitos e obras entregues.

Também não sofre divisão severa no seu campo – não disputa o mesmo eleitor fiel do bolsonarismo, nem compete com o eleitor moderado de Simone. Portanto, é o pré-candidato com maior potencial de crescer e vencer a eleição.

Já Simone também tem alta capacidade de crescimento e quase nenhuma rejeição pública, sendo fortíssima no voto moderado, feminino e escolarizado e melhor performance no 2º voto entre as mulheres.

Ela ainda tem forças que ampliam seu crescimento: figura nacional, ministra, articulada e vista como gestora confiável. Outro ponto positivo é que Tebet tem 13,15% no 2º voto, número muito sólido, e, como ocupa o centro político, atrai eleitor não radicalizados – o maior grupo hoje em Mato Grosso do Sul.

Além disso, o eleitorado feminino tende a crescer para ela após o início da campanha, porém, sua limitação é que o campo do centro é menor que o campo da direita no Estado.

Sua força é distribuída, mas não explode em nenhum grande reduto (exceto Três Lagoas) e, por isso, tem o segundo maior potencial de crescimento, podendo surpreender se a disputa polarizada entre dois homens.

correio do estado / ipems

OS OUTROS DOIS

Com relação aos outros dois pré-candidatos, Nelsinho aparece em terceiro porque tem um potencial moderado, concentrando sua força em Campo Grande (20,33% no 1º voto), do eleitor fiel do PSD e na baixa rejeição.

Conforme a análise, as forças dele são a grande presença em Campo Grande, que concentra a maior parte dos eleitores urbanos, o perfil moderado e o fato de ser muito conhecido, tendo baixo risco de rejeição.

Porém, suas limitações claras são quase não crescer no interior, o que define a eleição ao Senado, não ocupar nenhuma faixa eleitoral “livre”, disputando moderados com Simone, estrutural com Azambuja e periferia conservadora com Contar. Ou seja, potencial real, mas não explosivo, crescendo menos que a ministra e para o ex-governador.

Já o Capitão Contar tem base fiel (bolsonarismo raiz), lidera o 1º voto (24,54%), mas é o que menos cresce entre os quatro, com desempenho baixo no 2º voto (apenas 6,16%) – sinal de alta rejeição oculta –, campo ideológico limitado (extrema direita) e eleitor homogêneo, mas pequeno para uma eleição de duas vagas.

As limitações do ex-deputado estadual e que prejudicam o seu crescimento são o fato de o eleitor da direita estar dividido entre Azambuja (direita moderada) e o deputado federal Marcos Pollon (direita radical), de a direita já ter o governador Eduardo Riedel (PP) como grande puxador de votos, o que tira sua hegemonia, e de não aparecer como segunda opção – isso destrói seu potencial de expansão. Portanto, sua maior força está no 1º voto e, por isso, menor potencial de crescimento.

Em resumo, o nome com maior potencial de crescimento real é o de Azambuja, seguido de Simone, enquanto Nelsinho cresce medianamente e Contar é o que menos cresce apesar de liderar o 1º voto.

O ex-governador tem a maior soma de 1º e 2º votos, baixa rejeição, forte no interior e campo ideológico amplo, enquanto a ministra tem imagem positiva, centro político disponível e baixo desgaste.

Já Nelsinho é forte só na Capital, cresce pouco no interior, enquanto o Capitão Contar tem alto 1º voto, mas péssimo 2º voto, com um campo ideológico limitado, o que restrige seu crescimento.

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Política

Cármen Lúcia vota pela confirmação da cassação de Zambelli e conclui placar da Primeira Turma

Com a manifestação da ministra, o colegiado tem quatro votos e conclui o julgamento

12/12/2025 19h00

Crédito: LULA MARQUES/ AGÊNCIA BRASIL

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A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, também votou para que a Primeira Turma da Corte confirme a decisão que decretou a perda do mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP) - condenada a um total de 15 anos de prisão em duas ações penais. Com a manifestação da ministra, o colegiado tem quatro votos e conclui o julgamento chancelando também a anulação da decisão da Câmara dos Deputados que tentou salvar Zambelli.

Assim como o relator, Alexandre de Moraes, e os colegas Flávio Dino e Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia apontou inconstitucionalidade na votação da Câmara que tentou poupar o mandato da bolsonarista.

A ministra destacou a impossibilidade de Zambelli exercer seu cargo como deputada vez que foi condenada a prisão em regime fechado, lembrando que, por essa razão, é estabelecida a perda automática do mandato como decorrente da sentença condenatória.

"A condenação a pena que deva ser cumprida em regime fechado, como se dá na espécie vertente, relativamente a Carla Zambelli Salgado de Oliveira, impede que ela sequer se apresente, sendo fática e juridicamente impossível ela representar quem quer que seja. A manutenção do mandato deixaria o representado - o povo que elege - sem representação, pela impossibilidade de comparecimento para o exercício do cargo pelo que tinha sido eleito", destacou a ministra.

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Política

De olho em 2026, Botelho e Tebet articulam uso de terras da União para destravar obras em MS

Encontro teve como foco destravar ativos imobiliários federais para acelerar a habitação popular e a reforma agrária no estado

12/12/2025 16h00

Divulgação

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O superintendente do Patrimônio da União em Mato Grosso do Sul (SPU/MS), Tiago Botelho (PT), reuniu-se na quarta-feira (11), em Brasília, com a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB). O encontro teve como foco destravar ativos imobiliários federais para acelerar duas frentes sensíveis no estado: habitação popular e reforma agrária.

O encontro em Brasília carrega forte componente político. Segundo Botelho, a expectativa é preparar um pacote de entregas robusto para uma visita do presidente Lula a Mato Grosso do Sul, prevista para o primeiro trimestre de 2026. 

A agenda serviria como contraponto político em um estado majoritariamente ligado ao agronegócio conservador, apostando em obras estruturantes para disputar a narrativa local.

A articulação busca dar celeridade ao programa "Imóvel da Gente", transformando terrenos ociosos da União em canteiros de obras para o Minha Casa, Minha Vida. Botelho apresentou a Tebet um mapeamento de áreas em municípios estratégicos, visando ampliar o estoque de moradias antes do início das vedações eleitorais do próximo ano.

"Precisamos avançar, pois o déficit habitacional é muito grande", argumentou Botelho, citando números da gestão Lula 3. O superintendente também tocou em um ponto nevrálgico para a política do Centro-Oeste: a reforma agrária. A estratégia é utilizar áreas da União já identificadas, dependendo apenas de estudos de viabilidade do Incra, para evitar conflitos fundiários e acelerar assentamentos.

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