Política

ELEIÇÕES 2024

Bens declarados de candidato bolsonarista mais que triplicam em dois anos

Bens declarados de Rafael Tavares (PL), à Justiça Eleitoral, saltaram de R$ 200 mil nas eleições de 2022 para R$ 720 mil nas eleições 2024

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Candidato a vereador de Campo Grande pelo Partido Liberal (PL), Rafael Tavares, mais que triplicou seus bens, declarados à Justiça Eleitoral, em dois anos, considerando o período 2022-2024.

De acordo com o DivulgaCand, nas eleições de 2022, quando se candidatou a deputado estadual pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), Tavares declarou R$ 200 mil em bens, sendo:

  • R$ 55 mil – automóvel Fiat Argo
  • R$ 45 mil – ações
  • R$ 100 mil – casa

Já neste ano, nas eleições de 2024, quando concorre ao cargo de vereador, pelo Partido Liberal (PL), em Campo Grande, o bolsonarista declarou R$ 720 mil em bens, sendo:

  • R$ 125.770,53 – imóvel residencial
  • R$ 175.000,00 – automóvel camionete
  • R$ 420.000,00 – aplicação financeira (CDB, RDB e outros)

Portanto, em dois anos, os bens declarados de Rafael Tavares (PL), à Justiça Eleitoral, saltaram de R$ 200 mil nas eleições de 2022 para R$ 720 mil nas eleições 2024. Veja:

O DivulgaCand é uma plataforma gerida pelo Tribunal Superior Eleitoral, que fornece informações sobre candidaturas e contas eleitorais.

A ferramenta permite acompanhar dados públicos sobre doações e fornecedores de bens e serviços a candidatos e partidos nas eleições, facilitando a transparência e a análise comparativa entre candidatos.

Considerando quanto o dinheiro renderia em dois anos, em comparação ao ganho real, valor corrigido pela Selic, o valor saltaria de R$ 200 mil para R$ 253 mil em dois anos. Já em correção pela Conta Poupança, o ganho real seria de R$ 32 mil, considerando que renderia de R$ 200 mil para R$ 232 mil em dois anos. Em correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-IBGE), o valor renderia R$ 17 mil em dois anos, saindo de R$ 200 mil para R$ 217 mil. 

MANDATO CASSADO

Mandado do ex-deputado estadual Rafael Tavares (PRTB) foi cassado pela Justiça Eleitoral em 6 de fevereiro de 2024. Ele é o primeiro deputado estadual cassado na história da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.

Seu mandato foi cassado por “abuso de poder e fraude na cota de gênero” nas eleições gerais de 2022.

De acordo com o ministro Raul Araújo Filho, que foi relator do Recurso Ordinário Eleitoral nº 0601822-64.2022.6.12.0000, impetrado pelo PRTB, ficou comprovado que o partido lançou duas candidatas fictícias para cumprir o porcentual de 30% previsto em lei e que teve anulados os votos recebidos para o cargo de deputado estadual. Por isso, Araújo Filho votou por negar o provimento do recurso.

Os colegas da Corte, presidida pelo ministro Alexandre de Moraes, acompanharam o relator e confirmaram a cassação do mandato, que foi determinada pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) em fevereiro do ano passado.

Em entrevista ao Correio do Estado em 7 de fevereiro de 2024, Rafael Tavares disse que foi eleito de forma democrática por mais de 18 mil pessoas em MS e que enfrentou a máquina sem nenhum centavo de dinheiro público.

“Não tive ajuda de nenhum grupo da velha política para chegar à Assembleia Legislativa. Sem dever favor, fiz oposição ao grupo político do PSDB e do PT, que comandam a política do Estado, fui xingado e processado pelo sindicato dos professores do PT e apresentei 40 projetos de lei no primeiro ano de mandato”, ressaltou.

"Dei muitos motivos para o sistema querer me derrubar e incomodei muita gente, mas, quer saber, farei tudo de novo e com mais força na próxima oportunidade. O presente pertence a eles, mas o futuro é nosso”, concluiu.

Quem tomou o lugar dele na ALEMS foi o deputado estadual, Paulo Duarte (PSB). Ele assumiu a cadeira no lugares de Tavares em 5 de março de 2024.

Política

Autorizado por Moraes, Chiquinho Brazão recusa realização de exame invasivo

O deputado decidiu não realizar um exame de cateterismo autorizado pelo Supremo Tribunal Federal

13/01/2025 21h00

Agência Brasil

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Preso desde março de 2024, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) decidiu não realizar um exame de cateterismo autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele está detido na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS) e é acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2019.

A defesa de Brazão informou ao STF que o parlamentar está apreensivo com as condições de recuperação após o procedimento, que é invasivo. "Ele não confia que o presídio tenha condição de assegurar a sua recuperação", afirmaram os advogados em documento enviado ao ministro Alexandre de Moraes, que havia autorizado a saída do deputado para o exame.

Durante uma visita familiar na sexta-feira, 10, Brazão foi informado sobre a decisão judicial que permitiria o exame sob escolta da Polícia Federal. Segundo a defesa, o deputado se mostrou irredutível em sua recusa. "Muito receoso e apreensivo com a notícia, informou que não teria coragem de assim realizar enquanto preso", argumentaram os advogados.

A defesa argumenta que a situação de saúde do deputado é grave e que ele teme pela própria vida. "Ele não se sente seguro para realizar o exame nessas condições", reforçaram os advogados.

O deputado já havia passado por uma avaliação médica na penitenciária, que indicou a necessidade de exames mais detalhados e possíveis intervenções cirúrgicas. Contudo, Brazão permanece cético quanto à segurança e ao suporte disponíveis no sistema prisional durante sua recuperação.

Brazão foi diagnosticado com coronariopatia, uma condição que afeta as artérias do coração, e já passou por intervenções coronarianas no passado. Atualmente, ele sente dores constantes no peito. De acordo com os exames mais recentes, há suspeitas de que ele sofra de obstrução completa da via coronária, o que pode causar infarto, necessitando de um cateterismo urgente para localizar a obstrução e implantar um Stent - um tubo minúsculo que mantém as artérias abertas.

No final de dezembro, a defesa de Brazão solicitou a conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar, alegando razões humanitárias. O pedido foi negado por Moraes, que considerou a gravidade das acusações contra o parlamentar. A solicitação incluía o uso de tornozeleira eletrônica e deslocamentos autorizados previamente para consultas médicas no Rio de Janeiro

Ao conceder a autorização para o exame, Moraes estabeleceu que a defesa informasse detalhes como data, horário e local com antecedência mínima de cinco dias. No entanto, com a recusa de Brazão, o procedimento permanece suspenso.

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Política

Risoto, filé mignon, vinho, espumante e bombons: TST reserva R$ 871 mil para contratar buffets

O edital foi publicado nesta segunda-feira, 13, no Diário Oficial da União

13/01/2025 20h00

Crédito: TST

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O Tribunal Superior do Trabalho (TST) prevê gastar R$ 871 mil com serviços de buffet. O edital foi publicado nesta segunda-feira, 13, no Diário Oficial da União.

Estadão pediu um posicionamento do tribunal sobre a despesa, o que não havia ocorrido até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

A empresa vencedora da licitação deverá fornecer comidas e bebidas para eventos institucionais, como posses de ministros no tribunal e na presidência, homenagens, seminários, congressos, cursos e encontros.

O próprio tribunal definiu opções de cardápio. A lista inclui lascas de queijo parmesão com geleia de pimenta, creme de aspargos, filé mignon ao molho gorgonzola, risoto de tomate seco ou de alho-poró, lombo de porco ao molho de ervas e bombons recheados.

Também há orientações sobre vinhos, com indicação de vinícolas específicas da Argentina e do Chile. O edital faz a ressalva de que os rótulos reservados - vinhos jovens e, em geral, de menor qualidade - não serão aceitos.

O TST ainda lista os espumantes que poderão ser oferecidos pelo buffet - apenas garrafas das marcas Casa Perini, Chandon, Miolo, Salton, Casa Valduga "ou superior".

O edital também faz exigências sobre os garçons, que devem estar todos em "traje de gala", "devidamente asseados, com uniformes limpos, sapatos engraxados, barbeados, cabelos limpos e aparados (homens)/presos (mulheres)". e sobre os materiais, como louças, pratarias e guardanapos, que segundo o pregão devem ter "qualidade compatível com o nível de representatividade do TST".

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