O presidente Luiz Inácio Inácio Lula da Silva (PT) teve uma conversa por telefone nesta segunda-feira (9) com seu homólogo americano, Joe Biden.
A ligação ocorreu um dia depois de golpistas apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) terem atacado a democracia, invadindo as sedes dos Três Poderes e deixando um rastro de vandalismo e destruição em Brasília.
Os ataques repercutiram em muitos países, com chefes de Estado condenando as ações e manifestando solidariedade ao presidente brasileiro e às instituições.
Biden já tinha usado suas redes sociais para se manifestar sobre o episódio.
“Condeno o ataque à democracia e ao processo pacífico de transição de poder no Brasil. As instituições democráticas do Brasil contam com nosso integral apoio e a vontade do povo brasileiro não deve ser fragilizada. Espero continuar trabalhando em parceria com Lula”, escreveu, nas redes sociais.
Antes, o democrata já tinha dito que a situação no Brasil era “ultrajante”.
Biden viajou ao México, para uma cúpula de líderes da América do Norte.
Assessores da Presidência americana também fizeram declarações de repúdio à ação golpista de bolsonaristas. Jake Sullivan, assessor de segurança nacional, afirmou que o apoio americano “às instituições brasileiras é inabalável” e que confiava que a “democracia brasileira não será estremecida pela violência”.
Os EUA viveram situação semelhante há dois anos, quando apoiadores do ex-presidente Donald Trump invadiram o Capitólio.
O secretário de Estado, Antony Blinken, afirmou que “usar violência para atacar instituições democráticas é sempre inaceitável”.
Antes de Biden, o primeiro líder de peso a se manifestar foi Gabriel Boric, presidente chileno. “O governo brasileiro tem todo o nosso apoio diante desse covarde e vil ataque à democracia”, disse, no Twitter. Nesta semana, em entrevista à Folha de S.Paulo, Boric reforçou sua ligação com Lula.
Outro aliado do petista, o argentino Alberto Fernández, escreveu mensagens manifestando apoio ao petista e mencionando uma “tentativa de golpe de Estado” no Brasil.
“Quem tentar desrespeitar a vontade da maioria ameaça a democracia e merece não só a resposta legal adequada, mas também a condenação da comunidade internacional”, disse.