O ex-presidente Jair Bolsonaro, que está em prisão domiciliar, saiu nesta terça-feira para atendimento hospitalar. Bolsonaro teria tido um mal-estar e precisou sair de casa. Seu carro foi escoltado pela polícia penal que mantém guarda na frente da residência. O ex-presidente apresentou quadro de pressão baixa, vômito e mal-estar, conforme relato de seu filho o senador Flávio Bolsonaro.
“Presidente Bolsonaro sentiu-se mal há pouco, com crise forte de soluço, vômito e pressão baixa. Encaminhou-se ao DF Star acompanhado de policiais penais que vigiam sua casa, em Brasília, por se tratar de uma emergência. Peço a oração de todos para que não seja nada grave”, escreveu o senador em sua rede social.
Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, a defesa de Bolsonaro deve sempre pedir autorização do Supremo antes de sair de casa para realizar procedimentos médicos. Como há uma emergência, contudo, os advogados podem enviar o atestado médico em seguida.
Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal. O ex-presidente já havia se submetido a tratamento dermatológico no domingo, 14, no hospital DFStar.
Além da remoção das lesões na pele, o boletim divulgado no domingo informou que o ex-presidente recebeu reposição de ferro por via endovenosa, porque exames laboratoriais evidenciaram que ele apresenta um quadro de anemia por deficiência de ferro.
Uma tomografia de tórax também detectou imagens residuais de um quadro de pneumonia recente por broncoaspiração.
O médico de Bolsonaro, Claudio Birolini, disse que o ex-presidente está “bastante fragilizado com toda a situação”. “Ele é um senhor de 70 anos, que passou por diversas intervenções cirúrgicas. Ele está bastante fragilizado por essa situação toda”, afirmou Birolini.
O deputado federal Evair de Melo (PP-ES) afirmou que Jair Bolsonaro começou a sentir mal ainda ma madrugada desta terça-feira, 16. De acordo com o parlamentar, o ex-presidente teve uma crise de soluços que evoluiu para um quadro de vômitos. Ele disse que é possível que o ex-presidente precise permanecer internado.
O médico Cláudio Birolini, diretor de cirurgia geral do Hospital das Clínicas da USP, está a caminho de Brasília para acompanhar Bolsonaro. O profissional é quem acompanha a saúde do ex-presidente desde a facada durante a campanha eleitoral de 2018.
Evair Melo afirmou que o julgamento da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que condenou Bolsonaro a 27 anos de prisão, provocou consequências emocionais e impactos na saúde dele.
“Tudo isso naturalmente tem um impacto emocional muito grande”, disse na porta do hospital DFStar, onde Bolsonaro está internado.




