Política

EXECUTIVO FEDERAL

Bolsonaro passeia com jet-ski em Brasília durante "lanchiata" com apoioadores

Presidente disse que só "imbecil" ou "psicopata" afirma serem antidemocráticas as manifestações em apoio a ele

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Neste domingo (15), durante agenda em Brasília , o atual presidente, Jair Bolsonaro, pilotou uma moto em visitas ao comércio da capital federal e jet-ski durante ato pró-governo no Lago Paranoá. Alguns barcos cobravam de R$ 60 a R$ 150 para acompanhar a manifestação. Havia desconto para quem estivesse com roupas das cores da bandeira do Brasil.

Conforme agência Folhapress, entre uma agenda e outra, Bolsonaro disse que só "imbecil" ou "psicopata" afirma serem antidemocráticas as manifestações em apoio a ele realizadas no 7 de Setembro de 2021, com raiz golpista, e no último 1º de maio.

"Um maluco levanta uma faixa lá: AI-5, existe AI-5? Tem que ter pena do cara", disse ele, ao ser questionado sobre ataques ao Congresso e ao Judiciário registrados em manifestações governistas.

"Só um psicopata ou um imbecil para dizer que os movimentos de 7 de Setembro e 1º de Maio atentam contra a democracia. Quem diz isso é um psicopata ou imbecil", declarou Bolsonaro.

O presidente também minimizou pedidos intervenção militar feito por seus apoiadores. "Está atentando contra a democracia quem falar de 'Forças Armadas, faça isso, faça aquilo?'"

"Eu sou chefe das Forças Armadas. Acha que um maluco vai levantar uma faixa e vou para lá? Para de ser ingênuo", disse ainda Bolsonaro.

ações

Com concentração marcada para 9 horas, os bolsonaristas - segundo Estadão Conteúdo - demoraram a chegar, e o número de lanchas e motos aquáticas no Lago Paranoá só começou a aumentar perto do meio-dia.

Conforme a agência, os veículos aquáticos, no geral, estavam cheios e exibiam bandeiras do Brasil. Algumas pessoas fizeram, até mesmo, churrasco em suas embarcações, com um homem erguendo o braço para mostrar um pedaço de carne na ponta do garfo, num momento de alta no preço dos alimentos.

De acordo com dados do Ministério do Turismo divulgados em 2021, Brasília tem a quarta maior frota náutica do País, com mais de 55 mil embarcações registradas.

Antes de ir à "lanchaciata", Bolsonaro andou de moto e foi a feiras em Brasília. Apoiadora do presidente, a turista Nair Tillman, 73 anos, estava pela manhã nas proximidades da Ponte JK, onde ocorria a concentração para a "lanchaciata", na esperança de ver Bolsonaro.  

"Com ele, eu entro até debaixo d'água", brincou, ao dizer que só subiria numa embarcação se fosse para falar com o presidente.

O slogan do cortejo náutico, "Pela liberdade no Brasil", foi o mesmo usado por apoiadores de Bolsonaro para defender o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ).

O presidente conversou com apoiadores e a imprensa na Praça dos Três Poderes. "Tem que ter pena dessas pessoas, não querer prender. Usar o seu poder para humilhar, tirar liberdade, multar a pessoa", disse o presidente, nesta praça, sobre os pedidos golpistas.

Bolsonaro tem criticado decisões do STF (Supremo Tribunal Federal) e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra apoiadores do governo.

No começo da tarde, o presidente pilotou por poucos minutos um jet-ski da Marinha em ato chamado de lanchaciata por seus apoiadores.

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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