Política

Eleições 2022

Bolsonaro, Tereza Cristina e Simone Tebet puxam votos em 2º turno acirrado em MS

Capitão Contar (PRTB) e Eduardo Riedel (PSDB) chegam ao segundo turno, a ser definido neste domingo (30), ancorados em nomes nacionais para angariar voto dos indecisos

Continue lendo...

O presidente Jair Bolsonaro (PL), sua ex-ministra Tereza Cristina (PP) e a ex-candidata à Presidência Simone Tebet (MDB) figuram entre os puxadores de voto na disputa pelo governo de Mato Grosso do Sul.
Capitão Contar (PRTB) e Eduardo Riedel (PSDB) chegam ao segundo turno, a ser definido neste domingo (30), ancorados em nomes nacionais para angariar voto dos indecisos.

Renan Contar, o Capitão Contar, terminou o primeiro turno com 384.275 votos, o equivalente a 26,71% dos votos válidos, enquanto Eduardo Riedel obteve 361.981 votos, ou 25,16% dos votos válidos. A diferença em números absolutos foi de 22.294 votos.

Os dois são apoiadores à reeleição de Bolsonaro e tentam associar as respectivas imagens ao candidato à Presidência.

Bolsonaro chegou a declarar apoio a Contar no dia 29 de setembro, durante debate da TV Globo, após ser provocado pela candidata do União Brasil, Soraya Thronicke. "Você me deve uma, Contar", disse a senadora, na ocasião.

O vídeo do debate é usado à exaustão pela campanha de Capitão Contar. A coligação de Riedel entrou com recurso na Justiça Eleitoral.

O argumento é que a declaração já não retratava mais a realidade, induzindo o eleitor ao erro. Isso porque, uma semana após o debate, Bolsonaro gravou um vídeo se dizendo neutro na disputa no estado.

Ao lado dele, estava a ex-ministra da Agricultura e Pecuária Tereza Cristina (PP), eleita senadora pelo estado. O recuo, aliás, foi justamente para desfazer o mal-estar, já que o PL está coligado com o PSDB em Mato Grosso do Sul.

 

 

 

 

 

 

A Justiça Eleitoral determinou que a campanha do PRTB contextualize o momento em que o vídeo foi gravado e também decidiu que deve ser divulgada a neutralidade de Bolsonaro. Advogados de Contar recorreram da decisão.

Com a neutralidade de Bolsonaro, Tereza Cristina é considerada peça fundamental na campanha de Eduardo Riedel. Na sabatina da Folha, na última quinta (20), o tucano exaltou a parceria da época em que ele era secretário da Infraestrutura de Mato Grosso do Sul.

"Nós temos origem nas atividades agropecuárias, construímos projeto para o estado, muito bem definido, está no nosso plano de governo", disse.

Riedel afirmou ainda que a relação se solidificou. "A posição da ministra não mudou em relação ao apoio à minha candidatura." Também convidado, Contar alegou problemas de agenda e não aceitou participar da sabatina.

Riedel ainda tem a seu favor o apoio da senadora Simone Tebet (MDB), candidata derrotada à Presidência. Em uma postagem no Instagram, Tebet lista "o melhor time de candidatos" para quatro estados, entre eles o tucano para Mato Grosso do Sul.

Contar angariou apoio da maioria dos adversários derrotados: o ex-governador André Puccinelli (MDB), o ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad (PSD) e a ex-vice-governadora Rose Modesto (sem partido).
Ele aposta na identidade bolsonarista para conquistar o eleitorado.

Em 2018, elegeu-se deputado estadual pelo PSL, antigo partido do presidente. Tem como slogan "Capitão lá, capitão cá" em alusão à origem militar de Bolsonaro.
"A minha candidatura é 100% do Bolsonaro, a do outro flerta com a esquerda", disse, referindo-se ao apoio do ex-governador Zeca do PT, recém-eleito senador, dado a Riedel.

Os ataques sistemáticos nas propagandas eleitorais e nas redes sociais também fazem parte da disputa no segundo turno.

Riedel diz que Contar é inexperiente e se vangloria de ser o novo, mas recebe apoio da "velha política", contaminada com denúncia de corrupção e assédio sexual.

O adversário rebate dizendo que o tucano faz parte do governo de Reinaldo Azambuja (PSDB) há oito anos e não representa nada de novo.

O professor de ciência política da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Victor Garcia Miranda, chama atenção para a incerteza da migração dos votos não só dos indecisos e dos adversários derrotados, mas dos eleitores do outro candidato à Presidência, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Embora tenha ficado atrás de Bolsonaro no estado na etapa inicial, Lula recebeu 588.323 votos em Mato Grosso do Sul, 39,04% dos votos válidos.

"Não é desprezível a quantidade de votos que Lula teve no estado, a gente não sabe direito como é que esses votos podem se acomodar. Vai ter nacionalização da eleição estadual ou não?", questionou.

Miranda disse acreditar que seja fenômeno difícil de acontecer em Mato Grosso do Sul e que votos dados a Lula podem ser direcionados para o candidato que simboliza o antipetismo, por conta do perfil regional.
"É o eleitor que busca renovação, movido por valores conservadores e até reacionários."

Assine o Correio do Estado

Biografia

Simone Tebet presenteia Lula com um exemplar de seu livro

O livro trata da história de vida de Simone em Mato Grosso do Sul, passeia por episódios emblemáticos da política, como a CPI da Covid e a disputa pela presidência, e é um convite para que as mulheres não se intimidem e sigam lutando

23/11/2024 13h30

Crédito: Ricardo Stuckert

Continue Lendo...

A Ministra do Planejamento, Simone Tebet, presenteou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o livro O Voo das Borboletas, no qual conta um pouco de sua infância e trajetória política.

Por meio do Instagram, Simone posou ao lado do presidente Lula, com quem, em 2022, após ficar em terceiro lugar na disputa pela presidência, compôs a frente ampla democrática para derrotar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

“Tive o prazer de entregar um exemplar do meu livro O Voo das Borboletas (Ed. Amarylis) ao presidente Lula. O livro é um convite à coragem, numa tentativa de inspirar mulheres a lutarem pelo que acreditam e a não desistirem de lutar diante dos obstáculos da vida. Nele, revelo minhas lutas, de vitórias e derrotas, recorrendo à metáfora do ciclo de vida das borboletas. É um convite à participação feminina nos espaços de transformação social e de poder”, escreveu Simone.

Trajetória

Antes de chegar à disputa das eleições de 2022, a obra de Simone Tebet percorre sua vida e compartilha com o leitor fotos de sua infância em Três Lagoas, além de momentos vivenciados em Mato Grosso do Sul.

Já no Senado, Tebet fala sobre violência política, contando episódios de violência política que sofreu, conta o fato de ter sido a primeira mulher a disputar a presidência do Senado Federal.

Aborda situações que lhe deram projeção nacional com a CPI da Covid, no período em que comandava a Bancada Feminina no Senado Federal.

Na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou a atuação do governo federal no enfrentamento à pandemia de Covid-19, a bancada feminina ficou marcada pela participação das senadoras, que não tiveram nenhum nome indicado pelos partidos para compor a comissão.

Com o transcorrer da CPI da Covid-19, Simone Tebet ganhou destaque no noticiário nacional, e sua popularidade garantiu-lhe a disputa nas eleições presidenciais de 2022, na qual obteve a terceira colocação, desbancando figurinhas carimbadas como Ciro Gomes (PDT).

 

Imagem Reprodução

O Voo das Borboletas

O desejo da ministra é que o livro inspire mulheres a atuar mais ativamente na vida política e em suas comunidades. O prefácio foi escrito pela ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia.

O livro pode ser adquido por R$ 49,90 em sites como Amazon, Editora Martin Fontes, entre outros.

O lançamento com sessão de autógrafos tem data em São Paulo (25/11), Brasília (27/11) e Rio de Janeiro (02/12). A ministra deve vir a Mato Grosso do Sul para a promoção do livro, entretanto a data ainda não foi definida. 

 

Detalhes


Editora: ‎ Amarilys Editora; 1ª edição (25 novembro 2024)
Idioma: ‎ Português
Capa comum: ‎ 178 páginas

Assine o Correio do Estado

ORDEM DOS ADVOGADOS

Bitto Pereira é reeleito presidente da OAB-MS com mais de 59% dos votos

O atual presidente da Ordem conquistou 5.005 votos, enquanto o concorrente, advogado Lucas Rosa, obteve 3.380 votos

23/11/2024 08h00

O advogado Bitto Pereira fez 5.005 votos e vai contiinuar à frente da OAB-MS por mais três aanos

O advogado Bitto Pereira fez 5.005 votos e vai contiinuar à frente da OAB-MS por mais três aanos Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

Continue Lendo...

Com 5.005 votos, o advogado Luiz Cláudio Alves Pereira, o Bitto Pereira, da chapa 22 (“Pelo Futuro da OAB”), foi reeleito presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul (OAB-MS) para o triênio 2025-2027.

Ele derrotou o advogado Lucas Costa da Rosa, da chapa 11 (“Renovação: OAB de Todos”), que obteve 3.380 votos. Ou seja, o atual presidente conseguiu mais de 59% dos 8.500 votos – foram 177 votos em branco e 220 nulos.

“Esse é o momento de externar a nossa gratidão a essa demonstração de confiança. Foi uma festa democrática e, felizmente, a maioria escolheu por um trabalho que nós realizamos não só na Capital, mas em todas as subseções da OAB-MS. Uma vitória histórica que nos deixa com muita alegria e com muito mais vontade de trabalhar”, declarou Bitto Pereira.

Ele ainda aproveitou para agradecer à advocacia.

“Em nome da chapa 22, a nossa gratidão por essa demonstração de força, pois tivemos uma vitória maiúscula, muito obrigado. Acho que o trabalho que nós fizemos visitando as subseções com a OAB Itinerante e com a Caravana das Prerrogativas mostrou que o presidente da OAB tem que ir onde a advocacia está”, ressaltou. 

O presidente reeleito completou que, ao obter 5.005, conseguiu uma vitória inédita e de uma maneira jamais feita na história da OAB-MS.

“O nosso resultado nas urnas é uma vitória maiúscula. Eu agradeço a Deus por ter trazido a gente até aqui com saúde. E um dia cheio de alegria, meu coração está transbordando de alegria”, assegurou.

Para finalizar, Bitto Pereira disse que uma marca do seu próximo mandato será o empreendedorismo na advocacia.

“Essa será a marca da próxima gestão da OAB-MS. Muito obrigado a todos vocês por participarem dessa festa democrática. Eu também gostaria de agradecer a toda a imprensa pelo papel importante que tem, levando as informações, também divulgando quais são as propostas dos candidatos”, destacou.

Ele ainda completou que a sua vitória resgatou aquele processo de escolha com base em propostas, com base em um debate que foi, tanto para a entidade quanto para a sociedade, aquilo que se espera de uma instituição do tamanho e da grandeza da OAB-MS.

“Eu penso que foi uma campanha tranquila, mas trouxemos muito da política comum para dentro da Ordem. Isso está se mostrando aqui no resultado, que não foi algo que a advocacia aceitou. Então, penso que a OAB tem que voltar a ser a instituição que sempre foi”, projetou.

O presidente reeleito também acrescentou que a OAB-MS tem problemas internos e externos que precisam ser resolvidos para que a advocacia possa dar voz à sociedade.

“É isso que nós temos que fazer, mas trazer a política comum para dentro da nossa instituição só causa uma fissura, que é muitas vezes é incompreendida pela nossa categoria e também pela sociedade”, analisou.

Já o ex-presidente da OAB-MS Mansour Elias Karmouche lembrou que a votação em Bitto Pereira foi a maior da história da Ordem.

“Ele teve a maior diferença. Inclusive, eu já estou achando ruim, porque bateu o meu recorde, que foi de 4.026 [votos] e quase 1.600 de frente, e o Bitto teve 5.005 votos e 1.612 de frente. Então, ele teve uma votação histórica para a OAB-MS. Eu falei: ‘Presidente, você ganhou com a maior votação da história e você ganhou com a maior diferença da história’, que acabou também de passar o meu recorde”, declarou.

FILA

Na Capital, uma fila gigantesca de advogados se formou logo nas primeiras horas de votação na sede da OAB-MS, onde pelo menos 150 pessoas aguardavam a vez para votar. Cada pessoa demorou, em média, 40 minutos na fila para conseguir concluir a votação.

Advogada e especialista em Direito da Família, Karina Koschnski foi uma das primeiras a chegar no local para votar.

“Assim como na política partidária, temos que escolher o nosso representante, que vai representar a nossa classe. A junção da classe é muito importante para conquistar o que precisamos. Estou confiante que meu candidato vai ganhar, porque foi uma campanha muito bonita. E hoje, se Deus quiser, o resultado virá”, pontuou a profissional.

Já a advogada especialista na área criminal Allyne Romanos ressaltou a importância desse dia para os profissionais da advocacia sul-mato-grossense. 

“A importância das eleições para mim é escolher um candidato que esteja ali coordenado com os pensamentos que eu tenho, os meus anseios, as minhas dores enquanto advogada. Então, é importante a gente prestar atenção nas propostas, fazer a escolha correta, porque nós vamos ficar três anos com alguém em uma gestão que tem a capacidade de nos escutar e solucionar os nossos problemas”, ressaltou.

*Colaborou Naiara Camargo

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).