Política

Discussão

Boulos anuncia que discutirá regulamentação com trabalhadores de apps no Planalto

Três eixos que serão discutidos com os trabalhadores de aplicativos, destacou ministro

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O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, anunciou, como uma das primeiras medidas à frente da pasta, a criação de um grupo, em parceria com o Ministério do Trabalho, para discutir com trabalhadores de aplicativos a regulamentação das plataformas. A declaração do novo ministro foi feita em entrevista à GloboNews nesta quarta-feira, 22.

"Recebi como demanda deles (trabalhadores de aplicativo) e vou dialogar e criar um grupo de trabalho na Secretaria-Geral da Presidência, junto com o Ministério do Trabalho porque o ministro Marinho já tem feito isso lá, que é sobre a transparência do algoritmo. Hoje esses trabalhadores são dirigidos por algoritmos, mas não tem nenhuma transparência de como isso funciona e é essencial que isso seja feito", declarou Boulos.

Segundo o ministro, são três eixos que serão discutidos com os trabalhadores de aplicativos: a remuneração mínima, a instituição de um grau de seguro e vínculo previdenciário e a transparência dos algoritmos utilizados pelas plataformas. Boulos admitiu que a esquerda erra ao dialogar com grupo, querendo empurrar uma "visão de legislação trabalhista" sem escutar as demandas deles.

"É plenamente possível dialogar com esses trabalhadores a partir da realidade deles e a partir de pontos concretos da sua pauta. Muitas vezes, o erro que nós, do campo progressista, cometemos foi querer colocar a nossa visão de legislação trabalhista para esses trabalhadores sem escutá-los. Acho que é isso que precisamos ajustar no discurso e na prática", declarou.

Segundo Boulos, as regulamentações podem ser aprovadas no Congresso ainda no terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a depender da atuação dos movimentos sociais A principal função da Secretaria-Geral é justamente fazer o meio-campo entre o Planalto e os setores da sociedade.

Boulos voltou a dizer que Lula o convidou para a Esplanada para colocar "o governo na rua" e declarou que os movimentos sociais são importantes para o embate contra o Congresso, destacando as mobilizações contra a PEC da Blindagem e o PL da Anistia, realizados no mês passado em todas as 27 capitais do País.

"Ali estava com força a pauta pelo fim da escala 6x1, para zerar o Imposto de Renda de 90% da população que foi a proposta do governo Lula de taxar os super-ricos. Esse debate começou a esquentar na rua e vai esquentar ainda mais no ano que vem", disse Boulos.

Na entrevista para a GloboNews, Boulos disse que tem a perspectiva de permanecer no governo até o final do mandato, mas não cravou que não será candidato em 2026. Como mostrou o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) o PSOL conta com o nome dele em eventual disputa para o Senado por São Paulo.

"Eu entrar no governo agora em outubro para sair agora em abril, que é o prazo para desincompatibilizar para ser candidato, que trabalho você consegue fazer com começo, meio e fim? O presidente me deu a missão de rodar todos os Estados do País, conversar com o povo, escutar as pessoas", disse Boulos.
 

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Política

Cármen Lúcia vota pela confirmação da cassação de Zambelli e conclui placar da Primeira Turma

Com a manifestação da ministra, o colegiado tem quatro votos e conclui o julgamento

12/12/2025 19h00

Crédito: LULA MARQUES/ AGÊNCIA BRASIL

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A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, também votou para que a Primeira Turma da Corte confirme a decisão que decretou a perda do mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP) - condenada a um total de 15 anos de prisão em duas ações penais. Com a manifestação da ministra, o colegiado tem quatro votos e conclui o julgamento chancelando também a anulação da decisão da Câmara dos Deputados que tentou salvar Zambelli.

Assim como o relator, Alexandre de Moraes, e os colegas Flávio Dino e Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia apontou inconstitucionalidade na votação da Câmara que tentou poupar o mandato da bolsonarista.

A ministra destacou a impossibilidade de Zambelli exercer seu cargo como deputada vez que foi condenada a prisão em regime fechado, lembrando que, por essa razão, é estabelecida a perda automática do mandato como decorrente da sentença condenatória.

"A condenação a pena que deva ser cumprida em regime fechado, como se dá na espécie vertente, relativamente a Carla Zambelli Salgado de Oliveira, impede que ela sequer se apresente, sendo fática e juridicamente impossível ela representar quem quer que seja. A manutenção do mandato deixaria o representado - o povo que elege - sem representação, pela impossibilidade de comparecimento para o exercício do cargo pelo que tinha sido eleito", destacou a ministra.

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Política

De olho em 2026, Botelho e Tebet articulam uso de terras da União para destravar obras em MS

Encontro teve como foco destravar ativos imobiliários federais para acelerar a habitação popular e a reforma agrária no estado

12/12/2025 16h00

Divulgação

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O superintendente do Patrimônio da União em Mato Grosso do Sul (SPU/MS), Tiago Botelho (PT), reuniu-se na quarta-feira (11), em Brasília, com a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB). O encontro teve como foco destravar ativos imobiliários federais para acelerar duas frentes sensíveis no estado: habitação popular e reforma agrária.

O encontro em Brasília carrega forte componente político. Segundo Botelho, a expectativa é preparar um pacote de entregas robusto para uma visita do presidente Lula a Mato Grosso do Sul, prevista para o primeiro trimestre de 2026. 

A agenda serviria como contraponto político em um estado majoritariamente ligado ao agronegócio conservador, apostando em obras estruturantes para disputar a narrativa local.

A articulação busca dar celeridade ao programa "Imóvel da Gente", transformando terrenos ociosos da União em canteiros de obras para o Minha Casa, Minha Vida. Botelho apresentou a Tebet um mapeamento de áreas em municípios estratégicos, visando ampliar o estoque de moradias antes do início das vedações eleitorais do próximo ano.

"Precisamos avançar, pois o déficit habitacional é muito grande", argumentou Botelho, citando números da gestão Lula 3. O superintendente também tocou em um ponto nevrálgico para a política do Centro-Oeste: a reforma agrária. A estratégia é utilizar áreas da União já identificadas, dependendo apenas de estudos de viabilidade do Incra, para evitar conflitos fundiários e acelerar assentamentos.

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