Política

VEJA A LISTA

Câmara tem renovação de 19 cadeiras
e Salineiro é o mais votado

Onze candidatos conseguiram reeleição, veja como foi a votação

RODOLFO CÉSAR

02/10/2016 - 19h17
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A Câmara de Vereadores em Campo Grande sofreu renovação de 18 cadeiras com a eleição deste ano. Entre os atuais legisladores, conseguiram reeleição 11 candidatos. O mais votado foi o policial federal André Salineiro (PSDB), com 8.776 votos.

Entre os reeleitos estão Gilmar da Cruz (PRB), Dr. Lívio (PSDB), Professor João Rocha (PSDB), Carlão (PSB), Ayrton Araújo (PT), Betinho (PRB), Chiquinho Telles (PSD), Paulo Siufi (PMDB), Otávio Trad (PTB), Eduardo Romero (Rede), Cazuza (PP).

O PSDB, partido do governador Reinaldo Azambuja e da candidata a prefeita Rose Modesto, que foi para o segundo turno com Marquinhos Trad (PSD), domina o Legislativo com sete eleitos. Na atual legislatura, a sigla tinha cinco vereadores.

O PP, que só tem Cazuza no atual cenário, conseguiu eleger três eleitos. O partido é do prefeito Alcides Bernal, que não conseguiu avançar ao 2º turno.

As demais siglas ficaram pulverizadas, com PDT, PRB, PSD e PSB com dois vereadores cada um. Somente com um representante ficaram PTN, Rede, PMDB, Solidariedade, PTB, DEM, PT e PT do B.

O PMDB, que atualmente tem força na Casa com seus quatro representantes, foram rebaixados para apenas um, que é Paulo Siufi, reeleito. PTB também diminuiu sua presença, saindo de cinco cadeiras para apenas uma, que foi conquistada por Otávio Trad, também reeleito.

NOVO PRESIDENTE?

"Campanha para vereador é sempre uma surpresa porque são vários candidatos e me surpreendi com a votação", reconheceu André Salineiro, em entrevista no comitê do PSDB.

Ele destacou que houve renovação na Câmara como resposta ao que a população pediu nas ruas, com relação ao cenário político e protestos contra a corrupção.

Salineiro preferiu ser tímido ao opinar se vai concorrer à presidência da Câmara. "Não sei se vou disputar porque quero ser cauteloso e fazer cada coisa de uma vez, mas se for a vontade da população vou cumprir com a maior responsabilidade", afirmou.

VEJA A LISTA DOS ELEITOS

André Salineiro (PSDB) - 8.776 votos (2,10%)

Odilon de Oliveira (PDT) - 6.825 votos (1,6%)

Dr. Loester (PMDB) - 5.552 votos (1,33%)

Gilmar da Cruz (PRB) - 5.419 votos (1,30%)

Dr. Lívio (PSDB) - 4.518 votos (1,08%)

Lucas de Lima do Amor sem Fim (SD) - 4.256 votos (1,02%)

Papy (SD) - 4.152 votos (0, 99%)

Professor João Rocha (PSDB) - 4.132 votos (0.99%)

Junior Longo (PSDB) - 4.022 votos (0,96%)

Ademir Santana (PDT) - 3.942 votos (0,94%)

João César Mattogrosso (PSDB) - 3.729 votos (0.89%)

Betinho (PRB) - 3.649 votos (0,87%)

Delegado Wellington (PSDB) - 3.549 votos (0,85%)

Vinícius Siqueira (DEM) - 3.386 votos (0,81%)

Dr. Antonio Cruz (PSDB) - 3.380 votos (0,81%)

Valdir Gomes (PP) - 3.361 votos (0,80%)

Carlão (PSB) - 3.196 votos (0,76%)

Veterinário Francisco (PSB) - 3.005 votos (0,72%)

Pastor Jeremias Flores (PT do B) - 2.930 votos (0,70%)

Ayrton Araújo (PT) - 2.834 votos (0.68%)

Chiquinho Telles (PSD) - 2.728 votos (0,65%)

Cazuza (PP) - 2.709 votos (0,65%)

William Maksoud (PMN) - 2.641 votos (0,63%)

Paulo Siufi (PMDB) - 2.610 votos (0,62%)

Dharleng Campos (PP) - 2.591 votos (0,62%)

Enfermeiro Fritz (PSD) - 2.591 votos (0,62%)

Otávio Trad (PTB) - 2.383 votos (0,57%)

Eduardo Romero (Rede) - 2.220 votos (0,53%)

Enfermeira Cida Amaral (PTN) - 1.929 votos (0,46%)

Para saber como foi a votação de todos os candidatos a vereador, acesse o site Eleições do Portal Correio do Estado.

*Colaborou Tainá Jara.

*Editada para acréscimo de informações às 6h53min.

Política

Gonet defende julgamento de Bolsonaro no STF

O procurador-Geral da República, Paulo Gonet, defendeu neste sábado, 12, em evento nos Estados Unidos, que o Supremo Tribunal Federal (STF) é a instância certa para julgar o ex-presidente

12/04/2025 22h00

Marcelo Camargo/Agência Brasil

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O procurador-Geral da República, Paulo Gonet, defendeu neste sábado, 12, em evento nos Estados Unidos, que o Supremo Tribunal Federal (STF) é a instância certa para julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelos supostos crimes cometidos por ele à frente do Executivo.

"Quando se trata de alguma coisa de grande magnitude, não importa que o mandato tenha terminado ou não, é preciso que o presidente responda por aquilo que ele fez durante o seu mandato e faça isso perante a mais alta Corte do país. Acho que nós estamos vivendo esse instante", afirmou o procurador ao ser questionado sobre quais limites garantem que nem mesmo autoridades do País estejam acima da lei.

Ao lado do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, Gonet participou de um painel da 11ª edição da Brazil Conference, realizada em Harvard pela comunidade de estudantes brasileiros da instituição, nos Estados Unidos.

Além de defender o julgamento de Bolsonaro no STF, Gonet disse que existe uma ponderação entre as necessidades de um presidente "apresentar as suas razões com credibilidade" e a necessidade da Justiça em responsabilizar erros de integrantes do Executivo.

"O que existe aí é uma ponderação entre as necessidades de um chefe de governo, de um chefe de Estado forte e capaz de discutir, de apresentar as suas razões com credibilidade, e a necessidade de que todos sejam efetivamente responsabilizados por aquilo que tiver feito de errado", disse o procurador-geral da República.

Ao longo do processo da suposta tentativa de golpe de Estado, a defesa de Bolsonaro tentou tirar o caso do STF e transferir para a Justiça Federal alegando que, no dia 8 de Janeiro de 2023, ele não era mais presidente e não teria direito a foro privilegiado

Porém, em março deste ano, o Supremo ampliou o alcance do foro privilegiado e expandiu a competência da Corte para julgar crimes de políticos e autoridades que não estão mais no cargo. Em uma das recusas ao argumento da defesa de Bolsonaro, Gonet chegou a mencionar a mudança da jurisprudência.

"A tese fixada - que já contava com o voto da maioria dos ministros da Corte desde o ano passado - torna superada a alegação de incompetência trazida pelos denunciados", argumenta o procurador-geral.

Política

Inaceitável não punir crimes dessa envergadura, diz diretor-geral da PF sobre PL da anistia

O diretor-geral da PF também reforçou a necessidade de responsabilizar os envolvidos na proporção da gravidade dos crimes

12/04/2025 20h00

Jose Cruz / Agência Brasil

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O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, se posicionou contra o projeto de anistia aos condenados pelos Atos Golpistas de 8 de Janeiro. Para ele, é "inaceitável" deixar impunes crimes dessa gravidade.

Ao participar de um painel ao lado do procurador-geral da República, Paulo Gonet, na 11ª edição da Brazil Conference neste sábado, 12, Andrei Rodrigues fez questão de ressaltar a gravidade dos fatos. "Havia um plano de assassinato do presidente da República, do vice-presidente da República e do presidente da nossa Corte Eleitoral. Isso, por si só, deveria chocar e espantar todos", disse ele, que continuou:

"Nós não estamos falando aqui da maquiagem de uma estátua. Nós estamos falando de planos de assassinato, ruptura da nossa democracia, vandalismo, depredação de patrimônio público e histórico. Estamos falando de ataques às instituições do Estado do Brasil que trariam consequências inimagináveis."

O diretor-geral da PF também reforçou a necessidade de responsabilizar os envolvidos na proporção da gravidade dos crimes

"Tenho o maior respeito e apreço pelo Congresso, que é o foro de debates e de proposituras legislativas, mas também tenho minha opinião muito consolidada", disse Andrei, mencionando a "primorosa denúncia" da Procuradoria-Geral da República à Suprema Corte. "Acho inaceitável não punir pessoas que cometeram crimes dessa envergadura."

Durante o painel, Andrei Rodrigues foi questionado sobre como sua proximidade com o governo poderia afetar a autonomia da Polícia Federal. Ele respondeu achar "engraçado" as suposições sobre sua relação pessoal com o presidente Lula, afirmando que a ligação é exclusivamente institucional.

"Esse é um cargo de confiança. E a confiança no trabalho das pessoas. Eu fico pensando se o presidente nomearia alguém que não confia nessa função, então precisa ter a confiança", afirmou ele, destacando sua trajetória dentro da instituição. "Está na lei que é o presidente da República que nomeia. Eu acho que a gente tem que terminar de vez com isso, de que há essa relação pessoal, que eu não tenho. Minha relação com o presidente é institucional, é possível entre um servidor diretor de uma agência e o presidente da República."

Andrei destacou que a PF realiza seu trabalho com independência, sem levar em conta estatura política ou econômica. Ele acrescentou que, sob sua gestão, não há mais "espetáculos de operação" e fez diversas menções indiretas ao período da Lava-Jato.

"Vocês não vão ver presos algemados, sendo conduzidos, expostos à mídia. Não tem imprensa na porta de pessoa que está sendo investigada pela polícia. Não tem prisões espetaculosas na rua, no trânsito, expondo indevidamente as pessoas. Não há entrevista coletiva, powerpoint. Me digam vocês o nome de um delegado de Polícia Federal hoje. O "japonês da Federal", o "hipster da Federal"? Não tem. Porque nós recuperamos essa instabilidade, essa institucionalidade."

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