Política

Eleições

Campanha em Mato Grosso do Sul foi bancada por R$ 110 milhões do Fundão

Recursos públicos financiaram grande parte da campanha eleitoral no Estado, e maior parte foi para a disputa ao governo

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O repasse do Fundo Especial, também conhecido como Fundão Eleitoral, para as campanhas políticas de Mato Grosso do Sul chegou a R$ 110,2 milhões nas eleições deste ano. Os números são do Tribunal Regional Eleitoral.

Parte desses recursos, sobretudo os que não forem utilizados, ainda pode ser devolvida. 
Levantamento feito pelo Correio do Estado indica que o recurso público abasteceu a grande maioria das campanhas políticas do Estado neste ano.

Até sexta-feira, todas as candidaturas de Mato Grosso do Sul (governador, senador, deputado federal e deputado estadual) haviam arrecadado, juntas, R$ 133,4 milhões. Desse total, R$ 110,2 milhões vieram do Fundão Eleitoral. 

Governo

No total, os oito postulantes ao governo do Estado tiveram à disposição R$ 32,9 milhões (R$ 32.396.915,20), sendo R$ 26,2 milhões do Fundo Eleitoral. O valor refere-se à receita total dos dois turnos do pleito. 

No primeiro turno, a maior arrecadação foi a do ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad, do PSD, que recebeu R$ 6.658.371, sendo 98,66% do Fundão (R$ 6.569 milhões). O candidato, porém, não conseguiu avançar para o segundo turno.

No segundo turno, a receita de Eduardo Riedel (PSDB) e Capitão Contar (PRTB) aumentou. A lei permite um acréscimo de até R$ 3,1 milhões nas receitas e nos gastos para esse período. 

Dentro desse contexto, o ex-secretário de Governo Eduardo Riedel, que concorre ao cargo pelo PSDB, durante os dois turnos, somou R$ 8,4 milhões de receita total, enquanto o deputado estadual, Renan Contar captou R$ 1,5 milhão.

Senado

As campanhas para o Senado custaram R$ 9.914.212,01, e a do ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta (União Brasil), que não foi eleito, foi a mais cara. Mandetta recebeu R$ 3.160.302,77 em recursos, e 90,46% (R$ 2.858.915,27) vieram do Fundão.

Já os candidatos a deputado estadual arrecadaram R$ 48,8 milhões, e os repasses do Fundão totalizaram R$ 45,7 milhões. A campanha mais cara foi a da candidata Michela Dutra, do União Brasil, pastora e ex-líder do conjunto musical Michele e Banda. A candidata, porém, obteve apenas 4.725 votos válidos e não foi eleita.

Ela arrecadou R$ 3,1 milhões para a campanha, e a totalidade dos recursos veio do Fundo Eleitoral.
Outro que não foi eleito foi Fábio Trad, do PSD, que teve à disposição R$ 2,8 milhões.

Waldemir Moka, do MDB, ex-senador, obteve R$ 2,6 milhões, mas também não garantiu a cadeira na Câmara dos Deputados. Nenhum deles alcançou a suplência.

Assembleia

A arrecadação de recursos para disputar vagas na Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul (Alems) atingiu R$ 42,2 milhões. Os recursos oriundos do Fundão Eleitoral totalizaram R$ 29,4 milhões. 
Os candidatos que mais receberam receitas foram eleitos, com exceção de Raquelle Trutis, do PL, que obteve R$ 1 milhão e alcançou a primeira suplência. 

As maiores verbas ficaram para os tucanos eleitos Jamilson Name (R$ 1,12 milhão), Mara Caseiro (R$ 1,1 milhão) e Lia Nogueira (R$ 1,05 milhão).

Desistências

Candidatos que renunciaram ou tiveram os registros indeferidos pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) antes das eleições do dia 2 de outubro gastaram R$ 919 mil do Fundo Eleitoral.

Fundão

Essas receitas partidárias são arrecadadas do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), popularmente conhecido como Fundão. Segundo o TSE, em todo o País, cada partido político tem direito a uma parcela dos R$ 4,9 bilhões do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, que é a verba destinada às legendas para as eleições gerais deste ano.

O União Brasil, sigla resultante da fusão do Democratas (DEM) com o Partido Social Liberal (PSL), recebeu o maior montante – mais de R$ 782 milhões –, dinheiro que foi distribuído entre os candidatos da legenda em todo o Brasil.

Em seguida, na lista das maiores arrecadações, vêm o PT, com pouco mais de R$ 503 milhões; o MDB, com R$ 363 milhões; o PSD, com R$ 349 milhões; e o PP, com aproximadamente R$ 344 milhões. Juntos, esses cinco partidos respondem por 47,24% dos recursos distribuídos.

R$ 133 mi RECEITA total 

Os candidatos que disputaram as eleições em Mato Grosso do Sul receberam, juntos, R$ 133 milhões.

Política

Moraes exige que a PF encontre e notifique usuários do X que abusaram após bloqueio

Investigadores devem comunicar usuários sobre suspensão da plataforma pelo STF e sobre aplicação de multa em caso de reincidência.

19/09/2024 23h00

Ministro do Supremo, Alexandre de Moraes

Ministro do Supremo, Alexandre de Moraes Divulgação/ Agência Brasil

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 O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou que a Polícia Federal monitore quem tem feito o "uso extremado" do X (ex-Twitter) no Brasil desde que a plataforma foi bloqueada no país, em 30 de agosto.

Segundo a decisão do magistrado, a PF deve identificar o usuário e notificá-lo de que o uso da rede social foi proibido pelo Supremo. Este seria o primeiro passo. Na ordem, o ministro escreve que, se for mantido ou reiterado o comportamento, caberá a aplicação de multa de R$ 50 mil.

Além de ter mandado suspender o X, Moraes já havia estabelecido o pagamento de R$ 50 mil a quem usasse o VPN (rede virtual privada) para conseguir acesso à plataforma. A decisão foi confirmada pela Primeira Turma do Supremo no início deste mês.

Segundo investigadores, a nova decisão de Moraes não especifica o que seria o uso extremado da plataforma, mas integrantes da PF imaginam que isso se refira a acessos ou publicações constantes na rede social.

Alguns políticos, sobretudo críticos ao ministro do STF, têm usado a plataforma e deixado isso claro. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por exemplo, fez um post no X em português e inglês no qual convocou seguidores para os atos de 7 de Setembro.

"Se estou fazendo este post, assumindo todos os riscos, é porque acredito que vale a pena lutar pela nossa liberdade e a de nossos filhos", disse. E deixou claro: "Estou postando no X, escrevendo do Brasil".

Foi o mesmo tom da também deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). "Postando aqui, direto do X", para anunciar a própria presença no ato do próximo sábado em São Paulo", escreveu ela.
 

*Informações da Folhapress 

ELEIÇÕES 2024

Pesquisa Correio do Estado/IPR dá vitória a André Bueno em Nioaque

O levantamento aponta ainda que o concorrente, Dr. Juliano, tem a maior rejeição entre os entrevistados, com 20,46%

19/09/2024 08h00

Foto: Nioaque / Online

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A primeira pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Resultado (IPR) e Correio do Estado, no período de 12 a 15 de setembro deste ano, junto a 303 moradores de Nioaque (MS) com 16 anos ou mais de idade, revela que, se as eleições municipais fossem hoje, o candidato a prefeito pelo PP, advogado André Bueno Guimarães, seria o novo gestor do município.

Na pesquisa espontânea, quando não são oferecidas opções de nomes aos entrevistados, André Bueno lidera, com 43,23% das intenções de voto, enquanto o seu adversário, o candidato do PSDB e médico Juliano Rodrigo Marcheti, o Dr. Juliano, tem 36,63%, e 20,13% ainda estão indecisos.

Já no levantamento estimulado, quando são oferecidas opções de nomes aos entrevistados, André Bueno continua à frente, com 46,53% dos votos, enquanto o Dr. Juliano vem logo atrás, com 38,61%. Outros 1,32% vão votar em branco ou anular o voto, e 13,53% estão indecisos.

 

REJEIÇÃO

O IPR/Correio do Estado ainda levantou a rejeição dos dois candidatos a prefeito de Nioaque. Nesse quesito, 20,46% dos entrevistados responderam que, se as eleições fossem hoje, não votariam de jeito nenhum em Dr. Juliano.

Outros 12,21% dos entrevistados não votariam de jeito nenhum em André Bueno, enquanto 58,75% não rejeitam nenhum dos dois, 1,32% rejeitam os dois e 7,26% estão indecisos.

QUEM GANHA

O IPR/Correio do Estado também perguntou aos 303 entrevistados sobre quem será eleito prefeito de Nioaque na eleição deste ano, independentemente dos seus respectivos votos, e há um empate.
Tanto o candidato do PP, André Bueno, quanto o candidato do PSDB, Dr. Juliano, obtiveram 39,27% dos votos dos entrevistados, enquanto 21,45% disseram não saber ou não quiseram responder.

O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o nº MS 08728/2024, tendo margem de erro de 5,6 pontos percentuais para mais ou para menos e nível de confiança de 95%.

ANÁLISE

Segundo o diretor do IPR, Aruaque Fressato Barbosa, na pesquisa espontânea, o candidato André Bueno está quase sete pontos porcentuais à frente do candidato Dr. Juliano, enquanto os indecisos somam 20,13%. Já na estimulada, o cenário muda pouco, ou seja, a maioria das pessoas ainda está decidindo o voto.

“O André de 43,23% vai para 46,53%, sobe mais de três pontos porcentuais, enquanto o Dr. Juliano sobe dois, de 36,63% para 38,61%, mas ainda tem 13,53% de indecisos. Esse porcentual de indecisos pode definir eleição, ressaltando que, como só tem duas candidaturas, quem fizer 50% mais um voto estará eleito”, analisou.

Para Aruaque Barbosa, André Bueno está mais próximo desse índice. “Lembrando que a pesquisa tem uma margem de erro de 5,6 pontos porcentuais para mais ou para menos, então tem que ficar atento a isso”, pontuou.

Outro fator apontado pelo diretor do IPR é a rejeição, pois a do Dr. Juliano é um pouco maior do que a de André Bueno, embora as duas rejeições sejam pequenas. A do candidato tucano está em torno de 20%, e a de André, de 12%.

“Isso mostra uma limitação um pouco maior de crescimento para o Dr. Juliano, pois quanto maior a rejeição, maior a dificuldade para crescimento. Só que ainda temos duas semanas, praticamente, para a eleição, e nessa reta final muita coisa pode acontecer. A pesquisa retrata o momento, e, agora, o André Bueno está com essa vantagem em relação ao adversário”, concluiu.

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