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Campanha tenta barrar pandemia da jogatina em MS

O projeto de lei foi aprovado na manhã desta quarta-feira (24), diante do cenário de superendividamento causado pelo consumo em jogos de apostas virtuais

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O Projeto de Lei 10/2025, que trata de medidas para proteger o consumidor contra jogos de apostas virtuais, foi aprovado em segunda discussão nesta quarta-feira (6), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS).

O PL, de autoria do deputado estadual Pedro Kemp (PT), prevê medidas para evitar que o consumidor caia no superendividamento e sofra outros impactos causados por apostas virtuais em Mato Grosso do Sul.

Entre os objetivos da lei estão a proteção por meio da conscientização da população sobre os riscos das apostas virtuais à saúde mental e a proteção contra fraudes no setor.

A justificativa do projeto aponta que, nos últimos quatro anos, o país foi tomado pela prática de consumo que ficou conhecida como "bets".

“Como consequência da dependência em jogos, os consumidores dos serviços das plataformas seguem cada vez mais endividados, deixando de atender às necessidades mínimas da família, como, por exemplo, alimentação e medicamentos”, diz o texto do projeto.

A campanha de conscientização, segundo o texto do PL, será realizada em parceria entre o poder público e outras instituições.

3 bilhões em apostas online

Segundo levantamento realizado pelo Banco Central, somente beneficiários do Bolsa Família, em todo o país, usaram cerca de R$ 3 bilhões em plataformas de jogos virtuais, como o “jogo do tigrinho” ou as “bets”.

O relatório, apresentado em agosto de 2024, indicou que os beneficiários movimentaram esse montante para empresas de apostas em apenas um mês.

Os dados apontaram que 5 milhões de beneficiários apostaram — destes, 70% são chefes de família. A média do valor apostado via Pix foi de cerca de R$ 100.

Uso indevido

Buscando evitar o uso indevido do benefício em apostas online, o governo federal debateu, em outubro de 2024, restrições a meios de pagamento voltados a esses jogos virtuais.

Na época, chegou a anunciar o bloqueio de cerca de dois mil sites de apostas e cassinos online. A medida foi anunciada após reunião comandada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, reforçou que o presidente impôs medidas firmes para combater a prática.

"O objetivo é proteger os beneficiários e garantir que o dinheiro seja usado para necessidades da população, como alimentação", destacou o ministro.

** Com informações do MDS

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POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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