Política

PRIMEIRA VEZ

Cargo de procurador-geral deve ficar com um promotor

Apenas um procurador se manifestou, nos bastidores, interessado em concorrer ao maior cargo do Ministério Público

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Pela primeira vez o procurador-geral de Justiça (PGJ) de Mato Grosso do Sul pode ser um promotor em vez de um procurador. A mudança ocorre por conta de uma emenda que retirou da Constituição Estadual a exclusividade de procuradores de Justiça concorrerem ao cargo. 

Outro ponto que possibilita ainda mais a um promotor ser sucessor do PGJ, Paulo Passos, é a lista tríplice, que deve ser votada e encaminhada para o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) escolher. Entre os favoritos para compor estão Alexandre Magno Benites de Lacerda, Paulo César Zeni e Ricardo Melo Alves, todos promotores. 

De acordo com informações de bastidores, o mais favorável a ser escolhido para o cargo é Alexandre Magno. 

Para conseguir concorrer à lista tríplice, ele já pediu exoneração da função de chefe de gabinete do procurador-geral de Justiça.

O ato foi publicado no Diário Oficial do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul  (DOMP), com mais 24 dias de compensação por atividades como exercício da atividade ministerial em plantão; férias compensatórias; por ter coadjuvado perante a 36ª Zona Eleitoral nas eleições de 2018; e pelo exercício da atividade de acompanhamento e fiscalização presencial das provas escritas do 28º Concurso Público de Provas e Títulos para Ingresso na Carreira do Ministério Público Estadual. 

O afastamento contribui para a descompatibilização do cargo, conforme pede a Resolução 02/2019: “É obrigatória a desincompatibilização, até o dia 31 de janeiro de 2020, para o membro do Ministério Público que, estando na carreira, exerça qualquer dos seguintes cargos ou funções: procurador-geral de Justiça e procurador-geral adjunto de Justiça; cargo ou função de confiança; dirigente de entidades classistas e culturais vinculadas ao Ministério Público”.

Quem também deixou o cargo de confiança foi Ricardo Melo. Conforme a publicação em Diário Oficial, foi revogada a pedido a portaria “que agregou ao Gabinete do Procurador-Geral de Justiça o promotor de Justiça Paulo César Zeni, para com prejuízo de suas funções desempenhar atribuições de assessoramento, bem como todos os atos administrativos que o tenham designado para desempenhar cargo ou função de confiança”. 

O promotor também vai ficar um tempo afastado de suas funções e pode contar com 28 dias compensatórios de férias; compensação pelo exercício da atividade ministerial em plantão e pelo exercício da atividade de acompanhamento e fiscalização presencial das provas escritas do 28º Concurso Público de Provas e Títulos para Ingresso na Carreira do Ministério Público Estadual.

De acordo com bastidores, além dos três promotores, quem deseja concorrer ao cargo de PGJ é o procurador Rodrigo Stephanini, único do cargo que até o momento manifestou o desejo de disputar.

De acordo com a resolução do ano passado, só pode concorrer à eleição para elaboração da lista tríplice o membro do Ministério Público que esteja em atividade, que conte com mais de 10 anos de carreira e 35 anos de idade e que se inscreva como candidato ao cargo mediante requerimento dirigido ao presidente da comissão eleitoral. 

O requerimento de inscrição deverá ser apresentado à Divisão de Protocolo-Geral e Arquivo, no Edifício-Sede da Procuradoria-Geral de Justiça, no período de 3 a 5 de fevereiro, das 8h às 11h e das 13h às 18h. Qualquer membro do MPMS poderá representar à comissão eleitoral acerca das causas de inelegibilidade, no prazo de dois dias úteis contados da data da publicação. A lista dos concorrentes ao comando do MPMS será divulgada no dia 10 de fevereiro no DOMP, com a relação dos candidatos habilitados e daqueles cujo pedido de inscrição tenha sido indeferido. 

VOTAÇÃO

A votação para compor a lista que deve ser encaminhada ao governador Reinaldo Azambuja será realizada no dia 3 de abril, das 9h às 17h, sob a condução da comissão eleitoral. Fica facultada aos candidatos ou representantes por eles credenciados na comissão eleitoral a fiscalização ininterrupta de todo o processo de votação.

Política

Flávio Bolsonaro tem o pior desempenho contra Lula entre nomes da direita

O índice de rejeição aos governadores fica, em geral, na casa dos 20% enquanto a dos Bolsonaros supera os 35%.

07/12/2025 07h30

Divulgação

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) é o nome da direita cotado para disputar a Presidência da República em 2026 com pior desempenho em um eventual segundo turno contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mostrou pesquisa Datafolha divulgada ontem.

Conforme o levantamento, nomes da família Bolsonaro também têm maior rejeição do eleitor do que governadores situados no campo da direita. O índice de rejeição aos governadores fica, em geral, na casa dos 20% enquanto a dos Bolsonaros supera os 35%.

Caso disputasse a presidência, Flávio Bolsonaro, que anunciou anteontem pré-candidatura ao Palácio do Planalto, ficaria 15 pontos atrás do petista na disputa de um eventual segundo turno. Flávio marcaria 36% dos votos, enquanto Lula teria 51%. Os votos brancos e nulos somariam 12%. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou para menos. O filho de Jair Bolsonaro (PL) é rejeitado por 38% dos entrevistados na pesquisa.

O desempenho de Flávio seria semelhante ao de outros membros da família Bolsonaro. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) teria 35% das intenções de voto em um segundo turno contra o atual presidente, enquanto a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) teria 39%.

Na margem de erro, os três estão praticamente empatados na rejeição pelos entrevistados pelo Datafolha: 37% disseram que não votariam de jeito nenhum em Eduardo, enquanto 35% afirmaram o mesmo sobre Michelle.

Segundo a pesquisa, a rejeição a Lula chega a 44%. Caso pudesse disputar as eleições do próximo ano, Jair Bolsonaro seria o candidato com o maior índice de reprovação, 45%.

Atualmente, o ex-presidente está inelegível por ter sido condenado por ter tramado um golpe após ter sido derrotado por Lula nas eleições de presidenciais de 2022.

GOVERNADORES

Em termos de potencial de votação, Lula mostra maior vantagem sobre os candidatos da família Bolsonaro, mas, de acordo com a pesquisa, a vitória no segundo turno seria mais apertada contra os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Paraná, Ratinho Jr. (PSD).

Em um eventual segundo turno, o petista venceria o atual governador de São Paulo com 47% dos votos ante 42% de Tarcísio. Segundo o Datafolha, numa simulação com os nomes de Lula e Ratinho Jr., o atual mandatário teria 47% dos votos, enquanto o governador do Paraná teria 41%. Considerando a taxa de rejeição, o índice de Tarcísio de Freitas é de 20%, superior à do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que registra 18%, e inferior às de Ratinho Jr, do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Tanto Ratinho Jr. quanto Zema têm 21% de rejeição.

O Datafolha ouviu 2.002 eleitores de terça a quinta-feira, antes portanto do anúncio de Flávio. O levantamento foi feito em 113 municípios e entrevistou eleitores acima de 16 anos. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos. Lula manteve a vantagem em relação aos adversários, considerando a pesquisa anterior do instituto, de julho.

E COMO FICA O PT?

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse ontem que a direita está "sem bússola" desde a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e o ex-mandatário "está certo" ao escolher o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como seu pré-candidato ao Planalto.

"A divisão da direita fortalece o nosso campo. Com uma coisa dessa, Tarcísio vai deixar o governo de São Paulo? Acho difícil. Quem quer tudo termina sem nada", disse Guimarães.

"Eles estão sem bússola com a prisão de Bolsonaro. Não existe uma liderança da direita que os unifique. Bolsonaro não quer protagonismo de Tarcísio."

O líder o governo mencionou ainda o que ele considerou outras "contribuições" da oposição ao governo Lula. "Lá (no Ceará) Michelle foi e deu uma grande contribuição", afirmou, em referência ao episódio em que a ex-primeira-dama foi ao palanque do pré-candidato ao governo do Estado Eduardo Girão (Novo) e fez críticas a Ciro Gomes (PSDB), também pré-candidato ao cargo, que estava acertando uma aliança com o PL cearense. Após as críticas de Michelle, a aliança entre o PL e o PSDB no Ceará saiu dos trilhos.

Guimarães definiu o RJ, SP e MG como os Estados cruciais para o PT na eleição de 2026. No Rio de Janeiro, a aliança do PT já está fechada. O partido lançará a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) ao Senado e apoiará a candidatura do prefeito da capital, Eduardo Paes (PSD), ao governo do Estado.

Nos outros dois Estados, a situação é incerta. Em SP, o PT poderá lançar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para a disputa do Palácio dos Bandeirantes, ou apoiar o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Em Minas Gerais, o PT ainda está em busca de uma aliança para definir o nome que apoiará na disputa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

cnh social

Gordinho do Bolsonaro vota com Lula e petistas de MS, contra

Rodolfo Nogueira (PL) foi o único parlamentar de MS a votar pela manutenção do veto à obrigatoriedade de exame toxicológico para emissão de CNH

06/12/2025 15h00

Rodolfo Nogueira é conhecido por ser um dos parlamentares que invariavelmente vota contra tudo aquilo que é proposto pelo presidente Lula. Desta vez, foi diferente

Rodolfo Nogueira é conhecido por ser um dos parlamentares que invariavelmente vota contra tudo aquilo que é proposto pelo presidente Lula. Desta vez, foi diferente

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Da bancada federal sul-mato-grossense, apenas o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL), o Gordinho do Bolsonaro, votou na última quinta-feira (04) contra a exigência do exame toxicológico para quem for tirar a primeira habilitação de carro e de moto.

 Os demais parlamentares do estado foram a favor da derrubada do veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lei 15.153/25, da CNH social. 

Quando criou o projeto da CNH social, que visava utilizar o dinheiro arrecadado pelas multas de trânsito para custear o processo de habilitação de pessoas de baixa renda, o presidente Lula vetou o exame toxicológico para as categorias de carro e moto.

Na época, o argumento era que aumentaria o preço para tirar a primeira habilitação, indo na contramão do que propunha a CNH Social.

Com a derrubada do veto, o exame toxicológico que já era obrigatório para motoristas das categorias C, D e E, que dirigem veículos de carga e transporte coletivo, agora passa a ser exigido para todas as categorias. 

Votaram pela derrubada do veto ( a favor do exame) os deputados federais sul-mato-grossenses Beto Pereira (PSDB), Camila Jara (PT), Dagoberto Nogueira (PSDB), Dr. Luiz Ovando (PP), Geraldo Resende (PSDB), Marcos Pollon (PL) e Vander Loubet (PT).  Entre os senadores votaram pela derrubada do veto Nelsinho Trad (PSD) e Tereza Cristina (PP).

A senadora Soraya Thronicke (Podemos) não votou. O único parlamentar federal contra a exigência do exame de toxicológico foi Nogueira.

O texto permite o uso de recursos de multas no custeio da habilitação de condutores de baixa renda, cria regras para transferência eletrônica de veículos e ajusta a exigência de exame toxicológico para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

A Lei 15.153, de 2025, passa a valer na data de sua publicação. Deputados e senadores decidiram também derrubar o veto à cláusula de vigência imediata, que o Ministério dos Transportes considerou inadequado para garantir a implementação das mudanças no Código de Trânsito.

Sem o veto, a lei teria seguido o prazo padrão de 45 dias após a publicação oficial, conforme previsto na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), de acordo com a Agência Senado.

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