Política

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Caspa, eu?

Caspa, eu?

Redação

14/05/2010 - 06h01
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Pode ser impressionante, porém mais de 70% das pessoas que frequentam clínicas de dermatologia voltadas a problemas capilares apresentam ou já apresentaram caspa em algum momento de suas vidas. A grande questão é que a caspa não é apenas um incômodo estético. Trata-se de um processo inflamatório das áreas com pêlos e manifesta-se em pessoas propensas ao problema.

Na maioria dos casos a caspa é um efeito colateral de outra disfunção que pode estar relacionada ao estresse, ao desequilíbrio hormonal, uso inadequado de xampu ou condicionadores, uso de água quente nas lavagens, intervalos prolongados entre as lavagens ou até mesmo uma reação alérgica a produtos químicos usados para tingir ou alisar os fios. Enfim, são inúmeras as causas e, por isso o problema é tão frequente, mas ao contrário do que muita gente pensa, nem sempre é algo simples de se resolver podendo ser indício de alguma doença relacionada à saúde do couro cabeludo ou da pele, já que a descamação pode aparecer inclusive nas sobrancelhas.

O fato é que quando a temperatura diminui o problema aumenta nos consultórios dos dermatologistas, já que a água quente do banho é uma das causas do aumento da oleosidade do couro cabeludo e consequentemente junto a essa reação vem a descamação excessiva, em alguns casos formando também feridas ou pústulas com pus, que se parecem com acne. “Outro motivo que contribui para o aumento da caspa é que as pessoas também dão espaço maior entre as lavagens no frio”, exemplifica o dermatologista Ademir Jr.,

Membro da Associação Internacional de Tricologia (IAT) e Presidente do Grupo de Assistência a Problemas Capilares (GAPCA).
Já os casos mais severos de caspa estão relacionados ao excesso de oleosidade, provocado pela psoríase – uma doença inflamatória da pele de origem neuroimunológica – de infecções, como ocorre em alguns casos de micose de couro cabeludo, ou de diversos outras formas de inflamações da pele que possam ou não estar associadas com quadros de queda capilar.

Segundo o especialista, o uso de xampus anticaspa é a primeira opção das pessoas que sofrem com o problema e, quando a caspa não é motivada por nenhum problema mais grave provavelmente irá ceder. “Nos casos cujo a origem está em doenças do couro cabeludo os xampus anticaspa de venda livre não serão suficientes. Primeiro porque estes apenas fazem uma limpeza superficial da pele. Segundo porque o problema de base, a causa da doença, não estará sendo convenientemente tratada”, ressalta o doutor Ademir, acrescentando que para estes casos o ideal é procurar por um profissional que faça um diagnóstico do problema e identifique a causa a ser combatida.

O médico esclarece que não é incomum esse paciente ter de tratar com xampus, e loções manipulados ou até medicamentos por via oral. “O mais importante de tudo é saber que a caspa pode ser tratada e combatida de forma eficaz e não precisa ser um inconveniente para o paciente que se vê desconfortável toda vez que é obrigado a usar uma roupa escura. A solução existe e pode estar ao alcance das nossas mãos”, finaliza o médico.
O doutor Ademir Jr. é autor do livro “Socorro! Estou ficando careca”, e responde a questões dos internautas pelo site www.ademirjr.com.br.

ACEITOU

Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

Espera

Motta aguarda assessoria jurídica da Câmara para definir posse de suplente de Zambelli

Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli

13/12/2025 21h00

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta Foto: Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), espera uma resposta da assessoria jurídica da Casa para definir o destino do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) até segunda-feira, 15.

A equipe de Motta afirmou à reportagem que a decisão deve tratar não necessariamente da cassação de Zambelli, mas da posse de Adilson Barroso (PL-SP). O prazo de 48 horas dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Câmara menciona especificamente a posse do suplente, não a cassação da titular.

A Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli. O colegiado também chancelou a determinação para que a Mesa da Câmara dê posse ao suplente da deputada em até 48 horas, como prevê o regimento interno da Casa.

A decisão anulou a deliberação da própria Câmara de rejeitar a cassação de Zambelli, o que foi visto como afronta ao STF. Foram 227 votos pela cassação, 170 votos contrários e dez abstenções. Eram necessários 257 votos para que ela perdesse o mandato.

Moraes disse em seu voto que a deliberação da Câmara desrespeitou os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, além de ter "flagrante desvio de finalidade".

O ministro afirmou que a perda do mandato é automática quando há condenação a pena em regime fechado superior ao tempo restante do mandato, já que o cumprimento da pena impede o trabalho externo.

Nesses casos, cabe à Casa legislativa apenas declarar o ato, e não deliberar sobre sua validade.

O STF condenou Zambelli em maio pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena é de 10 anos de prisão em regime inicial fechado, e tem como resultado a perda do mandato na Câmara.

A deputada, no entanto, fugiu do País antes do prazo para os recursos. Ela hoje está presa preventivamente na Itália, e aguarda a decisão das autoridades italianas sobre a sua extradição.

A votação em plenário na madrugada da quinta-feira, 11, contrariou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que, na tarde desta quarta-feira, 10, tinha aprovado a cassação.

Zambelli participou por videoconferência da deliberação da CCJ e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. "É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação", disse.

No plenário, a defesa ficou com Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, que fez um apelo para demover os deputados. "Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas", afirmou. O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completou 18 anos nesta quinta-feira.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), discursou pedindo pela cassação. "Estamos aqui para votar pela cassação que já deveria acontecer há muito tempo", disse.

O PL trabalhou para contornar a cassação, para esperar que Zambelli perca o mandato por faltas. Pela regra atual, ela mantém a elegibilidade nessa condição.

Caso tivesse o mandato cassado, ficaria o tempo de cumprimento da pena mais oito anos fora das urnas. Ela só poderia participar de uma eleição novamente depois de 2043. Estratégia similar foi feita com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deverá ter a perda do mandato decretada pela Mesa Diretora.

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