Política

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Com apenas duas deputadas na Casa, sessão na Assembleia homenageia mulheres

Deputadas Mara Caseiro e Lia Nogueira destacaram papel da mulher na sociedade e importância de lutar por igualdades e ocupar espaços

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No Dia Internacional da Mulher, comemorado neste 8 de março, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul homenageou mulheres com histórias inspiradoras ou que contribuíram para o desenvolvimento do Estado, na sessão solene Celina Jallad.

Na Casa, das 24 cadeiras, há apenas duas deputadas mulheres, sendo Mara Caseiro (PSDB) e Lia Nogueira (PSDB). Foram elas que propuseram a sessão solene.

A sessão de homenagens foi conduzida por Mara Caseiro, que destacou o protagonismo feminino em várias áreas.

“Sem sombra de dúvidas é inegável a nossa importância nos lares, na constituição da família, mas ao longo dos anos, especialmente neste último século, tem se mostrado evidente a importância da mulher no mercado de trabalho e nos espaços de poder”, disse.

“Afinal, ser flexível, ser multitarefa, ter sensibilidade, demonstrar bom controle emocional, comunicação eficiente, resiliência e flexibilidade cognitiva são competências inerentes as mulheres”, acrescentou.

A deputada afirmou ainda que é necessário que haja mais igualdade e menos violência contra à mulher.

“Hoje, mesmo com todo o espaço de empoderamento que já conquistamos e de termos leis garantindo a igualdade de direitos, ainda sofremos com a herança machista e patriarcal da nossa sociedade”.

“São muitos os perfis familiares onde a mulher acumula funções trabalhistas e domésticas. Além disso, embora constitua a maioria apta a pertencer ao mercado de trabalho, ainda é menor o número de mulheres ocupando cargos de nível superior nas empresas e o salário continua desproporcional em relação ao homem, fator que fica mais critico quando nos referimos as mulheres negras”.

"A luta das mulheres não é apenas pela igualdade, mas também contra o machismo, o patriarcalismo e a violência de todas as suas formas. É fato, que embora leis específicas e delegacias da mulher tenham sido criadas no Brasil, ainda são numerosos casos de agressões, tais como assédio, estupro, feminicídio, entre outros e aproveito esse momento para deixar o nosso protesto: Basta de violência! Chega de assédio moral, de assédio sexual, chega de feminicídio, exigimos respeito e queremos paz”, concluiu.

A deputada Lia Nogueira comemorou o fato de ser a primeira jornalista de Mato Grosso do Sul a assumir uma cadeira na Assembleia Legislativa.

Emocionada, Lia discursou em homenagem à mãe, já falecida, a professora Elza Pedroso.

“Minha mãe foi um exemplo. Ela foi na década de 1980 uma mulher separada, e na época a sociedade machista que ainda predomina, não a via com bons olhos”, contou, acrescentando que a mãe conseguiu criar seis filhos e estudar, mesmo com as dificuldades.

Ela também destacou a importância das mulheres e a necessidade de avançar em políticas públicas eficazes de combate à violência contra a mulher.

"Mais do que um dia de comemorar, hoje tem que ser um dia de reflexão para a gente levantar essas bandeiras, para que os homens nos respeitem, respeitem nosso corpo, nossas histórias, a nossa existência. Pode parecer clichê, mas o nosso lugar é onde a gente quiser sim", disse.

Homenageadas

Cada deputado escolheu mulheres para serem homenageadas com a honraria Celina Jallad.

Receberam a homenagem as seguintes mulheres:

  • Cláudia Pereira da Costa
  • Maria de Lourdes Souza Cano
  • Adma Cândida da Silva dos Santos
  • Ana Carolina Araújo Nardes
  • Coronel PM Neyde Nunes Barbosa Centurião
  • Doriane Gomes Chamorro
  • Rosemeire Lourenço Calderan
  • Zanir Furtado
  • Jandira Gorete dos Santos
  • Lusmária da Silva Oliveira
  • Márcia Ribeiro de Souza
  • Maria Suely Lima da Rocha
  • Marta Rodrigues dos Santos Campos
  • Ildeslane Dimeira dos Reis
  • Marly Nogueira de Lima
  • Sidneia Catarina Tobias
  • Albi de Urrutia Abdalla
  • Marisa Nacagawa Teixeira
  • Juliana Barbosa Paracampos
  • Darlene dos Santos
  • Mavel Inácia da Silva
  • Maria Sandra Bezerra de Freitas
  • Ana Carolina Ali Garcia
  • Neura de Fátima Matias Fassini
  • Rosimeire Farias
  • Eliza Montes
  • Janete Córdoba
  • Gyselle Saddi Tannous
  • Eliene Amorim da Costa
  • Shirley Aparecida S. Pessôa
  • Vera Lúcia Martinez Battistetti
  • Neide Salvador Pacheco de Lima

Espera

Motta aguarda assessoria jurídica da Câmara para definir posse de suplente de Zambelli

Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli

13/12/2025 21h00

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta Foto: Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), espera uma resposta da assessoria jurídica da Casa para definir o destino do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) até segunda-feira, 15.

A equipe de Motta afirmou à reportagem que a decisão deve tratar não necessariamente da cassação de Zambelli, mas da posse de Adilson Barroso (PL-SP). O prazo de 48 horas dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Câmara menciona especificamente a posse do suplente, não a cassação da titular.

A Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli. O colegiado também chancelou a determinação para que a Mesa da Câmara dê posse ao suplente da deputada em até 48 horas, como prevê o regimento interno da Casa.

A decisão anulou a deliberação da própria Câmara de rejeitar a cassação de Zambelli, o que foi visto como afronta ao STF. Foram 227 votos pela cassação, 170 votos contrários e dez abstenções. Eram necessários 257 votos para que ela perdesse o mandato.

Moraes disse em seu voto que a deliberação da Câmara desrespeitou os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, além de ter "flagrante desvio de finalidade".

O ministro afirmou que a perda do mandato é automática quando há condenação a pena em regime fechado superior ao tempo restante do mandato, já que o cumprimento da pena impede o trabalho externo.

Nesses casos, cabe à Casa legislativa apenas declarar o ato, e não deliberar sobre sua validade.

O STF condenou Zambelli em maio pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena é de 10 anos de prisão em regime inicial fechado, e tem como resultado a perda do mandato na Câmara.

A deputada, no entanto, fugiu do País antes do prazo para os recursos. Ela hoje está presa preventivamente na Itália, e aguarda a decisão das autoridades italianas sobre a sua extradição.

A votação em plenário na madrugada da quinta-feira, 11, contrariou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que, na tarde desta quarta-feira, 10, tinha aprovado a cassação.

Zambelli participou por videoconferência da deliberação da CCJ e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. "É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação", disse.

No plenário, a defesa ficou com Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, que fez um apelo para demover os deputados. "Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas", afirmou. O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completou 18 anos nesta quinta-feira.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), discursou pedindo pela cassação. "Estamos aqui para votar pela cassação que já deveria acontecer há muito tempo", disse.

O PL trabalhou para contornar a cassação, para esperar que Zambelli perca o mandato por faltas. Pela regra atual, ela mantém a elegibilidade nessa condição.

Caso tivesse o mandato cassado, ficaria o tempo de cumprimento da pena mais oito anos fora das urnas. Ela só poderia participar de uma eleição novamente depois de 2043. Estratégia similar foi feita com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deverá ter a perda do mandato decretada pela Mesa Diretora.

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Política

PT oficializa pré-candidatura de Fábio Trad ao governo do Estado

Nome de ex-deputado foi oficializado em encontro realizado neste sábado (13)

13/12/2025 18h00

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva Foto: Pedro Roque / Reprodução

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Ex-deputado federal, Fábio Trad foi oficializado como o postulante à governadoria estadual pelo Partido dos Trabalhadores (PT). A indicação ocorreu na tarde deste sábado (13), em reunião da cúpula petista na Capital, que contou com a presença do presidente nacional da sigla Edinho Silva e diversas lideranças do partido. 

Filiado ao partido desde agosto último, Fábio Trad migrou para o campo mais à esquerda após deixar o Partido Social Democrático (PSD), sigla a qual pertencia há 10 anos.

Fábio Trad, ressaltou o simbolismo político da visita do líder da sigla à Capital e afirmou que a presença da direção nacional recoloca o campo progressista sul-mato-grossense no centro do debate nacional.

“A vinda do presidente nacional do PT significa que a esquerda de Mato Grosso do Sul está, sim, no radar político nacional. Não é possível que um Estado da importância geopolítica de Mato Grosso do Sul não tenha um palanque competitivo, ideologicamente coerente com o campo progressista liderado pelo presidente Lula”, afirmou.

Ao Correio do Estado, o ex-deputado destacou que os partidos que compõem a frente progressista construirão um grande palanque para o Lula em Mato Grosso do Sul, voltado "às conquistas sociais e econômicas para o nosso povo", disse.

À reportagem, destacou que, a disputa pelo executivo estadual partiu de uma decição do presidente nacional do partido, decisão que viu com bons olhos.

"Sobre a construção em torno da minha participação na campanha, o presidente Edinho destacou a preferência do PT de MS para que a jornada seja encabeçada por mim. As definições estão se concretizando e eu espero contribuir com o presidente Lula para fazer em MS o papel que ele me incumbiu de exercer", declarou. 

Além de mirar o posto mais alto do executivo estadual, o partido deve priorizar a corrida pelo Senado, já que Soraya Thronicke (Podemos) e Nelsinho Trad (PSD), irmão de Fábio, não possuem vaga garantida para o próximo ano. 

"O presidente Lula está muito atento ao cenário aqui do estado e fará todo o esforço para que o campo progressista tenha êxito em todas as instâncias de disputa, inclusive o Senado com o companheiro Vander", disse. 

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva Ex-deputado Fábio Trad / Foto: Marcelo Victor / CE

À época de sua filiação, Trad já era cotado para disputar as eleições para governador no pleito geral de 2026, contudo, havia rechaçado o embate contra o atual governador Eduardo Riedel (PP) nas urnas.

Diferente dos irmãos, ele vem de uma formação mais à esquerda. Advogado formado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), conheceu o movimento brizolista (ligado à Leonel Brizola).

Em Mato Grosso do Sul, já teve dois mandatos de deputado federal pelo PSD, onde sua família esteve abrigada durante quase toda década passada.

Após a pandemia de Covid-19, voltou-se mais à esquerda quando se colocou como um dos oposicionistas do então presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em 2022, não conseguiu se reeleger. Disputou a eleição pelo antigo partido e também foi derrotado na disputa pelo governo do Estado.

Em 2023, recebeu um cargo na Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), no governo Lula.

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