Política

ELEIÇÕES 2020

Combate às fake news será prioridade do TRE

Presidente da corte eleitoral destacou importância de combater desinformação

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Com a grande disseminação de notícias falsas, o combate à desinformação deve ser uma das principais bandeiras da Justiça, destacou o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS), desembargador João Maria Lós. 

A pandemia de coronavírus (Covid-19), além de alterar o calendário eleitoral, mudou o comportamento dos pré-candidatos, que devem evitar o contato físico e utilizar mais a internet para angariar votos.  

“Uma das grandes bandeiras da Justiça Eleitoral nas eleições vindouras, sob a orientação do Tribunal Superior Eleitoral [TSE], é o combate à desinformação por meio de campanhas e ações de esclarecimento aos eleitores na televisão, rádio, jornais e redes sociais, de realização de seminários e, agora em período de pandemia, de lives envolvendo especialistas, bem como colaboração de agências de checagem de conteúdos, do apoio da imprensa, alertando para os riscos da desinformação, além do apoio de toda a sociedade, clamando pelo compartilhamento consciente e responsável de mensagens nas redes sociais”.

De acordo com o presidente, o TSE tem trabalhado desde 2019 para combater as chamadas fake news e criou programas on-line com informação para a população. 

“O TSE realizou o Seminário Internacional Fake News e Eleições, com o apoio da União Europeia, para debater as implicações da disseminação de notícias falsas e seus efeitos no processo eleitoral e na sociedade. E disponibilizou uma série de vídeos em seu canal no YouTube intitulada ‘(Des)Informação e Eleições’, com depoimentos de especialistas que participaram desse seminário”.

O desembargador ressaltou ainda que além das atividades promovidas pelo TSE, o TRE tem desenvolvido projetos específicos, como o evento que está sendo realizado hoje pela internet. 

“O evento Democracia Digital, voltado para o combate à desinformação, em parceria com a Agência Lupa, Instituto Tecnologia e Equidade [IT&E] e Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral [MCCE], com o debate ‘Como o combate à epidemia da desinformação sobre o novo coronavírus pode nos ajudar na preparação para as próximas eleições municipais?’, que terá a participação de magistrados e advogados”. 

Mestra em Ciência da Informação, a jornalista e professora universitária Inara Silva destacou que o movimento de desinformação ganhou força em 2016, na campanha presidencial dos Estados Unidos da América (EUA) – que tinha como candidatos Donald Trump e Hillary Clinton, sendo Trump o eleito – e durante a votação do Brexit no Reino Unido. 

No Brasil, teve destaque na campanha eleitoral de 2018, quando Jair Bolsonaro foi escolhido pela maioria dos eleitores. 

“Esse dois eventos [mundiais] foram fenômenos de desinformação. O que seria desinformação? São as informações falsas que são divulgadas, principalmente na internet, para beneficiar alguém ou prejudicar alguém, então está muito nesta esfera política. No meio de toda a desinformação surgiu a divisão política dentro de grupos sociais, então polarizou muito. Ela é para política e para outros assuntos, como vemos correntes que desqualificam a pandemia e outras não”, explica.  

Além de assuntos políticos, a professora ressaltou que vertentes desse movimento focaram em descredibilizar a imprensa tradicional. 

“Eles passaram a trabalhar como se fossem uma mídia alternativa e com status de informação verdadeira e esse trabalho de desqualificação do jornalismo foi muito forte, inclusive a gente sofreu na pele: vários sofreram agressões, intimidações”.  

A mestra reforça ainda que, com o movimento da desinformação, a imprensa tradicional se uniu e agências de checagem surgiram em todo mundo. 

“Aqui no Brasil a gente tem Lupa, a Aos Fatos, tem uma séria de agências que trabalham para combater as fake news”.  

Inara ressaltou que o momento que estamos vivendo é chamado de pós-verdade. 

“Quando a opinião tem mais valor que o fato objetivo. Quando a opinião e a crença tem mais valor que um fato objetivo”.

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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