Política

Cautela

Conselheiro e desembargadores aguardam aval de Zanin para voltar aos cargos

Prazo de afastamento de investigados por vendas de sentença se encerrou nesta quinta-feira (7)

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Expirou nesta quinta-feira (7) o prazo de afastamento imposto aos quatro desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) e ao conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE) investigados em esquema que apura venda de sentenças e corrupção no âmbito da Operação Ultima Ratio, deflagrada em outubro do ano passado. 

O caso está atualmente sob análise do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que até o momento não se pronunciou oficialmente sobre a possibilidade dos afastados - Alexandre Aguiar Bastos, Marcos José de Brito Rodrigues, Sideni Soncini Pimentel e Vladimir Abreu da Silva, desembargadores do TJMS, e Osmar Jeronymo Domingues, conselheiro do TCE-MS, retomarem suas funções já na próxima semana.

Cabe destacar que o os nomes foram afastados de seus cargos  em 24 de outubro de 2024, onde o então ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Francisco Falcão, determinou o afastamento cautelar dos  desembargadores por 180 dias. Com o vencimento desse prazo em abril de 2025, os desembargadores chegaram a voltar ao cargo, contudo, foram afastados novamente pelo STF, que prorrogou a medida por mais 180, decisão revista por Zanin que após parecer do procurador-geral da República, Paulo Gonet, reduziu o prazo para 90 dias.  

Durante esse período, os magistrados ficaram proibidos de acessar as dependências do Tribunal de Justiça, utilizar os serviços da Corte e manter contato com funcionários do local.

As medidas de restrição chegaram a ficar “suspensas” por um dia, contudo o ministro Zanin decidiu manter o afastamento por mais três meses, prazo que se encerrou nesta semana. Com isso, todos continuam proibidos de exercer qualquer função no Tribunal de Justiça e conforme apurou o Correio do Estado, aguardam liberação junto ao STF. 

Investigação

A Operação Ultima Ratio foi deflagrada pela Polícia Federal em 24 de outubro de 2024, com apoio da Receita Federal, para investigar um esquema de venda de sentenças envolvendo membros do TJMS, conselheiros do TCE-MS, advogados e empresários.

Na ocasião, foram cumpridos 44 mandados de busca e apreensão em diversas localidades, incluindo residências de investigados, o prédio do Tribunal de Justiça, a sede do TCE, fóruns e escritórios de advocacia. Além de Campo Grande, a operação teve alvos em Brasília, São Paulo e Cuiabá.

A Polícia Federal chegou a pedir a prisão preventiva de alguns investigados, mas a Justiça optou apenas pela suspensão do exercício do cargo ou função pública de cinco desembargadores, um conselheiro do TCE-MS e um servidor do TJMS, por um prazo inicial de 180 dias.

Exceção entre os investigados

Entre os investigados, o ex-presidente do TJMS, Sérgio Martins, também foi afastado em 24 de outubro de 2024, junto com os demais. No entanto, ele foi autorizado a retornar ao cargo em dezembro do mesmo ano, por decisão de Zanin, após pedido do advogado Rodrigo Mudrovitsch. A justificativa foi de que não havia indícios de que Martins teria se beneficiado financeiramente do esquema de venda de decisões judiciais.

Investigação segue no STF

Atualmente, o inquérito da Operação Ultima Ratio segue sob responsabilidade do Supremo Tribunal Federal. A Corte ainda analisa suspeitas de possível envolvimento de membros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no esquema. Caso essas suspeitas não se confirmem, o processo deverá retornar ao âmbito da Justiça de Mato Grosso do Sul.

Enquanto isso, desembargadores e o conselheiro aguardam a decisão de Cristiano Zanin, que poderá, nos próximos dias, determinar a continuidade do afastamento ou autorizar o retorno aos cargos.

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POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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