Política

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Contenda entre Eduardo Bolsonaro e Jair divide opiniões de deputados em MS

O debate na ALEMS girou em torno da "situação complicada" da família Bolsonaro e dos possíveis excessos do STF

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A troca de mensagens citada no relatório final da Polícia Federal (PF), que culminou no indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), autoexilado nos Estados Unidos, gerou divergência entre os deputados na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS).

Durante o grande expediente, na manhã desta quinta-feira (21), o deputado estadual Pedro Kemp colocou o assunto em pauta e classificou a situação da família Bolsonaro como “enrolada” e, em suas palavras, que “não para de conspirar contra o país”.

“A família está totalmente em uma situação complicada, só que ela não para, não para de agir, não para de espernear, de conspirar contra o país para colocar o país a serviço de uma causa: livrar o Bolsonaro da cadeia”, pontuou Kemp.

O petista destacou um possível problema de cognição da família Bolsonaro, mencionando, o documento encontrado em uma conversa de Whatsapp, no celular de Jair Bolsonaro ao presidente da Argentina, Javier Milei. O que para o petista é mais uma prova contra o próprio ex-presidente. “Eu acho que eles têm algum problema cognitivo, e isso veio à tona com o ex-presidente tentando fugir.”

Por outro lado, o deputado Coronel David (PL) afirmou que o país passa por um momento de “atropeladas”, em que, na opinião dele, “tudo vale na perseguição de Bolsonaro”.

Sobre o xingamento de Eduardo Bolsonaro ao pai via WhatsApp, David resumiu como “querelas familiares”, justificando que “em casa todos têm problemas”.

“Fizeram um escândalo também em relação ao documento de asilo político que encontraram no celular do presidente Bolsonaro. Mesmo que aquilo fosse verdadeiro, a ONU, na Declaração Universal dos Direitos Humanos, artigo 14, diz que a questão do asilo político é um direito de quem se sente perseguido. Fofocas são produzidas e difundidas como se fossem verdade”, pontuou David.

Também do Partido Liberal, Neno Razuk apontou a liberação do inquérito como positiva, por acreditar que pode evidenciar eventuais abusos do Poder Judiciário.

“Tem que limitar o excesso e o abuso do Judiciário tanto contra os políticos quanto contra o cidadão comum, que sofre e ninguém vem aqui reclamar quando há uma injustiça contra o cidadão comum”, disse Neno.

Crédito: Foto: Wagner Guimarães / ALEMS

 

 

 

 

 

 

Já o tucano Caravina tratou de afastar seu posicionamento da polarização entre extrema-direita e esquerda, mas concordou com o colega Coronel David ao afirmar que o inquérito policial, ao ser aberto ao conhecimento público, acabou se tornando uma ferramenta política.

“Precisamos ter um freio, um contraponto no Judiciário, cada um com a sua autonomia, mas respeitando as decisões do Congresso Nacional. Hoje é o Bolsonaro; esse problema que existe hoje pode acontecer com qualquer um”, finalizou Caravina.

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POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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