Política

ESCLARECIMENTO

Correio explica: entenda o que um deputado faz

Foram eleitos 24 deputados estaduais no Estado, além de 8 federais

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O número expressivo de deputados eleitos levanta um questionamento sobre quais funções esses atores políticos exercem em seus respectivos cargos. Apenas em Mato Grosso do Sul, foram eleitos 24 deputados estaduais no Estado, além de 8 federais. 

Com o fim do primeiro turno das eleições do Brasil de 2022, cerca de 1.996.510 pessoas votaram no estado de Mato Grosso do Sul. Os votos foram distribuídos entre os cargos de presidente, governador, senador e deputado estadual e federal. 

Entenda  a função de um deputado estadual

Com mandato de quatro anos, os parlamentares estaduais são responsáveis pela fiscalização financeira e contábil do Estado. 

São encarregados de prestar atendimento aos eleitores da região, lideranças de segmentos diversos, órgãos governamentais e representantes de entidades. 

Eles também participam dos trabalhos das comissões e sessões plenárias do parlamento estadual.

Sobretudo, a principal função de um deputado estadual é a de apresentar decretos legislativos, projetos de leis, emendas à constituição estadual, além de ter o poder de votar outros projetos encaminhados pelo governador, bem como por outros deputados.

Deputados Estaduais eleitos

Dentre os 24 candidatos estaduais eleitos para integrar a nova composição da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, 19 conseguiram se reeleger. 

Dos três deputados eleitos mais bem posicionados, dois fazem parte do PSDB: Mara Caseiro, com 49.512 ocupando o primeiro lugar, e Paulo Corrêa, o segundo mais votado, com 49.184 votos. 

Em terceiro lugar está Zeca do PT (PT) com 47.193. No total, 17 candidatos foram reeleitos, sendo cinco deles novatos, como Pedro Caravina (PSDB), Rafael Tavares (PRTB), Pedrossian Neto (PSD), Lia Nogueira (PSDB) e Roberto Hashioka (PSDB), e dois que já foram deputados, como Zeca e Junior Mochi (MDB).

Veja a lista de deputados estaduais eleitos em MS 

  1. Mara Caseiro (PSDB) - 49.512 votos;
  2. Paulo Corrêa (PSDB) - 49.184 votos;
  3. Zeca do PT (PT) - 47.193 votos;
  4. Jamilson Name (PSDB) - 43.435 votos;
  5. Zé Teixeira (PSDB) - 39.329 votos;
  6. Lídio Lopes (Patriota) - 32.412 votos;
  7. Pedro Caravina (PSDB) - 31.952 votos;
  8. Coronel David (PL) - 31.480 votos;
  9. Pedro Kemp (PT) - 27.969 votos;
  10. Lucas de Lima (PDT) - 26.575 votos;
  11. Junior Mochi (MDB) - 26.108 votos;
  12. João Henrique Catan (PL) - 25.914 votos;
  13. Gerson Claro (PP) - 25.839 votos;
  14. Londres Machado (PP) - 25.691 votos;
  15. Antonio Vaz (Republicanos) - 19.395 votos;
  16. Rafael Tavares (PRTB) - 18.224 votos;
  17. Renato Câmara (MDB) - 17.756 votos;
  18. Amarildo Cruz (PT) - 17.249 votos;
  19. Neno Razuk (PL) - 17.023 votos;
  20. Marcio Fernandes (MDB) - 16.111 votos;
  21. Pedrossian Neto (PSD) - 15.994 votos;
  22. Lia Nogueira (PSDB) - 15.155 votos;
  23. Roberto Hashioka (PSDB) - 13.662 votos;
  24. Rinaldo Modesto (Podemos) - 12.800 votos.

Thiago Vargas (PSD) teve 18.288 votos, entretanto, para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a situação do candidato consta como anulado sub-judice.

Entenda a função de um deputado federal

O Legislativo é o Poder ocupado por senadores, deputados federais, deputados estaduais, deputados distritais e vereadores. 

A função básica do Poder Legislativo é criar, alterar e discutir as leis que governam as instâncias municipais, estaduais e federais. 

Portanto, fica a cargo do deputado federal a atuação, no âmbito nacional, das questões em que a Constituição Federal de 1988 configura como de interesse da Federação.

Além da legislação, os deputados federais exercem um papel de fiscalização do poder Executivo, eles compõem a Câmara dos Deputados e, portanto, cabe a esses políticos realizar fiscalizações da atuação e da gestão do Presidente da República. 

Um exemplo dessas práticas de fiscalização é a criação das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), que possuem o caráter de investigação da ação do executivo.

Deputados federais eleitos em MS

Os eleitores definiram oito deputados federais para o Congresso Nacional. Marcos Pollon (PL), 42 anos, foi o mais votado, com 103.111 votos. Aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), o candidato é estreante na Câmara, assim como Rodolfo Nogueira (PL), presidente regional do partido e conhecido como “gordinho do Bolsonaro”. 

A vereadora Camila Jara (PT) também irá estrear na Câmara dos Deputados em 2023. 

  1. Marcos Pollon (PL): 103.111 votos
  2. Beto Pereira (PSDB): 97.872 votos
  3. Dr. Geraldo Resende (PSDB): 96.519 votos
  4. Vander Loubet (PT): 76.571 votos
  5. Camila Jara (PT): 56.552 votos
  6. Dagoberto (PSDB): 48.217 votos
  7. Dr. Luiz Ovando (PP): 45.491 votos
  8. Rodolfo Nogueira (PL): 41.773 votos

Com três parlamentares, o PSDB é o partido com maior número de cadeiras, seguido pelo PT e PL, com duas. Quatro dos parlamentares foram reeleitos para compor a bancada federal na Câmara dos Deputados.  São eles: Beto Pereira (PSDB), Dagoberto Nogueira (PSDB), Dr. Luiz Ovando (Progressistas) e Vander Loubet (PT).

Somente o caso de Geraldo Resende (PSDB), que era suplente da deputada Tereza Cristina (PP) e chegou a assumir o mandato de forma temporária, não pode ser considerado reeleição.

Como são definidos os deputados eleitos

O Cargo de deputado Federal é disputado a cada quatro anos no Brasil, nas eleições que se disputam também os cargos de presidente, governador, senador e deputado estadual, o número total de deputados a ocuparem as cadeiras da Câmara, conforme o artigo 45 da Constituição Federal, deve ser estabelecido por lei complementar, o que significa que deve ser proporcional à população de cada estado. 

Com isso, no ano que antecede as eleições é previsto que haja ajustes necessários para que nenhuma das unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta deputados.

Conforme disposto no site da Câmara, a Lei Complementar nº 78, de 30 de dezembro de 1993, define que o número de deputados não pode ultrapassar 513. 

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fornece as informações necessárias para a realização desse cálculo. Com isso, desde 1993, a Câmara dos Deputados é composta por exatamente 513 deputados.

 

Política

MPF questiona Meta sobre mudanças nas regras do Facebook e Instagram

Escritório da empresa no Brasil tem 30 dias para se manifestar

08/01/2025 21h00

Reprodução

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O Ministério Público Federal (MPF) oficiou nesta quarta-feira (8) a empresa Meta – que controla Facebook, Instagram e Whatsapp – sobre as mudanças que a companhia anunciou em relação às políticas de moderação de conteúdo de suas redes sociais. O MPF concede 30 dias úteis para o escritório da plataforma no Brasil se manifestar.

Entre os questionamentos do MPF, está se as mudanças anunciadas pelo dono da Meta, o empresário Mark Zuckerberg, serão aplicadas no Brasil. Além disso, questiona quando as mudanças entrariam em vigor no país e pede mais detalhes sobre as novas regras, “para avaliar em que medida elas podem, eventualmente, impactar direitos dos usuários destas plataformas que vivem em nosso país”.

 O ofício, do MPF de São Paulo (SP), foi enviado no âmbito do inquérito que apura, desde 2021, “eventuais violações de direitos fundamentais” por parte das principais plataformas digitais que operam no Brasil, desde o X, até o Telegram, TikTok e Youtube, além das redes controladas pela Meta.

O inquérito apura as medidas que as redes sociais adotam para detectar e combater ações como a produção de conteúdos falsos, o disparo de mensagens em massa e o uso de robôs e perfis fictícios.

Mudanças

A Meta anunciou uma série de mudanças na sua política de moderação de conteúdos, entre eles, o fim do programa de checagem de fatos que verifica a veracidade de informações que circulam nas redes; o fim de restrições para assuntos como migração e gênero; e a promoção de “conteúdo cívico”, entendido como informações com teor político-ideológico; e a exclusão apenas de conteúdos considerados violações graves.

O MPF pede que a Meta explique quais são as violações consideradas graves. “E quais violações, ao revés, passarão a ser consideradas ‘de baixa gravidade’, tornando-se objeto de moderação apenas e tão somente após provocação de terceiros, uma vez que o anúncio realizado na data de ontem não especificou detalhes desses enquadramentos”, afirma o documento.

O ofício ainda pede explicações de quais restrições em temas como imigração e gênero serão eliminadas. “Esclarecendo quais os impactos de tais mudanças para a política de moderação que, segundo informado nestes autos, seria aplicada hoje para conter discurso de ódio”, completou o documento.

Discurso de ódio

As mudanças já aplicadas nos Estados Unidos permitem que os usuários associem a homossexualidade ou a transsexualidade à doenças mentais, apesar do consenso científico atual rejeitar esse tipo de tese.

Além disso, mudanças na política sobre discurso de ódio nas plataformas da Meta passaram a permitir, por enquanto apenas nos Estados Unidos (EUA), manifestações com insultos homofóbicos, xenófobos e até misóginos, no caso do contexto de fim de relacionamentos românticos.

“[As pessoas] pedem exclusão ou usam linguagem insultuosa no contexto de discussão de tópicos políticos ou religiosos, como ao discutir direitos transgêneros, imigração ou homossexualidade. Finalmente, às vezes as pessoas xingam um gênero no contexto de um rompimento romântico. Nossas políticas são projetadas para permitir espaço para esses tipos de discurso”, afirma a Meta.

Ao comentar as mudanças na plataforma, o diretor de assuntos globais da Meta, Joel Kaplan, sustentou que as regras estavam muito restritivas e que o objetivo é se livrar de restrições sobre imigração, identidade de gênero e gênero. 

“Não é certo que as coisas possam ser ditas na TV ou no plenário do Congresso, mas não em nossas plataformas. Essas mudanças de política podem levar algumas semanas para serem totalmente implementadas”, justificou Kaplan.

*Com informações de Agência Brasil

Eleições

Ministério Público pede cassação de vereador de Corumbá por compra de votos

Matheus Pereira Casarin foi um dos candidatos mais votados no último pleito, obtendo 956 votos, e assumiu no dia 1º de janeiro a 2ª secretaria da mesa-diretora da Câmara

08/01/2025 20h01

Matheus Casarin é alvo de ação do Ministério Público

Matheus Casarin é alvo de ação do Ministério Público Arquivo

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O Ministério Público Eleitoral (MPE) acatou as denúncias levantadas pela Polícia Federal contra o vereador eleito em 6 de outubro por Corumbá, Matheus Pereira Cazarin Silva (PSB), 33, e pede em regime de urgência sua cassação à Justiça Eleitoral por suposto esquema de compra de votos. 

Casarin foi um dos candidatos mais votados no último pleito, obtendo 956 votos, e assumiu no dia 1º de janeiro a 2ª secretaria da mesa-diretora da Câmara.

Na ação, o promotor de Justiça Federal Rodrigo Corrêa Amaro anexou como provas trechos transcritos de conversas por áudio entre Casarin e sua irmã, Laura Cristina.

Material apreendido em flagrante por agentes federais, nos dias 20 e 21 de setembro, inclui celulares, 172 folhas de recibos preenchidos à mão, com valores entre R$ 150 a R$ 450; R$ 3,6 mil em espécie e 79 folhas contendo nomes, endereços, número de CPF e do título de eleitor.

Comprovação

Na troca de mensagens de áudios, Matheus e sua irmã mencionam os pagamentos a terceiros, cita o promotor.

“O numerário contido nos recibos (R$ 23,3 mil) não tinha o escopo de demonstrar a prestação de serviços para ato de campanha do candidato, e sim para a obtenção direta de votos do eleitorado”, argumenta Amaro.

“Porquanto, não há registro de despesa desse importe com pessoal na prestação de contas, constando apenas o gasto de R$ 3 mil.”

Segundo o promotor, “os elementos de convicção existentes nos autos comprovam seguramente que o candidato representado incorreu em conduta típica do art. 41-A da Lei das Eleições, haja vista que, contando o auxílio e atuação de terceira pessoa, prometeu e entregou a enorme contingente de eleitores dinheiro em espécie, assim agindo com o fim precípuo de obter seus votos e apoio à campanha eleitoral para o cargo de vereador”.

Além da cassação, o promotor pede na ação encaminhada ao juiz eleitoral da 7ª Zona Eleitoral, Jessé Cruciol Junior, a aplicação de multa e a inelegibilidade de Matheus Casarin. O vereador não se manifestou a respeito das acusações.

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