Política

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Cuidado com o modismo alimentar

Cuidado com o modismo alimentar

Michelle Rossi

04/02/2010 - 22h58
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Mas com tanta novidade sobre alimentos na mídia, como é possível adequar os benefícios de cada um ao dia-a-dia para não sermos seduzidos pelos modismos alimentares? “O primeiro princípio de uma alimentação saudável e promotora da saúde é que esta seja equilibrada, ou seja, que contenha todos os nutrientes nas qua nt idades necessárias. Mesmo a l imentos saudáveis, quando consumidos em excesso, podem sim ser prejudiciais à saúde, uma vez que podem estar sendo usados em detrimento de outros alimentos, também necessários, privando o organ ismo de todos os nutrientes ou interagindo negativamente com outros”, descreve a nutricionista Osvaldinete Lopes de Oliveira, do Departamento de Tecnorepetelogia de Alimentos e Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). As fibras, cita a nutricionista, são nutrientes excelentes para o nosso corpo, porém, quando ingeridos em excesso, podem diminuir a absorção de vitaminas e minerais causando deficiências. Volta e meia aparecem produtos alimentícios com promessas miraculosas, contendo misturas de nutrientes já conhecidos ou mesmo novidades. “Estamos vendo atualmente a onda da chamada ‘ração humana’, que promete ser eficaz no emagrecimento. É a mistura de alimentos ricos em fibras dietéticas, vitaminas e minerais, como a aveia, a soja, o gérmen de trigo, a gelatina e outros alimentos mais novos, como as sementes de linhaça, gergelim, abóbora e também a quinoa (grão rico em proteína)”, aponta a nutricionista. A ração humana está à venda em praticamente todas as casas de produtos naturais e também no Mercado Municipal de Campo Grande. “É só aparecer alguma coisa na mídia e no outro dia a loja está lotada. Hoje em dia, a moda é consumir a ‘ração humana’, mas já tivemos época da linhaça, do chá verde, do amaranto, da quinoa”, diz Cida Vieira, proprietária de uma loja especializada. “Esses modismos são bons para os comerciantes porque acaba todo mundo atrás de uma mesma coisa e a gente vende igual água”, diz. Bom senso A nutricionista relata que a maior parte das pessoas, quando entra nos consultórios, quer milagres para emagrecer, ou dicas de alimentos que queimem calorias. “Isso não existe. O que faz aumentar a queima de calorias é a prática de exercícios e uma vida ativa”, pondera. Alguns alimentos, porém, ajudam a emagrecer por conterem poucas calorias e darem mais saciedade. São eles frutas, verduras, legumes e os ce- reais integrais. Todos os alimentos ricos em fibras, especialmente as solúveis, ajudam a emagrecer por darem saciedade mais rápida e por mais tempo. É o que faz a ração humana, por exemplo. O bom senso e, principalmente, a orientação de um profissional nutricionista é o indicado para orientar uma alimentação saudável e equilibrada para cada pessoa. “O excesso de informação, no entanto, pode às vezes confundir e levar a exageros. Uma regra que nunca falha é aumentar o consumo de alimentos de origem vegetal e diminuir os industrializados e alimentos de origem animal ricos em gorduras”, aconselha a nutricionista.

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Avaliações positiva e negativa do STF crescem e mostram divisão da percepção da população

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano; percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%

19/12/2025 22h00

Supremo Tribunal Federal (STF)

Supremo Tribunal Federal (STF) Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

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Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira, 19, mostra que cresceram as avaliações positivas e negativas sobre o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF), mostrando uma divisão da percepção da população brasileira sobre a atuação da Corte.

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano. No mesmo período, a percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%. Já a avaliação regular recuou de 34% para 24%.

No intervalo entre os dois levantamentos, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.

Entre as duas edições da pesquisa, também houve mudança no comando da Corte. O ministro Edson Fachin assumiu a presidência do tribunal e o ministro Luís Roberto Barroso se aposentou. Fachin adota um perfil mais discreto e defende a chamada "autocontenção" do Judiciário, em contraste com o antecessor, que sustentava que o Supremo deveria exercer um "papel iluminista" e atuar de forma mais protagonista na definição de direitos.

No mesmo período, o secretário de Estado do governo Donald Trump, Marco Rubio, revogou o visto do ministro Alexandre de Moraes e de seus familiares, além de outros sete integrantes do STF. O governo dos Estados Unidos também aplicou sanções a Moraes com base na Lei Magnitsky, norma criada para punir violadores graves de direitos humanos. Foi a primeira vez que uma autoridade de um país democrático foi alvo das medidas previstas na legislação. Neste mês, o presidente Donald Trump retirou o nome do ministro da lista de sancionados.

Outros poderes

A pesquisa também avaliou os demais Poderes. No Legislativo, a percepção varia conforme a Casa. No Senado Federal, a maior parcela dos entrevistados (34%) classifica o desempenho como regular, porcentual que empata, dentro da margem de erro (2 p p), com a avaliação negativa, de 33%. A avaliação positiva soma 22%, enquanto 11% não souberam ou não quiseram responder.

Na Câmara dos Deputados, a avaliação negativa predomina: 36% consideram o trabalho ruim ou péssimo. A percepção, porém, está tecnicamente empatada com a avaliação regular, que alcança 35%. A avaliação positiva é de 20%, e 9% não responderam.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas presenciais entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2025. O levantamento tem nível de confiança de 95% e margem de erro de dois pontos porcentuais. Os entrevistados puderam classificar cada Poder como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo, com os resultados consolidados nas categorias positiva, regular e negativa.

Governo Lula

Em relação ao Executivo federal, 38% dos brasileiros avaliam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz um trabalho ruim ou péssimo. Outros 34% consideram a gestão boa ou ótima, enquanto 25% a classificam como regular. Já 3% não souberam ou não responderam.

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Ministro do Paraguai fala em disposição construtiva para avançar em acordo Mercosul-UE efetivo

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

19/12/2025 21h00

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais Foto: Divulgação

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O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, reafirmou a "disposição construtiva" para avançar na concretização efetiva do acordo entre Mercosul e União Europeia (UE), durante a 67ª reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, órgão decisório de nível ministerial do bloco, nesta sexta-feira, 19, segundo nota do Ministério de Relações Exteriores do país.

"Em particular, o Paraguai confia que os mecanismos de salvaguarda serão abordados e aplicados de maneira compatível com respeito ao negociado e acordado, e também de acordo com as normas multilaterais preservando o equilíbrio de direitos e obrigações das partes", disse Lezcano.

O chanceler também afirmou que "o Paraguai acredita e aposta em um Mercosul que funcione para todos, capaz de traduzir seus princípios em resultados concretos e de responder com pragmatismo e visão aos desafios estruturais que ainda persistem" na região.

Segundo Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais entre os Estados Parte do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e, mais recentemente em 2024, Bolívia). "Não se trata de uma noção abstrata, mas de uma realidade econômica e geográfica que limita nosso desenvolvimento e condiciona nossa competitividade", disse, frisando que a condição mediterrânea do país impõe custos adicionais que encarecem as exportações e restringem a participação nas cadeias regionais de valor.

A reunião do CMC, em Foz do Iguaçu, nesta sexta-feira, foi majoritariamente fechada à imprensa.

No sábado, 20, o Brasil deve passar o bastão da Presidência Pro Tempore do bloco ao Paraguai, durante a 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, também em Foz do Iguaçu. 

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