Política

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Cultura sob Bolsonaro proibia uso de máscaras por servidores, diz ministra

Margareth Menezes falou sobre a situação durante café da manhã com jornalistas realizado nesta quarta-feira (8)

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A ministra da Cultura, Margareth Menezes, afirmou que recebeu depoimentos de servidores relatando assédio moral que sofreram durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL) na pasta da Cultura. Segundo Margareth, esses relatos "foram as coisas mais violentas".

"O sofrimento das pessoas que ficaram aqui, resistindo, segurando o pouco que restava das estruturas de uma política pública cultural, passaram", afirmou a ministra durante café da manhã com jornalistas realizado nesta quarta-feira (8). Ela estava acompanhada do secretário-executivo da pasta, Márcio Tavares.

"Você vê pessoas que vinham para cá trabalhar dando depoimento de assédio moral, de não poder usar máscara [de proteção contra a Covid-19]. Foram muitas coisas. Temos alguns depoimentos. Isso foi a coisa mais difícil, porque a cultura é uma coisa viva, o ser humano que faz acontecer", afirmou a ministra.

Ela não deu mais detalhes sobre os depoimentos. Na gestão Bolsonaro, a cultura se tornou um campo de batalha política com diversos ataques do próprio ex-presidente e de seus aliados à classe artística e à Rouanet.

Passaram pelo comando da pasta da Cultura nomes como o dramaturgo Roberto Alvim, demitido após copiar um discurso nazista, a atriz Regina Duarte e o ator Mário Frias, eleito deputado federal em outubro de 2022.

Matéria da Folha de S.Paulo publicada em maio de 2021 trouxe relatos de pessoas que afirmaram terem presenciado episódios de assédio moral por parte do então secretário Mário Frias, com direito a berros e xingamentos.

Os relatos de assédio moral contra funcionários não ficaram restritos à Secretaria Especial da Cultura. Ex-presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, uma das figuras mais polêmicas da gestão da Cultura no governo Bolsonaro, também foi acusado de assédio moral, perseguição ideológica e discriminação contra funcionários da instituição.

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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