Política

Política

Depois de ameaças, Simone Tebet passa a 'morar' em São Paulo

Intimidações ocorreram desde que senadora sul-mato-grossense, que disputou o Planalto, resolveu apoiar o presidente eleito Lula

Continue lendo...

Duas semanas atrás, Simone Tebet, senadora do MDB, informou ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, do PSD de Minas Gerais, que estava recebendo ameaças, até mesmo de mortes, via redes sociais e, a partir dali, em viagens fora de Brasília, a parlamentar sul-mato-grossense, passou receber escolta da Polícia Legislativa, a que cuida da segurança dos parlamentares do Congresso Nacional. Detalhes sobre as ameaças, contudo, não foram divulgadas nem pela senadora nem pela Polícia Legislativa.

Em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, no domingo, a parlamentar, que disse antes que as intimidações ocorreram desde que ela anunciou apoio ao presidente Lula, no segundo turno, deu uma dica de onde teria partido as ameaças.

Ao Fantástico, Simone disse estar morando por estes dias em São Paulo.

“Eu fico aqui de segunda a quinta [no Congresso Nacional]. Quinta à noite, eu vou para o estado. Era Mato Grosso do Sul, hoje está um pouquinho difícil. As pessoas lá estão tendo dificuldades de entender o meu posicionamento. Mas - assim - é a minha terra. Há uma sabedoria no interior do Brasil, seja do Nordeste, do Sul do Brasil, onde for", afirmou Simone à reportagem do Fantástico.

Hoje, quando longe do Congresso Nacional, Simone segue para São Paulo. Antes, porém, ela viajava para Campo Grande. Semana passado circulou na imprensa rumores de que a senadora estaria interessada em mudar o domicílio eleitoral para o estado paulista, contudo, por meio da assessoria de imprensa, ela desmentiu a notícia.

O Correio do Estado tentou falar com a senadora acerca da questão das ameaças, em Brasília e o marido dela, o deputado estadual licenciado, Eduardo Rocha, do MDB, mas não conseguiu. A assessoria da senadora apenas confirmou as ameaças, já Rocha, não retornou as ligações, embora os recados deixados em seu aparecelho celular.

Semana passada, a assessoria de Tebet, em Brasília, informou ao Correio do Estado que, logo depois do primeiro turno das eleições, ela ficou sem segurança, pois a equipe da Polícia Federal (PF) acompanhava ela enquanto candidata no primeiro turno, mas ficou restrita apenas enquanto concorria ao pleito. Ela ficou em terceiro lugar, atrás de Bolsonaro e Lula.

Acrescentou a assessoria: "de fato a senadora solicitou segurança legislativa. Que é concedida ao parlamentar, mediante solicitação, para quando não estiver em Brasília", disse a assessoria, que reiterou que as ameças mais agressivas ocorrem de maneira on-line.

A assessoria confirmou, ainda, que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, autorizou a escolta a Simone, que, desde entao, passou a contar com segurança quando fora de Brasília.

Ao marido de Simone, o jornal tentou contatos por telefone e WhatSapp, onde foram deixados recados, pela manhã e à tarde desta segunda-feira, mas não houve retornou.

Apoio a Lula

Depois da eleição de Lula, a senadora se juntou à equipe de transição do petista. E, por redes sociais, atacou o movimento antidemocrático de eleitores de Bolsonaro, que trancaram estradas pelo Brasil, inclusive em Mato Grosso do Sul.

Em crítica aos manifestos, a senadora deu o recado por redes sociais: “o momento agora é de paz e união. É preciso pôr fim no ódio e divisão que só fazem mal ao nosso país e às famílias”.

O mandato de Simone expira no dia 31 de janeiro. Há a possibilidade de a senadora assumir um mandato no governo de Lula, conforme comentários de emedebistas e petistas.

Na entrevista do Fantástico, ela falou de projetos futuros, um deles o de concorrer, de novo, à Presidência da República.

"Eu acho que a nossa missão não terminou. Essa frente precisa ser ampliada para que em 2026, seja quem for o próximo presidente da República, seja um presidente democrata, de preferência uma mulher. Não precisa ser eu. Quem sabe uma mulher negra, para mostrar a cara do Brasil", afirmou a senadora.

Já o marido, Eduardo Rocha, afastou-se do mandato de deputado estadual em dezembro do ano passado para assumir o cargo de secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica do governador de MS, Reinaldo Azambuja, do PSDB. Ele rejeitou à reeleição e, então, fica sem mandato a partir do fim de dezembro.

Até agora, ele nada falou sobre a possibilidade de assumir uma secretária do governador eleito, Eduardo Riedel, também tucano.

Assine o Correio do Estado

Política

Isa Marcondes incomoda servidores ao expor suposta "zona" na saúde em Dourados

A fiscalização da vereadora eleita pelo Republicanos, em resposta a denúncias da população nas UPAs, acendeu alerta entre os funcionários da saúde

24/11/2024 08h30

Reprodução redes sociais

Continue Lendo...

A vereadora eleita Isa Marcondes (Republicanos), popularmente conhecida como Cavala, tem incomodado alguns servidores públicos, que expressaram preocupação em grupos de WhatsApp.

Após tirar alguns dias de descanso, Marcondes retornou a Dourados e, atendendo a denúncias da população, esteve fiscalizando o atendimento nas UPAs, o que tem gerado desconforto em parte dos servidores da saúde.

O teor das conversas chegou ao conhecimento de Isa, nas quais os profissionais chegaram a mencionar que ela estaria promovendo  “discurso de ódio”.

A vereadora eleita rebateu, alegando que estava apenas relatando a verdade sobre a situação da saúde oferecida aos munícipes de Dourados.

Na conta dela no Instagram diariamente recebe várias reclamações de pessoas falando desde falta de médicos a destrato por parte de alguns servidores no atendimento. 

As mensagens recebidas são publicadas no story, preservando a identidade de quem enviou. 

Durante a campanha, a principal bandeira defendida pela "Cavala do povo douradense" foi justamente a luta pela melhoria no atendimento da saúde pública do município.

Para pôr fim ao burburinho, Isa publicou um vídeo em suas redes sociais no qual afirmou que os servidores que destratam a população são uma minoria e que esses devem mudar de atitude. Ela ressaltou que, no próximo ano, em janeiro, será diplomada vereadora e seguirá com o trabalho de fiscalização.

"Servidores públicos, eu não sou contra vocês. Estou fazendo este vídeo para explicar certinho. Vocês estudaram, passaram no concurso para servir o povo", pontuou Marcondes, e completou:

"Porque é o povo que paga o salário de vocês. O ano que vem serei uma funcionária pública, servirei o povo. O que acontece com o povo de Dourados é muito triste."

Ela também frisou que a maioria dos funcionários públicos trabalha corretamente, enquanto uma minoria "faz o que quer" com a população.

"São esses aí que eu vou fiscalizar, porque é o povo que paga nosso salário. Então, vocês, minoria, que estão fazendo conversas em grupo, só precisam mudar [a forma] de atendimento ao povo. Vocês que estão preocupados, não estou perseguindo ninguém, não. Vocês que são a minoria, mudem porque vou fiscalizar e levar as denúncias ao prefeito e ao Ministério Público. Comecem a mudar."

Zona na saúde?

Com o slogan da campanha "Dourados está uma zona e de zona eu entendo", para demonstrar a insatisfação da população, Isa chegou a publicar outro vídeo com merendeiras que afirmaram já foram maltratadas ao procurar atendimento médico em Upas.

Incomodando muito antes da diplomação, Isa pontuou que, a partir de 2025, será uma “autoridade" e que aqueles que não se enquadrarem serão expostos nas mídias sociais.

Além disso, reforçou que tomará providências dentro do âmbito da lei.

 

 

Assine o Correio do Estado

Biografia

Simone Tebet presenteia Lula com um exemplar de seu livro

O livro trata da história de vida de Simone em Mato Grosso do Sul, passeia por episódios emblemáticos da política, como a CPI da Covid e a disputa pela presidência, e é um convite para que as mulheres não se intimidem e sigam lutando

23/11/2024 13h30

Crédito: Ricardo Stuckert

Continue Lendo...

A Ministra do Planejamento, Simone Tebet, presenteou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o livro O Voo das Borboletas, no qual conta um pouco de sua infância e trajetória política.

Por meio do Instagram, Simone posou ao lado do presidente Lula, com quem, em 2022, após ficar em terceiro lugar na disputa pela presidência, compôs a frente ampla democrática para derrotar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

“Tive o prazer de entregar um exemplar do meu livro O Voo das Borboletas (Ed. Amarylis) ao presidente Lula. O livro é um convite à coragem, numa tentativa de inspirar mulheres a lutarem pelo que acreditam e a não desistirem de lutar diante dos obstáculos da vida. Nele, revelo minhas lutas, de vitórias e derrotas, recorrendo à metáfora do ciclo de vida das borboletas. É um convite à participação feminina nos espaços de transformação social e de poder”, escreveu Simone.

Trajetória

Antes de chegar à disputa das eleições de 2022, a obra de Simone Tebet percorre sua vida e compartilha com o leitor fotos de sua infância em Três Lagoas, além de momentos vivenciados em Mato Grosso do Sul.

Já no Senado, Tebet fala sobre violência política, contando episódios de violência política que sofreu, conta o fato de ter sido a primeira mulher a disputar a presidência do Senado Federal.

Aborda situações que lhe deram projeção nacional com a CPI da Covid, no período em que comandava a Bancada Feminina no Senado Federal.

Na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou a atuação do governo federal no enfrentamento à pandemia de Covid-19, a bancada feminina ficou marcada pela participação das senadoras, que não tiveram nenhum nome indicado pelos partidos para compor a comissão.

Com o transcorrer da CPI da Covid-19, Simone Tebet ganhou destaque no noticiário nacional, e sua popularidade garantiu-lhe a disputa nas eleições presidenciais de 2022, na qual obteve a terceira colocação, desbancando figurinhas carimbadas como Ciro Gomes (PDT).

 

Imagem Reprodução

O Voo das Borboletas

O desejo da ministra é que o livro inspire mulheres a atuar mais ativamente na vida política e em suas comunidades. O prefácio foi escrito pela ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia.

O livro pode ser adquido por R$ 49,90 em sites como Amazon, Editora Martin Fontes, entre outros.

O lançamento com sessão de autógrafos tem data em São Paulo (25/11), Brasília (27/11) e Rio de Janeiro (02/12). A ministra deve vir a Mato Grosso do Sul para a promoção do livro, entretanto a data ainda não foi definida. 

 

Detalhes


Editora: ‎ Amarilys Editora; 1ª edição (25 novembro 2024)
Idioma: ‎ Português
Capa comum: ‎ 178 páginas

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).