Política

PREÇO DA DERROTA

Deputada gasta 12 vezes
mais que novato, e perde eleição

Campanha de Mara custou mais de 680 mil, enquanto a de Lucas de Lima foi de R$ 53,9 mil

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Tentando a reeleição para mais quatro anos de Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, teve deputado estadual que gastou mais de 1.160% em comparação com novato eleito e não conseguiu se reeleger.

A comparação é entre os gastos da deputada Mara Caseiro (PSDB) e com o vereador de Campo Grande, Lucas de Lima (Solidariedade). O radialista tentou pela primeira vez o cargo de deputado estadual e foi eleito com 12.391 votos em todo o Estado, segundo o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE/MS).

Já Mara Caseiro, tentou a reeleição, mas não obteve sucesso devido ao quociente eleitoral. Ele teve 23.813 votos, mais de 11 mil se comparado com Lucas de Lima, mas ficou para suplente, conforme o TRE.

Segundo os dados do site DivulgaCandContas, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na campanha de Mara, foram gastos R$ 684.765,93 de um total recebido na eleição de R$703.982,60. Os recursos são oriundos de: R$ 474.875,00 doação de partido; R$ 226.466,67 doação de candidatos e doação de pessoas físicas apenas R$ 2.500,00.

Lucas de Lima foi o candidato que menos gastou na campanha deste ano, entre todos os deputados eleitos: R$ 53.995,50. O futuro parlamentar recebeu R$ 59.111,66 em recursos, sendo R$ 27.800,00 de doação de Pessoas Físicas; R$ 16.300,00 de recursos próprios e R$ 15.011,66 de doação de candidatos.

Outros quatro deputados estaduais também não foram reeleitos e juntos, gastaram R$ 599.117,02 na campanha eleitoral deste ano. Dentre eles, Amarildo Cruz (PT) foi o que mais gastou: R$ 249.833,90. Para sua campanha, o deputado petista recebeu R$ 271.513,45, sendo R$ 96.650,00 de doação de pessoas físicas; R$ 44.545,45 de doação de partidos, e R$ 114.210,00 de recursos próprios. 

Tentando o terceiro mandato, Amarildo não foi reeleito e obteve 15.919 votos, ficando como suplente. 
O deputado estadual João Grandão, também filiado ao PT, não foi reeleito. Após uma batalha judicial por não ser candidato Ficha Limpa, ele conseguiu o direito temporário de disputar a eleição e poder usar os recursos liberados para a campanha. Ele gastou R$ 112.830,07 dos R$ 127.451,45 de recursos recebidos.

Deste total, Grandão investiu R$ 61.500,00 de recursos próprios; R$ 44.545,45 foram de doação de partidos e R$ 11.900,00 de doação de pessoas físicas. Os votos dele não foram computados, pois ainda o candidato está sub-judice, ou seja, a candidatura dele ainda será analisada pelo TRE. 

O parlamentar Enelvo Felini (PSDB) não conseguiu conquistar uma vaga na Assembleia Legislativa, para os próximos quatro anos. Ele gastou R$ 150.707,68 na campanha eleitoral, e recebeu R$ 179.466,66 de recursos para disputar a eleição. A soma desse montante vem de R$ 115.800,00 de recursos recebidos; R$ 22.000,00 de doação de pessoas físicas e R$ 16.666,66 de doação de candidatos.

Há 32 anos como deputado de Mato Grosso do Sul, Maurício Picarelli (PSDB) teve o sonho da reeleição interrompido. Recebeu 8.010 votos que não foram suficientes para mais quatro anos na Casa de Leis. 
Ele gastou R$ 85.745,37 na campanha e recebeu R$ 94.900,00 em recursos. 

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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