O Palácio do Planalto começou a demitir mais de uma centena de aliados de deputados que votaram a favor da denúncia contra Michel Temer.
Um dos infiéis do presidente é Luiz Henrique Mandetta (DEM) que já perdeu um de seus nomeados na semana passada e deve sofrer outra exoneração dos seus indicados nos próximos dias.
O superintendente do Ibama/MS (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis de Mato Grosso do Sul), Antônio de Castro Vieira, teve que deixar o cargo no último dia 23. Nomeado em agosto de 2016, ele teve que sair da função após seu “padrinho político” não cumprir com o acordo de votar contra a denúncia de Temer.
A próxima da lista é a superintendente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Andréia Conceição Milan Brochado Antoniolli Silva, que administra o Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
Segundo um levantamento de articuladores políticos do governo, o número de exonerações deve chegar a cerca de 140.
A retaliação é uma forma de punir os parlamentares de todos os partidos que fizeram oposição ao presidente da República.
Os cargos serão redistribuídos a congressistas que ajudaram a rejeitar a abertura de processo criminal contra Temer. Novas indicações para esses postos já foram feitas e estão em análise pela Casa Civil.
*Leia reportagem, de Gabriela Couto, na edição de hoje do jornal Correio do Estado.