Política

CÂMARA

Deputados de direita e esquerda de MS se unem por Hugo Motta

Candidato a presidente da situação, apoiado por Arthur Lira (PP-AL), terá apoio da bancada de Mato Grosso do Sul

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Nesta quarta-feira, os deputados federais de Mato Grosso do Sul se reuniram, em Brasília (DF), com o deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) para oficializar o apoio da bancada sul-mato-grossense à sua candidatura ao cargo de presidente da Câmara dos Deputados, em substituição ao deputado federal Arthur Lira (PP-AL).

Participaram do encontro os deputados federais Vander Loubet (PT), Camila Jara (PT), Geraldo Resende (PSDB), Dagoberto Nogueira (PSDB) e Beto Pereira (PSDB). Os parlamentares conversaram com Hugo Motta sobre as perspectivas da nova gestão da presidência da Casa e sobre temas de interesse de Mato Grosso do Sul na tramitação de projetos e propostas.
 

Vander Loubet informou que o deputado federal Hugo Motta está recebendo as bancadas de cada estado para ouvir um pouco sobre suas demandas. “Mas também aproveitamos a ocasião para colocar para ele um pouco da nossa experiência, daquilo que a gente construiu na bancada de Mato Grosso do Sul”, disse.

O parlamentar petista completou que, respeitando as diferenças, os deputados federais de Mato Grosso do Sul têm tido uma unidade muito grande na defesa dos interesses do Estado. “E queremos continuar tendo essa postura na gestão dele, com o apoio dele. E foi muito bom, pois ele assumiu o compromisso de nos ajudar naquilo que for importante para Mato Grosso do Sul”, revelou.

Além disso, o deputado federal sul-mato-grossense acrescentou que, na questão legislativa, evidentemente a bancada aproveitou para defender mais espaço para o Estado dentro da Câmara dos Deputados. 

“Presenças em comissões e relatoria de projetos vão muito pela liderança do partido, muito pelo partido, mas o apoio do presidente da Casa sempre faz diferença”, argumentou.

Já a deputada federal Camila Jara ressaltou que essa foi a segunda vez que a bancada de Mato Grosso do Sul se reuniu com Hugo Motta. “Nessa ocasião, a bancada de Mato Grosso do Sul mostrou como é unida, apesar das divergências partidárias. A gente mostrou que, quando é para levar melhorias para o Estado, consegue sentar e conversar”, disse.

Camila Jara falou que, em uma possível gestão de Motta na Câmara dos Deputados, a bancada gostaria de ser ouvida em conjunto sobre as pautas de interesse de Mato Grosso do Sul. 

“A gente quer esse diálogo aberto e ser incluído nas decisões dele referentes ao nosso estado, como projetos estruturantes e projetos relacionados ao Pantanal, por exemplo, e nós entendemos que essas pautas têm de ser decididas em conjunto com todos os parlamentares”, cobrou.

Para o deputado federal Beto Pereira, o consenso da bancada de Mato Grosso do Sul em torno da candidatura de Hugo Motta à presidência da Câmara dos Deputados é uma construção de um parlamento mais harmônico e eficaz. 

“Apoiar Hugo é garantir não apenas a continuidade do trabalho realizado pelo presidente Arthur Lira, mas também reafirmar nosso compromisso com um diálogo aberto e construtivo entre todos os partidos. Juntos, podemos avançar em pautas que beneficiem a população e fortaleçam a democracia no nosso país”, avaliou.

No entendimento do deputado federal tucano Dagoberto Nogueira, a reunião com o deputado federal Hugo Motta foi muito produtiva. “O Hugo Mota quis fazer uma reunião fechada com a bancada, ouvindo as nossas reivindicações e o que precisa mudar na Câmara dos Deputados”, revelou.
 
QUEM É HUGO MOTTA?

Candidato oficial de Arthur Lira na disputa pela sucessão da presidência da Câmara dos Deputados, Hugo Motta conseguiu fortalecer sua candidatura a partir da composição de um arco de alianças que, até o momento, reúne oito partidos. 

Além da sigla do parlamentar, o grupo engloba MDB, Podemos, PP, PV, PCdoB, PT e PL, sendo estas últimas as legendas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-presidente Jair Bolsonaro, ambos protagonistas da polarização política em nível nacional.

A jornada que fez com que ele conseguisse costurar uma rede de apoios com partidos de diferentes colorações políticas é marcada por uma característica costumeiramente associada ao deputado federal paraibano: Hugo Motta é tido como um parlamentar que consegue transitar entre diferentes núcleos políticos à revelia das diferenças ideológicas mais acentuadas que haja entre eles.

Mais que isso, ele é tido como um parlamentar sempre próximo das figuras que detêm poder institucional. Hoje em seu quarto mandato de deputado federal, ele foi próximo de Eduardo Cunha (ex-presidente da Câmara dos Deputados, cassado em 2016), Rodrigo Maia (presidente da Casa entre 2016 e 2021) e, agora, conta com as bênçãos de Lira, que ocupa o posto desde fevereiro de 2021, quando se elegeu em primeiro turno por ter o apoio de mais da metade dos deputados.

Hugo Motta é médico de formação e se elegeu pela primeira vez para a Câmara em 2010, aos 21 anos, idade mínima para se tornar deputado federal. Em sua primeira fase na Casa, atuou como membro do MDB, partido que teve destaque nas costuras pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2016 e mesma sigla de Cunha. Em fevereiro de 2018, período da janela partidária, Motta migrou para o PRB, do qual saiu em 2019 para compor os quadros do Republicanos, cuja bancada o parlamentar lidera atualmente na Câmara.

A sigla tem 44 deputados e é uma das principais do chamado Centrão, segmento legislativo que reúne um conjunto de partidos alinhados à cartilha econômica da direita liberal, com alguns deles mais ou menos distantes de pautas reacionárias, a depender de cada contexto. 

O Republicanos também integra, em conjunto com as siglas MDB, PSD e Podemos, um bloco montado no início do ano para tratar da articulação e da divisão de cargos no âmbito interno da Câmara. 

É o segundo maior bloco da Casa – o primeiro contém oito legendas, entre elas, o PP de Lira e o União Brasil, sigla de Elmar Nascimento (BA), que figura como um dos candidatos à sucessão do pepista. Tal qual Arthur Lira, Motta é apontado como um parlamentar pouco midiático, distante de jornalistas e com postura mais concentrada em articulações de bastidor. 

Além de ter sido próximo de Eduardo Cunha, Rodrigo Maia e, agora, do atual presidente da Câmara, o paraibano tem boas relações com outros personagens com influência no jogo político nacional. 

Um deles é o senador Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP, ex-ministro de Bolsonaro e uma das figuras mais vocais da oposição a Lula no Congresso. 

O líder do Republicanos também tem trânsito com alguns personagens do primeiro escalão da gestão do PT, como os ministros das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e da Fazenda, Fernando Haddad.

Hugo Motta vem de uma família de políticos e é filho do prefeito de Patos (PB), Nabor (Republicanos), que se reelegeu este ano em primeiro turno. Também foi o candidato a deputado mais votado em 2022 na Paraíba, com mais de 158 mil votos. 

O parlamentar preside o Republicanos no estado e acumula ainda a função de vice-presidente nacional do partido. Em sua trajetória legislativa, o deputado teve como um dos destaques o voto pelo impeachment de Dilma, em abril de 2016, sob o discurso de que “estaria convicto ainda mais da necessidade de uma união nacional depois desse processo”. 

Um ano antes, em 2015, ele presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, que teve como principal foco o desgaste do governo Dilma e alimentou as diferentes quedas de braço que precederam o impeachment.
 

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Reforma Tributária

Senadora de MS garante tereré na merenda para estudantes de MS

A inclusão da erva-mate ocorreu durante a votação da Reforma Tributária, nesta quarta-feira (11), na Comissão de Constituição e Justiça, que discutia a nova cesta básica

12/12/2024 18h00

Reprodução redes sociais

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A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), durante votação na Comissão de Constituição e Justiça, garantiu o retorno da erva-mate à cesta básica, relatando aos parlamentares que, em algumas escolas do Estado, não é servido suco, mas sim tereré.

"Muitas escolas públicas de Mato Grosso do Sul, em vez de suco de saquinho, oferecem erva-mate", destacou a senadora.

A votação ocorreu nesta quinta-feira (12), e o senador Eduardo Braga (MDB-AM) aceitou 18 emendas apresentadas por Soraya, que chegou a arrancar risos dos pares ao mencionar a importância da erva-mate para a população mais simples.

A remoção da erva-mate da composição da Cesta Básica Nacional ocorreu por decisão da Câmara dos Deputados. A senadora justificou que a planta nativa é a que apresenta o maior índice de captura de carbono no Brasil e ainda provê o sustento de mais de 180 mil famílias.

 Soraya destacou, com números, que a produção de erva-mate envolve mais de 70 mil famílias e gera aproximadamente 120 mil empregos diretos e indiretos.

“A erva-mate sempre foi considerada um alimento essencial no Brasil, com papel importante na alimentação das famílias de baixa renda. Reverter essa exclusão é garantir justiça tributária e valorizar a cultura e a economia de milhares de brasileiros”, pontuou Soraya.

Símbolo cultural


Consumida em todo o Estado, a erva-mate está inserida entre os itens da cesta básica desde 1935 e provê o sustento de mais de 180 mil famílias que a cultivam em 486 municípios.


Segundo dados apresentados por Soraya, o setor é composto por mais de 300 indústrias, das quais mais de 90% são de pequeno porte. Além disso, em Mato Grosso do Sul, no lugar do suco em pó, algumas escolas oferecem erva-mate na merenda escolar.

“Esse é um exemplo de como as emendas podem trazer resultados concretos para a população”, comemorou Soraya, que completou:


“Essa vitória é de todos que acreditam em um Brasil mais justo, onde a reforma não exclua o essencial e fortaleça a nossa economia.”

Anteriormente o pedido chegou a ser feito pelo deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS) e pelo senador Carlos Heinze (PP-RS), estado em que o consumo do produto é forte e também contempla a cultura gaúcha.

Conheça os alimentos que compõem a nova cesta básica:

  • Feijões (feijão de todas as cores, ervilha, grão-de-bico, lentilha, fava, orelha-de-padre e guandu);
  • Cereais (arroz, milho, grãos de trigo, aveia, farinhas de milho, de trigo e de outros cereais e macarrão);
  • Raízes e tubérculos (ariá, batata-inglesa, batata-doce, batata-baroa, cará, inhame e mandioca); legumes e verduras; frutas;
  • Castanhas e nozes (amendoim, castanha-de-caju, castanha de baru, castanha-do-brasil, castanha-de-cutia, castanha-de-galinha, chichá, licuri, macaúba e outras oleaginosas sem sal ou açúcar;
  • Carnes e ovos (carnes bovina, suína, ovina, caprina e de aves, pescados e outras carnes in natura ou minimamente processados de hábito local, frescos, resfriados ou congelados, ovos de aves e sardinha e atum enlatados);
  • Leites e queijos (leite fluido pasteurizado ou ultrapasteurizado, leite em pó, integral, semidesnatado ou desnatado, iogurte natural sem adição de açúcar, edulcorante ou aditivos que modificam as características sensoriais do produto, queijos feitos de leite e sal e microorganismos usados para fermentar o leite).

Também fazem parte os açúcares (açúcar de mesa branco, demerara ou mascavo e mel), sal, óleos e gorduras (óleos de soja, de girassol, de milho, de dendê, dentre óleos vegetais, azeite de oliva, manteiga e banha de porco); café, chá, mate e especiarias.

 

** Com Agência Governo

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Política

Prefeita tem contas reprovadas e vai devolver R$92 mil em MS

Além da rejeição de contas e a devolução do dinheiro, a futura chefe do Executivo também pode ter o mandato cassado e ficar inelegível após o trânsito julgado do processo

12/12/2024 17h00

Prefeita tem contas reprovadas e vai devolver R$92 mil em MS

Prefeita tem contas reprovadas e vai devolver R$92 mil em MS Reprodução: Instagram

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A prefeita de Eldorado, Fabiana Maria Lorenci (PP), deverá devolver R$ 92,7 mil aos cofres públicos. A reprovação de contas aconteceu depois da comprovação de diversas irregularidades na utilização do recurso proveniente do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, conhecido como “Fundão Eleitoral”. 

Além da rejeição de contas e a devolução do dinheiro, a futura chefe do Executivo também pode ter o mandato cassado e ficar inelegível após o trânsito julgado do processo. A decisão foi publicada nesta quarta-feira (11) e seguiu o parecer técnico da unidade de contas e do Ministério Público Eleitoral. 

Conforme a sentença da juíza Raíssa Silva Araujo, da 25ª Zona Eleitoral de Eldorado, foi declarada doação de R$ 3.000,00 na prestação de contas, cujos dados do beneficiário no comprovante de depósito apresentado, não coincidem com os dados da prestadora, tampouco há registro do valor creditado na conta Outros Recursos da campanha.

Foram realizados repasses de recursos recebidos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha-FEFC, num total de R$ 35.699,00, a candidatas e a candidatos de outros partidos não pertencentes à mesma coligação ou não federados ou coligados.

Outros R$ R$ 30.184,00 foram de repasses de recursos recebidos do FEFC a candidaturas masculinas.

“A prestadora não declarou em sua prestação de contas doações estimáveis em dinheiro relativas à contratação de material gráfico, confeccionado em“dobradinha”. Não apresentou as notas fiscais dos serviços contratados pelos candidatos acima nominados, tampouco há documentos que corroborem as declarações juntadas aos presentes autos, no que diz respeito ao trabalho realizado pelos cabos eleitorais”.

Por fim, foram realizadas despesas com combustíveis, pagas com recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha-FEFC, no montante de R$3.382,00 sem registro de cessão ou locação de veículo para uso na campanha.

Ainda foi identificada divergência entre os dados de fornecedores/prestadores de serviços declarados na prestação de contas, cujos cheques emitidos para pagamento/transferências eletrônicas foram sacados/efetuadas por/para terceiros, de acordo com os dados constantes nos extratos eletrônicos da conta do Fundo Especial de Financiamento de Campanha.

Segundo a Justiça Eleitoral, os documentos apresentados pela prefeita eleita ocorreram fora do prazo e não puderam ser analisados, pois o parecer conclusivo da prestação de contas já estava finalizado.

Diante dos fatos, a juíza Raíssa Silva Araujo desaprova as contas da campanha 2024, no município de ELDORADO/MS, tendo em vista irregularidade na comprovação da utilização do recurso oriundo do Fundo Especial de Financiamento de Campanha - FEFC.

Ficou determinada a devolução do valor de R$92.765,00 à conta única do Tesouro Nacional, mediante pagamento de Guia de Recolhimento da União - GRU, no prazo de cinco (5) dias, após o trânsito em julgado, garantida a intimação pessoal do devedor por meios eletrônicos.

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