Política

ELEIÇÕES 2022

Eduardo Riedel é eleito governador de MS e terá ampla maioria na Assembleia

Empresário e pecuarista do PSDB teve vantagem maior que a esperada e disse que manterá diálogo com presidente Lula

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O empresário e agropecuarista Eduardo Riedel (PSDB) ontem foi eleito governador de Mato Grosso do Sul para o quadriênio 2023-2026. Riedel, que não havia se candidatado a nenhum outro cargo público anteriormente, sucederá seu aliado Reinaldo Azambuja (PSDB).

Com a eleição deste domingo, Azambuja, Riedel e também o PSDB entram para a história como o primeiro grupo político a permanecer no poder depois que o titular do mandato encerra seu período. 

Nas eleições de ontem, Riedel foi eleito com 56,90% dos votos válidos (808.210), enquanto o rival do tucano, Capitão Contar (PRTB), teve 43,1% dos votos válidos (612.113). 

Os correligionários de Eduardo Riedel e também o grupo de Capitão Contar esperavam uma apuração dos votos mais acirrada em Mato Grosso do Sul. A vitória de Riedel, porém, foi mais folgada do que apontavam os institutos de pesquisa. 

O governador eleito, em seu primeiro discurso, lembrou que não foi fácil participar do processo eleitoral, sobretudo para quem não era da política, como ele. Na ocasião, Riedel agradeceu ainda a senadora eleita Tereza Cristina (PP), fundamental em sua campanha para o governo. 

“Foi uma eleição difícil. Disputei contra lideranças fortes da história de Mato Grosso do Sul”, afirmou o tucano, ao se referir ao ex-governador André Puccinelli (MDB), ao ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad (PSD) e à deputada federal Rose Modesto (União Brasil).

Ainda lembrou dos outros candidatos que disputaram: Giselle Marques (PT), Adonis Marcos (Psol) e Capitão Contar, com o qual disputou o segundo turno das eleições presidenciais. 

“Eu deixo aqui minha palavra de gratidão e afirmo que, de agora em diante, trabalharei de maneira incansável para fazer de Mato Grosso do Sul não o segundo ou terceiro em alguns rankings nacionais de competitividade e desenvolvimento, mas o primeiro do Brasil”, disse Riedel. 

Governabilidade  

Para governar, a partir de 1º de janeiro de 2023, Eduardo Riedel terá a maioria da Assembleia Legislativa a seu favor. Pela dinâmica em que ocorreu sua eleição, talvez ele tenha até mais facilidade para aprovar leis do que o atual governador Reinaldo Azambuja. 

O PSDB, partido de Riedel, tem a maior bancada da casa, com 6 dos 24 representantes. Ele deve contar com todos os deputados do centro, como PL e PP, e os partidos do arco de alianças de sua chapa. 

Até mesmo os partidos de esquerda, como o PT, aproximaram-se de Riedel nesta reta final da disputa contra Capitão Contar. Do partido de Contar, o PRTB, restou apenas Rafael Tavares, que certamente estará na oposição. 

No MDB, que esteve com Contar no segundo turno, Riedel ainda pode ter diálogo para conquistar apoio. 
Ontem, ainda em seu primeiro discurso como governador eleito, Eduardo Riedel fez questão de lembrar que, no segundo turno, sua chapa foi eleita com o apoio amplo “de todos os matizes ideológicos e partidários”. 

“As diferentes visões da sociedade devem ser respeitadas e discutidas no sentido de se buscar soluções para os problemas reais das pessoas”, disse Eduardo Riedel.

Relação com Lula  

Com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Eduardo Riedel afirmou que terá um bom diálogo.

“Sentarei com o presidente Lula como líder de Mato Grosso do Sul, como governador eleito”, afirmou.

Apesar de apoiar formalmente a reeleição do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), Riedel não terá dificuldades em dialogar com a equipe de Lula. Uma das pontes deve ser a família da senadora Simone Tebet (MDB). 

Simone Tebet teve papel importante na campanha presidencial de Lula no segundo turno, e o marido dela, o deputado estadual Eduardo Rocha (MDB), ocupa atualmente a Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica, cargo que Riedel ocupou durante quase todo o governo Azambuja. 

 

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Alternativa

Governo federal é acionado para ajudar a estancar colapso na Santa Casa de Campo Grande

Em contato direto com o ministro da Saúde Alexandre Padilha, senador solicitou apoio imediato do governo federal

23/12/2025 16h45

Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O senador Nelsinho Trad (PSD) alertou para a gravidade da situação enfrentada pela Santa Casa de Campo Grande e defendeu uma resposta imediata com auxílio do Governo Federal para estancar o colapso do sistema de saúde em Campo Grande e em todo o Estado. 

Em contato direto com o ministro da Saúde Alexandre Padilha, o parlamentar solicitou apoio imediato do governo federal para ajudar a estancar a crise na saúde estadual.

“Expliquei a importância da Santa Casa e a urgência do momento. É hora de estender a mão agora para evitar um colapso que, se acontecer, será muito mais difícil de reverter”, afirmou.

Segundo o parlamentar, tanto a prefeitura da Capital quanto o Governo do Estado estão com os repasses em dia, mas a dimensão da crise exige um esforço extraordinário.

“A Santa Casa é a quarta maior do Brasil. Se ela parar, estrangula o sistema de saúde, não só de Campo Grande, mas de todo o Estado”, destacou.

O parlamentar ressaltou que a solução passa pela união de esforços entre governo federal, estadual, prefeitura e a bancada federal. Em entrevista para Jota FM, comentou que outros parlamentares sul-mato-grossenses como a senadora Teresa Cristina (PP), Geraldo Resende (PSDB) e Vander Loubet (PT) já estão mobilizados.

“O horizonte é agir agora, de forma emergencial, para estabilizar a situação e, depois, buscar as soluções estruturais”, comparou.

Segundo o senador, o momento exige rapidez e responsabilidade. “É como um paciente com hemorragia: primeiro estanca o sangramento, depois trata a causa. O emergencial precisa vir antes de tudo”, disse o senador Nelsinho.

Se durante o primeiro dia de impacto nas atividades na Santa Casa os atendimentos e serviços foram 30% paralisados, agora, segundo confirmado pela unidade na manhã desta terça-feira (23), o efetivo que aderiu à paralisação em busca do 13° salário subiu para pelo menos metade. 

A presidente da Santa Casa, Alir Terra Lima, e o Terra, e responsável pelo Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (SIEMS), Lázaro Santana, reuniram a imprensa para tratar das manifestações de trabalhadores que se acumulavam em protesto na frente da unidade, na manhã de ontem (22).

Conforme repassado por Alir - e como bem abordado pelo Correio do Estado -, a paralisação inicialmente chegou a afetar 30% dos atendimentos/serviços, ou seja, com cerca de 70% do andamento da Santa Casa funcionando por tempo indeterminado ou até o pagamento integral do décimo terceiro.

Colapso iminente 

Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Mato Grosso do Sul (CRM-MS) manifestou preocupação com a situação de desabastecimento de medicamentos essenciais e de insumos básicos nas unidades de urgência e emergência sob gestão da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), incluindo as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e os Centros Regionais de Saúde (CRSs).

Em vistorias realizadas junto à Santa Casa, o CRM verificou baixo estoque de medicamentos indispensáveis ao adequado funcionamento dos plantões de urgência, além da  falta de luvas, lençóis, cânulas e outros materiais essenciais à segurança dos pacientes e dos profissionais de saúde.

Cabe destacar que em decreto recente, a administração suprimiu gratificações dos servidores da saúde, em especial dos médicos da rede municipal, medida que fragilizou as condições de trabalho no hospital.  

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Política

Soraya aconselha patriotas a doar Havaianas e "não rasgar dinheiro"

Senadora calçou seus chinelos customizados com onças, criticou o boicote à indústria brasileira e convidou quem "cansou" do chinelo a fazer uma doação

23/12/2025 15h22

Crédito: Marcelo Camargo / Agência Brasil

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Após a propaganda gravada pela atriz Fernanda Torres, vencedora do Globo de Ouro pelo filme Ainda Estou Aqui, enfurecer a direita, a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) aconselhou a doação de Havaianas.

O vídeo foi publicado no Instagram da parlamentar, que fez questão de mostrar seu chinelo Havaianas customizado com onças, marca registrada desde o debate das eleições de 2022.

A fala que tornou a senadora conhecida nas redes sociais como “onça de Mato Grosso do Sul” ocorreu durante um embate contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Quero dizer ao candidato Jair Bolsonaro: não cutuque onça com a sua vara curta”, disse Soraya à época. A declaração viralizou no X (antigo Twitter).

 

 

 

Desta vez, o comercial em que Fernanda Torres aparece dizendo “não comece 2026 com o pé direito” revoltou setores da direita, incluindo o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS), que publicou em suas redes sociais um vídeo jogando seus chinelos no lixo.

Entrando na onda, a senadora aproveitou o momento para divulgar um projeto que idealizou, voltado à promoção de encontros de empreendedorismo, inovação, gastronomia e cultura.

Soraya também conclamou os “patriotas de verdade” a adquirirem chinelos customizados no Prospera MS, evento idealizado por ela, que ocorre entre os dias 5 e 8 de fevereiro e reúne empreendedorismo, cultura, inovação e gastronomia.

“Para você que é brasileiro e patriota de verdade, que sabe quanto vale o seu dinheiro e o suor do seu trabalho. Você não é bobo nem nada. Não rasgue as suas, doe quando não quiser mais”, disse a senadora.

 

 

O que diz a propaganda?

“Desculpas, mas eu não quero que você comece 2026 com o pé direito. Não é nada contra a sorte, mas vamos combinar que sorte não depende de você. Depende da sorte. O que eu desejo é que você comece o ano novo com os dois pés. Os dois pés na porta, os dois pés na estrada. Os dois pés na jaca. Os dois pés onde você quiser vai com tudo. De corpo e alma, da cabeça aos pés. Havaianas, todo mundo usa", fala Fernanda Torres
 

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