Política

Mato Grosso do Sul

Eleições 2024: Campo Grande tem recorde histórico de eleitores

Capital passa dos 640 mil eleitores; Ponta Porã supera Corumbá; eleitorado de Dourados encolhe; veja os detalhes

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Campo Grande, a capital de Mato Grosso do Sul, chega em 2024 com o maior eleitorado de sua história. Em outubro, quando serão realizados o primeiro e segundo turno das eleições municipais, a capital do estado terá 646.198 eleitores aptos a votar.

O número de eleitores para esta eleição é 33.711 superior aos 612.487 eleitores que estiveram aptos a votar no pleito de 2020, quando também se votou para prefeito e vereador.

O ganho de eleitores na capital nos últimos quatro anos é superior ao do 10º maior colégio eleitoral de Mato Grosso do Sul: a cidade de Paranaíba, que nestas eleições terá 32.049 eleitores.

Em relação às eleições de 2022, quando o eleitorado era de 639.873, são 6.325 novos eleitores na capital. A cidade vem ganhando eleitores desde 2012, conforme indica o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS). Há 12 anos, eram 561.030 eleitores, veja a evolução:

Eleitorado de Campo Grande:

  • 2012: 561.030
  • 2016: 595.174
  • 2020: 612.487
  • 2024: 646.198

Mulheres são maioria

Quanto ao perfil do eleitorado de Campo Grande, a maioria é de mulheres: 54% do eleitorado (349.234). Os homens são 46% (296.964) dos eleitores da cidade. Assim como em Campo Grande, o eleitorado de Mato Grosso do Sul também bateu um recorde nestas eleições, ultrapassando pela primeira vez a marca de 2 milhões. Em outubro, serão 2.032.487 pessoas aptas a votar no estado.

Interior

No interior do estado, os números do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) mostram duas oscilações distintas. Dourados e Corumbá perderam eleitores, enquanto Três Lagoas e Ponta Porã ganharam.

No caso de Corumbá e Ponta Porã, uma tendência se aprofunda. A cidade na fronteira com o Paraguai trocou de posição com Corumbá e agora se distancia da cidade localizada na fronteira com a Bolívia como o quarto maior colégio eleitoral de Mato Grosso do Sul. Ponta Porã agora é o quarto colégio eleitoral, e Corumbá, o quinto.

Confira os números dos maiores colégios eleitorais do interior:

Dourados (2º)

  • 2012: 143.645
  • 2016: 152.169
  • 2020: 164.395
  • 2024: 163.227

Três Lagoas (3º)

  • 2012: 69.820
  • 2016: 75.844
  • 2020: 83.973
  • 2024: 86.968

Ponta Porã (4º)

  • 2012: 55.898
  • 2016: 60.818
  • 2020: 66.918
  • 2024: 69.438

Corumbá (5º)

  • 2012: 68.911
  • 2016: 70.547
  • 2020: 70.238
  • 2024: 67.737

Mais cidades

O sexto maior colégio eleitoral de Mato Grosso do Sul é a cidade de Naviraí, com 38.317 eleitores. Há ainda outras quatro cidades com eleitorado superior a 30 mil: Aquidauana (7º) 36.980, Nova Andradina (8º) 35.765, Sidrolândia (9º) 35.051 e Paranaíba (10º) 32.049. 

A cidade com menos eleitores no Estado é Figueirão: 2.760. O penúltimo menor eleitorado é Novo Horizonte do Sul: 3.702. Alcinópolis é o 77º entre os 79 municípios de Mato Grosso do Sul, com 3.859 eleitores. 

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JULGAMENTO

No STF, Dino marca audiência pública no dia 27 de junho sobre emendas Pix e de bancada

Os processos questionam não só a transparência e rastreabilidade das emendas, mas a própria validade das mesmas.

18/05/2025 21h00

Ministro Flávio Dino, do STF

Ministro Flávio Dino, do STF Divulgação/STF

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O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a realização de uma audiência pública, no dia 27 de junho, sobre as emendas Pix e as emendas de bancada - consideradas o espólio do orçamento secreto.

O ministro quer ouvir argumentos "tecnicamente qualificados e especializados" que possam embasar a Corte na análise das ações que questionam tais emendas.

Os processos questionam não só a transparência e rastreabilidade das emendas, mas a própria validade das mesmas.

"O tema das emendas parlamentares e sua impositividade reveste-se de inegável relevância do ponto de vista social, econômico e jurídico. Trata-se de discussão que envolve a interpretação do postulado da separação dos Poderes - princípio fundamental da República e cláusula pétrea -, assim como do direito fundamental ao devido processo orçamentário e do conjunto de normas que compõe a chamada "Constituição Financeira"", anotou o ministro em despacho assinado neste domingo, 18.

A audiência será realizada com apoio dos Núcleos de Solução Consensual de Conflitos (NUSOL) e de Processos Estruturais (NUPEC) do STF, entre às 9 horas e 17 horas do dia 27 de junho.

Entidades e interessados em participar da audiência terão de se inscrever, até o dia 10 do mês que vem junto ao STF. No dia 12 de junho será publicada a lista dos participantes admitidos para a audiência.

Dino já expediu convites para as partes das ações: os autores - PSOL, a Procuradoria-Geral da República e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji); acionados - as Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal; e amigos da Corte, entidades que acompanham o processo, como a Transparência Brasil e a Transparência Internacional Brasil.

O ministro ainda determinou que fosse dada ciência da audiência a uma série de autoridades e entidades: o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB); o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP); o advogado-geral da União, Jorge Messias; a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet; a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffman; o presidente do Tribunal de Contas da União, Vital do Rêgo Filho; o chefe da Controladoria-Geral da União, Vinicius Marques de Carvalho; o Fórum de Governadores, à Confederação Nacional de Municípios (CNM); e a Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP).

Dino frisou que, nas audiências, não devem ser debatidas denúncias, imputações de improbidade e casos de desvios de recursos públicos - questões que são alvo de inquéritos.

"A Audiência Pública no STF versará exclusivamente sobre controvérsias constitucionais e reflexões sobre possíveis decisões nas ações de controle abstrato já ajuizadas", registrou Dino.

Em sua mais recente decisão sobre emendas, Dino mostrou um "recuo". O ministro validou resolução aprovada pela Câmara que criou o que foi chamado de emenda de líder, que permite que as emendas de comissão sejam analisadas em cada colegiado a partir das indicações feitas pelos líderes partidários, escondendo o nome dos verdadeiros solicitantes.

INTERNACIONAL

Alckmin entrega ao Papa convite para visitar o Brasil durante a COP30

Vice-presidente assistiu à missa que celebrou pontificado do novo Papa

18/05/2025 11h30

Foto: Vatican News/Divulgação

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Após a celebração da missa inaugural do seu pontificado, neste domingo, 18, na Praça São Pedro, o papa Leão XIV cumprimentou líderes de diversas nações. Entre eles o vice-presidente do Brasil Geraldo Alckmin (PSB).

Segundo o Itamaraty, o vice-presidente entregou uma carta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidando o papa para participar da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-30), que ocorrerá em novembro em Belém, no Pará. O governo brasileiro não divulgou detalhes da carta.

Na última quinta-feira, 15, o cardeal dom Jaime Spengler, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), já havia discutido com Leão XIV ações que o órgão pretende realizar na COP-30 junto com o Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (Celam).

O combate às mudança climáticas deve ser uma das prioridades do papado de Leão XIV, dando continuidade ao legado de Francisco, seu antecessor. O argentino, inclusive, chegou a confirmar presença na COP-28, realizada em 2023 em Dubai, mas precisou cancelar a viagem para os Emirados Árabes Unidos por causa de uma infecção pulmonar.

O encontro de Alckmin com o papa neste domingo durou poucos segundos. A transmissão não permitiu ouvir as palavras trocadas pelos dois. Além de entregar a carta ao novo pontífice, Alckmin beijou a mão dele.

No sábado, 17, o vice-presidente informou, por meio das redes sociais, ter se encontrado com cardeais brasileiros e com o arcebispo Paul Richard Gallagher, que cuida das relações internacionais da Santa Sé.

A Gallagher, entregou uma camisa do Santos, um presente ao papa. "Este é o time do Pelé", disse, em vídeo publicado no X (antigo Twitter).

A missa inaugural do pontificado de Leão XIV ocorreu neste domingo, dez dias depois de Robert Francis Prevost ter sido eleito para comandar a Igreja Católica. Nascido nos Estados Unidos, ele atuou por mais de duas décadas no Peru e também tem a cidadania do país andino.

Durante a celebração, Leão recebeu dois importantes símbolos do papado: a estola de lã de cordeiro, conhecida como palio, e o anel do pescador. O palio, colocado sobre seus ombros, simboliza o pastor que carrega o rebanho, assim como o papa carrega os fiéis. O anel, remete ao chamado de Jesus ao apóstolo Pedro para lançar suas redes de pesca.

Entre as autoridades presentes, JD Vance, vice-presidente, e Marco Rubio, secretário de Estado, dos EUA; Dina Boluarte, presidente do Peru; Volodymyr Zelenskyy, presidente da Ucrânia; e Olga Liubimova, ministra da Cultura da Rússia.

Ao final da missa, após o ritual de despedida, o papa lembrou dos "irmãos e irmãs que sofrem por causa das guerras", citando os conflitos em Gaza, Myanmar e Ucrânia.

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