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Em 4 anos, gastos sigilosos do governo somam R$ 112,9 milhões

Em 4 anos, gastos sigilosos do governo somam R$ 112,9 milhões

TERRA

02/01/2014 - 08h15
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Os gastos sigilosos do governo federal, feitos com cartões corporativos, somaram R$ 112,9 milhões de 2010 a outubro de 2013. Isso significa que não são divulgados detalhes mínimos de 46% das despesas abatidas com essa ferramenta de pagamento.

A alegação para o sigilo é de que se tratam de informações de “proteção da sociedade e do Estado”. O segredo é amparado pela Lei de Acesso à Informação, que determina que informações como essas, classificadas como reservadas, só podem ser divulgadas após cinco anos.

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) é a que mais gasta com os cartões sob a responsabilidade da presidência. Foram R$ 8, 5 milhões em 2013, e R$ 11,8 milhões no ano passado. A vinculação dos gastos com a mais alta cúpula do poder brasileiro é o que justificaria o sigilo das informações, que só podem ser divulgadas após o término do último mandato.

Em 2011, o Ministério Público Federal solicitou ao Tribunal de Contas da União (TCU) a lista dos gastos feitos com Cartão Corporativo após uma autoria da corte identificar que compras de café, açúcar, produtos de limpeza e escritório tinham sido classificadas como sigilosas.

Em 2008, quando eclodiu o escândalo dos cartões corporativos, o TCU chegou a aplicar uma multa de R$ 10 mil para o ex-diretor de administração da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Antônio Augusto Muniz de Carvalho pelo usos generalizado em saques, que representavam 99,9% das despesas. O dinheiro era usado para pagamentos de gratificações a informantes e colaboradores e chegou a R$ 11,5 milhões em 2007.

Saques em dinheiro

Os saques em dinheiro, como os feitos pelo ex-diretor da Abin, são permitidos e bastante usados pelos portadores dos cartões corporativos do governo federal. Segundo o manual que normatiza o uso, é possível efetuar saques de até R$ 1 mil por dia.

Em 2013, o servidor que mais sacou dinheiro nos caixas foi João Monteiro de Souza Junior, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do Amazonas. Ele foi responsável por 78 saques de R$ 1 mil, em dinheiro, de janeiro a outubro.

A chefe da agência do IBGE em Parintins, também no Amazonas, Maria de Fátima Santos da Silva, também realizou diversos saques em dinheiro com cartão corporativo. Foram R$ 67,8 mil no decorrer de 2013, além de outros gastos, que somados totalizaram R$ 76 mil ao longo do ano.

Política

Autorizado por Moraes, Chiquinho Brazão recusa realização de exame invasivo

O deputado decidiu não realizar um exame de cateterismo autorizado pelo Supremo Tribunal Federal

13/01/2025 21h00

Agência Brasil

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Preso desde março de 2024, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) decidiu não realizar um exame de cateterismo autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele está detido na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS) e é acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2019.

A defesa de Brazão informou ao STF que o parlamentar está apreensivo com as condições de recuperação após o procedimento, que é invasivo. "Ele não confia que o presídio tenha condição de assegurar a sua recuperação", afirmaram os advogados em documento enviado ao ministro Alexandre de Moraes, que havia autorizado a saída do deputado para o exame.

Durante uma visita familiar na sexta-feira, 10, Brazão foi informado sobre a decisão judicial que permitiria o exame sob escolta da Polícia Federal. Segundo a defesa, o deputado se mostrou irredutível em sua recusa. "Muito receoso e apreensivo com a notícia, informou que não teria coragem de assim realizar enquanto preso", argumentaram os advogados.

A defesa argumenta que a situação de saúde do deputado é grave e que ele teme pela própria vida. "Ele não se sente seguro para realizar o exame nessas condições", reforçaram os advogados.

O deputado já havia passado por uma avaliação médica na penitenciária, que indicou a necessidade de exames mais detalhados e possíveis intervenções cirúrgicas. Contudo, Brazão permanece cético quanto à segurança e ao suporte disponíveis no sistema prisional durante sua recuperação.

Brazão foi diagnosticado com coronariopatia, uma condição que afeta as artérias do coração, e já passou por intervenções coronarianas no passado. Atualmente, ele sente dores constantes no peito. De acordo com os exames mais recentes, há suspeitas de que ele sofra de obstrução completa da via coronária, o que pode causar infarto, necessitando de um cateterismo urgente para localizar a obstrução e implantar um Stent - um tubo minúsculo que mantém as artérias abertas.

No final de dezembro, a defesa de Brazão solicitou a conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar, alegando razões humanitárias. O pedido foi negado por Moraes, que considerou a gravidade das acusações contra o parlamentar. A solicitação incluía o uso de tornozeleira eletrônica e deslocamentos autorizados previamente para consultas médicas no Rio de Janeiro

Ao conceder a autorização para o exame, Moraes estabeleceu que a defesa informasse detalhes como data, horário e local com antecedência mínima de cinco dias. No entanto, com a recusa de Brazão, o procedimento permanece suspenso.

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Risoto, filé mignon, vinho, espumante e bombons: TST reserva R$ 871 mil para contratar buffets

O edital foi publicado nesta segunda-feira, 13, no Diário Oficial da União

13/01/2025 20h00

Crédito: TST

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O Tribunal Superior do Trabalho (TST) prevê gastar R$ 871 mil com serviços de buffet. O edital foi publicado nesta segunda-feira, 13, no Diário Oficial da União.

Estadão pediu um posicionamento do tribunal sobre a despesa, o que não havia ocorrido até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

A empresa vencedora da licitação deverá fornecer comidas e bebidas para eventos institucionais, como posses de ministros no tribunal e na presidência, homenagens, seminários, congressos, cursos e encontros.

O próprio tribunal definiu opções de cardápio. A lista inclui lascas de queijo parmesão com geleia de pimenta, creme de aspargos, filé mignon ao molho gorgonzola, risoto de tomate seco ou de alho-poró, lombo de porco ao molho de ervas e bombons recheados.

Também há orientações sobre vinhos, com indicação de vinícolas específicas da Argentina e do Chile. O edital faz a ressalva de que os rótulos reservados - vinhos jovens e, em geral, de menor qualidade - não serão aceitos.

O TST ainda lista os espumantes que poderão ser oferecidos pelo buffet - apenas garrafas das marcas Casa Perini, Chandon, Miolo, Salton, Casa Valduga "ou superior".

O edital também faz exigências sobre os garçons, que devem estar todos em "traje de gala", "devidamente asseados, com uniformes limpos, sapatos engraxados, barbeados, cabelos limpos e aparados (homens)/presos (mulheres)". e sobre os materiais, como louças, pratarias e guardanapos, que segundo o pregão devem ter "qualidade compatível com o nível de representatividade do TST".

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