Política

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Ex-candidato ao Senado, Tiago Botelho classifica como 'ataques terroristas' as ações em Brasília

O advogado sul-mato-grossense defende a prisão dos financiadores e esclarece que os atos não encontram nenhum tipo de respaldo constitucional

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O advogado e ex-candidato ao Senado Federal por Mato Grosso do Sul, Tiago Botelho, afirmou que os acontecimentos ocorridos em Brasília na tarde de domingo (8), são atos terroristas e não configuram como liberdade de expressão.

Nesse sentido, Botelho afirmou que a democracia não é o regime que tudo pode, pois há limites claramente definidos na Constituição Federal.

“Não é permitido que se avoque da liberdade de expressão e do direito de manifestação para destruir prédios públicos, proferir discursos de ódio, anular a escolha popular, fazer ataques terroristas, romper a democracia ou impor a vontade de quem perdeu a eleição na urna eletrônica”, ressalta.

Como advogado e pós-doutorando em Democracia, esclarece que os atos não encontram nenhum tipo de respaldo constitucional.

“Desafio qualquer terrorista que me mostre em qual artigo da Constituição Federal há embasamento para os atos criminosos que eles praticaram no domingo em Brasília. Não existe, pelo contrário, o texto constitucional afirma: ‘constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático”, explica o professor.

Ainda acrescenta dizendo que a Lei de Defesa do Estado Democrático de Direito estabelece como crime “tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais”. 

Para o advogado, no Mato Grosso do Sul, por exemplo, a identificação dos golpistas pode ser realizada por meio das redes sociais, por vídeos e postagens, uma vez que eles, além de praticarem crimes contra a democracia, registraram suas identidades criminosas durante o ato em Brasília.

“Exterminar os acampamentos terroristas, em 24 horas como determina o STF, no Mato Grosso do Sul é o primeiro passo para desmantelar uma quadrilha que no dia 8 de janeiro de 2023 saqueou e destruiu aquilo que a democracia tem de mais importante que são seus poderes constituídos. É urgente que o governador Eduardo Riel e os prefeitos façam um pacto pela democracia, pois caso sigam fingindo que não estão vendo, logo sofrerão as consequências, pois a máxima desta gente é fazer valer sua vontade antidemocrática pela força, a violência e a destruição da democracia”, comenta.

Ainda conforme a análise de Botelho, vários são os crimes cometidos, como: associação criminosa, terrorismo, crime ao patrimônio público e cultural, abolição violenta ao Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado entre outros. 

“A identificação dos terroristas e seus financiadores é algo fácil e que precisa ser feita com urgência, pois, certos da impunidade, eles zombam da democracia, da justiça e do povo brasileiro”, defende. 

Ataques em Brasília

Manifestantes golpistas entraram na Esplanada dos Ministérios na tarde de domingo (8), invadiram áreas do Congresso, do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF), espalharam atos de vandalismo e entraram em confronto com a PM.

Eles vieram do acampamento diante do Quartel-General do Exército, chegaram à Esplanada e se concentraram inicialmente em frente ao Ministério da Justiça.

Depois, uma parte invadiu a parte superior e a área interna do Congresso e, em seguida, os manifestantes avançaram para a Praça dos Três Poderes, onde houve confronto, e se dirigiram ao Palácio do Planalto, onde entraram em uma parte do complexo e perduraram bandeira do Brasil em uma janela. Depois, eles se dirigiram ao STF, onde alcançaram uma área restrita de segurança.

O vandalismo contra as sedes dos Três Poderes levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a decretar a intervenção federal na área de segurança do Distrito Federal.

Com informações Folhapress

 

 

ACEITOU

Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

Espera

Motta aguarda assessoria jurídica da Câmara para definir posse de suplente de Zambelli

Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli

13/12/2025 21h00

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta Foto: Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), espera uma resposta da assessoria jurídica da Casa para definir o destino do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) até segunda-feira, 15.

A equipe de Motta afirmou à reportagem que a decisão deve tratar não necessariamente da cassação de Zambelli, mas da posse de Adilson Barroso (PL-SP). O prazo de 48 horas dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Câmara menciona especificamente a posse do suplente, não a cassação da titular.

A Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli. O colegiado também chancelou a determinação para que a Mesa da Câmara dê posse ao suplente da deputada em até 48 horas, como prevê o regimento interno da Casa.

A decisão anulou a deliberação da própria Câmara de rejeitar a cassação de Zambelli, o que foi visto como afronta ao STF. Foram 227 votos pela cassação, 170 votos contrários e dez abstenções. Eram necessários 257 votos para que ela perdesse o mandato.

Moraes disse em seu voto que a deliberação da Câmara desrespeitou os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, além de ter "flagrante desvio de finalidade".

O ministro afirmou que a perda do mandato é automática quando há condenação a pena em regime fechado superior ao tempo restante do mandato, já que o cumprimento da pena impede o trabalho externo.

Nesses casos, cabe à Casa legislativa apenas declarar o ato, e não deliberar sobre sua validade.

O STF condenou Zambelli em maio pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena é de 10 anos de prisão em regime inicial fechado, e tem como resultado a perda do mandato na Câmara.

A deputada, no entanto, fugiu do País antes do prazo para os recursos. Ela hoje está presa preventivamente na Itália, e aguarda a decisão das autoridades italianas sobre a sua extradição.

A votação em plenário na madrugada da quinta-feira, 11, contrariou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que, na tarde desta quarta-feira, 10, tinha aprovado a cassação.

Zambelli participou por videoconferência da deliberação da CCJ e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. "É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação", disse.

No plenário, a defesa ficou com Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, que fez um apelo para demover os deputados. "Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas", afirmou. O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completou 18 anos nesta quinta-feira.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), discursou pedindo pela cassação. "Estamos aqui para votar pela cassação que já deveria acontecer há muito tempo", disse.

O PL trabalhou para contornar a cassação, para esperar que Zambelli perca o mandato por faltas. Pela regra atual, ela mantém a elegibilidade nessa condição.

Caso tivesse o mandato cassado, ficaria o tempo de cumprimento da pena mais oito anos fora das urnas. Ela só poderia participar de uma eleição novamente depois de 2043. Estratégia similar foi feita com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deverá ter a perda do mandato decretada pela Mesa Diretora.

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