Política

ELEIÇÕES 2024

Ex-deputado Paulo Duarte lidera 1ª pesquisa para prefeito de Corumbá

O levantamento IPR/Correio do Estado indica que o ex-parlamentar pelo PSB tem 36,48% das intenções de votos dos entrevistados

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Pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Resultado (IPR) e o Correio do Estado, no período de 24 a 28 de janeiro deste ano, com moradores do município de Corumbá com 16 anos ou mais de idade, revela que, se as eleições municipais fossem agora, o ex-deputado estadual Paulo Duarte (PSB) seria eleito prefeito, com 36,48% da preferência dos entrevistados.

Em segundo lugar, está o médico Gabriel Alves de Oliveira (MDB), mais conhecido como Dr. Gabriel, que foi candidato a deputado estadual nas eleições do ano passado, com 20,20%, e, em terceiro, praticamente empatada, está a ex-deputada federal Bia Cavassa (PSDB), com 19,54%. 

Depois aparece o secretário municipal de Governo da prefeitura de Corumbá, Luiz Antônio da Silva (sem partido), mais conhecido como Pardal, com 3,91%, seguido de perto pelo presidente da Câmara Municipal de Corumbá, vereador Ubiratan Canhete de Campos Filho (PSDB), mais conhecido como Bira, com 2,28%, e o vereador Luciano Costa (PSDB), com 1,95%.

Dos entrevistados, 15,64% não souberam ou não quiseram responder.

Rejeição

A pesquisa IPR/Correio do Estado ainda levantou a rejeição dos possíveis candidatos, e, neste quesito, a campeã é a ex-deputada federal Bia Cavassa, com 12,38%. Em seguida aparecem o vereador Bira e o ex-deputado Paulo Duarte, com 11,73% cada um.

O vereador Luciano Costa vem logo depois, com 8,47%, seguido pelo secretário municipal Pardal, que tem 8,14%. Entre os possíveis pré-candidatos, o que tem a menor rejeição é Dr. Gabriel, com 2,93%. Dos entrevistados, 28,01% não rejeitam ninguém, 7,17% rejeitam todos e 9,45% não souberam ou não quiseram responder. 

O método utilizado na pesquisa é a amostragem por conglomerados e a margem de erro considerada é de 5,5 pontos percentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%, sendo que para tanto foram entrevistadas 307 pessoas.

Análise de gestão

Ainda de acordo com a pesquisa IPR/Correio do Estado, a administração do atual prefeito de Corumbá, Marcelo Iunes (PSDB), é aprovada por 59,28% dos entrevistados. Além disso, conforme o levantamento, 39,41% desaprovam a gestão dele, enquanto 1,30% dos entrevistados não soube ou não quis responder. 

O bom desempenho do atual prefeito de Corumbá o coloca como a segunda maior liderança política do município para 6,19% dos entrevistados, perdendo para Paulo Duarte, com 14,98%.

Depois aparecem Bia Cavassa (1,95%), Chicão Viana (0,98%) e Dr. Gabriel e Pardal (0,65% cada um), enquanto todos os demais obtiveram 0,33% – Dr. Fada Scafi, Dr. Manoel João, Glauce Iunes, Luciano Costa, Marcelo Araújo, Mateus Cazarini, Roberto Fasanha e Vinagres. Não quiseram ou não souberam responder 70,68% dos entrevistados.

Principais problemas

O IPR/Correio do Estado também apontou que o principal problema de Corumbá é a saúde pública, com 34,85%, seguido por falta de asfalto, com 20,20%, falta de geração de emprego, com 17,59%, falta de segurança pública, com 10,42%, falta de saneamento básico, com 6,84%, falta de coleta de lixo e de educação, com 3,26%, falta de vagas em creches, com 1,95%, falta de habitação, com 1,30%, e falta de lazer, com 0,33%.

Os entrevistados também apontaram qual obra ou serviço a prefeitura deveria ter como prioridade, e a maioria apontou a falta de médico especialista, com 19,87%, seguida por falta de asfalto, com 12,70%, saneamento básico (10,10%), segurança pública (9,45%), falta de indústria para gerar empregos (6,19%), falta de limpeza pública (4,89%), entre outros.

Avaliação

Segundo o diretor do IPR, Aruaque Fressato Barbosa, a pesquisa realizada em Corumbá, com 307 entrevistas, mostra que o ex-deputado estadual Paulo Duarte, que já foi prefeito de Corumbá, aparece muito bem em relação ao segundo e ao terceiro colocados, que são, respectivamente, o Dr. Gabriel, que teve 20,20%, e Bia Cavassa, com 19,54%, tecnicamente empatados.

“Esses três possíveis pré-candidatos a prefeito de Corumbá têm maior potencial de viabilidade eleitoral, enquanto os outros restantes não foram bem lembrados pelos entrevistados”, destacou Aruaque Barbosa.

O diretor citou que a rejeição entre eles está muito próxima. “Na minha opinião, os três primeiros têm uma vantagem em relação aos outros possíveis pré-candidatos”, projetou.

Com relação à avaliação do prefeito Marcelo Iunes, Aruaque Barbosa afirma que está de regular para boa.

“Se não for nenhum desses três possíveis pré-candidatos que o prefeito Marcelo Iunes for apoiar, ele terá problemas para fazer um sucessor, porque eles estão muito à frente dos demais nomes apresentados”, avaliou.


 

 

Saiba: Dados técnicos da pesquisa - O levantamento Instituto de Pesquisa Resultado (IPR)/Correio do Estado usou como método de pesquisa a amostragem por conglomerados.

A margem de erro considerada é de 5,5 pontos porcentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. Foram entrevistadas, entre 24 e 28 de janeiro deste ano, 307 pessoas.

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Espera

Motta aguarda assessoria jurídica da Câmara para definir posse de suplente de Zambelli

Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli

13/12/2025 21h00

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta Foto: Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), espera uma resposta da assessoria jurídica da Casa para definir o destino do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) até segunda-feira, 15.

A equipe de Motta afirmou à reportagem que a decisão deve tratar não necessariamente da cassação de Zambelli, mas da posse de Adilson Barroso (PL-SP). O prazo de 48 horas dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Câmara menciona especificamente a posse do suplente, não a cassação da titular.

A Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli. O colegiado também chancelou a determinação para que a Mesa da Câmara dê posse ao suplente da deputada em até 48 horas, como prevê o regimento interno da Casa.

A decisão anulou a deliberação da própria Câmara de rejeitar a cassação de Zambelli, o que foi visto como afronta ao STF. Foram 227 votos pela cassação, 170 votos contrários e dez abstenções. Eram necessários 257 votos para que ela perdesse o mandato.

Moraes disse em seu voto que a deliberação da Câmara desrespeitou os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, além de ter "flagrante desvio de finalidade".

O ministro afirmou que a perda do mandato é automática quando há condenação a pena em regime fechado superior ao tempo restante do mandato, já que o cumprimento da pena impede o trabalho externo.

Nesses casos, cabe à Casa legislativa apenas declarar o ato, e não deliberar sobre sua validade.

O STF condenou Zambelli em maio pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena é de 10 anos de prisão em regime inicial fechado, e tem como resultado a perda do mandato na Câmara.

A deputada, no entanto, fugiu do País antes do prazo para os recursos. Ela hoje está presa preventivamente na Itália, e aguarda a decisão das autoridades italianas sobre a sua extradição.

A votação em plenário na madrugada da quinta-feira, 11, contrariou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que, na tarde desta quarta-feira, 10, tinha aprovado a cassação.

Zambelli participou por videoconferência da deliberação da CCJ e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. "É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação", disse.

No plenário, a defesa ficou com Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, que fez um apelo para demover os deputados. "Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas", afirmou. O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completou 18 anos nesta quinta-feira.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), discursou pedindo pela cassação. "Estamos aqui para votar pela cassação que já deveria acontecer há muito tempo", disse.

O PL trabalhou para contornar a cassação, para esperar que Zambelli perca o mandato por faltas. Pela regra atual, ela mantém a elegibilidade nessa condição.

Caso tivesse o mandato cassado, ficaria o tempo de cumprimento da pena mais oito anos fora das urnas. Ela só poderia participar de uma eleição novamente depois de 2043. Estratégia similar foi feita com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deverá ter a perda do mandato decretada pela Mesa Diretora.

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Política

PT oficializa pré-candidatura de Fábio Trad ao governo do Estado

Nome de ex-deputado foi oficializado em encontro realizado neste sábado (13)

13/12/2025 18h00

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva Foto: Pedro Roque / Reprodução

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Ex-deputado federal, Fábio Trad foi oficializado como o postulante à governadoria estadual pelo Partido dos Trabalhadores (PT). A indicação ocorreu na tarde deste sábado (13), em reunião da cúpula petista na Capital, que contou com a presença do presidente nacional da sigla Edinho Silva e diversas lideranças do partido. 

Filiado ao partido desde agosto último, Fábio Trad migrou para o campo mais à esquerda após deixar o Partido Social Democrático (PSD), sigla a qual pertencia há 10 anos.

Fábio Trad, ressaltou o simbolismo político da visita do líder da sigla à Capital e afirmou que a presença da direção nacional recoloca o campo progressista sul-mato-grossense no centro do debate nacional.

“A vinda do presidente nacional do PT significa que a esquerda de Mato Grosso do Sul está, sim, no radar político nacional. Não é possível que um Estado da importância geopolítica de Mato Grosso do Sul não tenha um palanque competitivo, ideologicamente coerente com o campo progressista liderado pelo presidente Lula”, afirmou.

Ao Correio do Estado, o ex-deputado destacou que os partidos que compõem a frente progressista construirão um grande palanque para o Lula em Mato Grosso do Sul, voltado "às conquistas sociais e econômicas para o nosso povo", disse.

À reportagem, destacou que, a disputa pelo executivo estadual partiu de uma decição do presidente nacional do partido, decisão que viu com bons olhos.

"Sobre a construção em torno da minha participação na campanha, o presidente Edinho destacou a preferência do PT de MS para que a jornada seja encabeçada por mim. As definições estão se concretizando e eu espero contribuir com o presidente Lula para fazer em MS o papel que ele me incumbiu de exercer", declarou. 

Além de mirar o posto mais alto do executivo estadual, o partido deve priorizar a corrida pelo Senado, já que Soraya Thronicke (Podemos) e Nelsinho Trad (PSD), irmão de Fábio, não possuem vaga garantida para o próximo ano. 

"O presidente Lula está muito atento ao cenário aqui do estado e fará todo o esforço para que o campo progressista tenha êxito em todas as instâncias de disputa, inclusive o Senado com o companheiro Vander", disse. 

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva Ex-deputado Fábio Trad / Foto: Marcelo Victor / CE

À época de sua filiação, Trad já era cotado para disputar as eleições para governador no pleito geral de 2026, contudo, havia rechaçado o embate contra o atual governador Eduardo Riedel (PP) nas urnas.

Diferente dos irmãos, ele vem de uma formação mais à esquerda. Advogado formado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), conheceu o movimento brizolista (ligado à Leonel Brizola).

Em Mato Grosso do Sul, já teve dois mandatos de deputado federal pelo PSD, onde sua família esteve abrigada durante quase toda década passada.

Após a pandemia de Covid-19, voltou-se mais à esquerda quando se colocou como um dos oposicionistas do então presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em 2022, não conseguiu se reeleger. Disputou a eleição pelo antigo partido e também foi derrotado na disputa pelo governo do Estado.

Em 2023, recebeu um cargo na Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), no governo Lula.

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