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Ex-secretário da Juventude é condenado por nepotismo em Campo Grande

Investigações do Ministério Público de Mato Grosso do Sul concluíram que ele contratou a enteada, que recebia o salário dos cofres públicos, sem jamais ter comparecido ao trabalho

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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio da 30ª Promotoria de Justiça, condenou o ex-secretário municipal da Juventude de Campo Grande, Wilton Edgar de Sá e Silva Acosta, por nepotismo e improbidade administrativa.

Segundo o MPMS, enquanto esteve à frente da pasta, houve irregularidades na contratação de servidores terceirizados, realizadas por meio de convênios com a Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária (SSCH) e a Organização Mundial pela Educação Pré-Escolar (Omep).

Ainda de acordo com a 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, a enteada do ex-secretário foi contratada para trabalhar na Secretaria Municipal da Juventude (Semju), recebendo salário público enquanto cursava faculdade em período integral na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), localizada a mais de 200 km da capital.

O juiz Ariovaldo Nantes Corrêa destacou que a contratação foi viabilizada diretamente pelo padrasto, configurando nepotismo e violação aos princípios da administração pública.

A investigação do MPMS constatou que, em 2017, durante a administração do então prefeito Alcides Bernal, o ex-secretário autorizou a contratação de outras 21 pessoas.

Algumas sequer desempenhavam atividades compatíveis com os cargos, e parte dos contratados trabalhou na campanha eleitoral de Wilton Edgar, na disputa para vereador em 2016, o que foi confirmado em depoimentos ouvidos pela promotoria.

Apesar de outras contratações terem sido alvo de investigação, a Justiça reconheceu como irregularidade apenas a da enteada.

Entre as penalidades aplicadas estão a suspensão dos direitos políticos do ex-secretário por quatro anos e multa proporcional ao dano causado, com pagamento de R$ 25 mil por danos morais coletivos a cada réu (o ex-secretário e a enteada).

A enteada foi condenada por enriquecimento ilícito e também terá que devolver os valores recebidos, por ter sido contratada sem ter comparecido ao trabalho, lesando os cofres públicos.

Os montantes exatos serão apurados na fase de cumprimento de sentença. O juiz apontou que os dois agiram com interesse de usar dinheiro público em benefício próprio, mesmo sem prestar qualquer serviço ao município.

“A atuação do Ministério Público busca preservar a integridade da administração pública e garantir que os recursos públicos sejam destinados ao interesse coletivo. A responsabilização dos envolvidos reafirma nosso compromisso com a legalidade e com o combate ao desvio de finalidade na gestão pública”, afirmou o promotor de Justiça responsável pelo caso, George Zarour Cezar.

As partes ainda podem recorrer.

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Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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