Política

eleições 2026

Fábio Trad pode ficar sem Simone Tebet no palanque ao governo

A ministra do Planejamento e Orçamento já deu declarações de que trabalhará pela reeleição do governador Riedel (PP)

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O ex-deputado federal Fábio Trad, que foi lançado pelo PT como pré-candidato a governador de Mato Grosso do Sul, pode ficar sem o apoio da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), no palanque em 2026, caso ela saia mesmo candidata ao Senado pelo Estado.

Isso porque a ministra do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já declarou que em Mato Grosso do Sul subirá apenas nos palanques do atual chefe do Executivo nacional e do governador Eduardo Riedel (PP), governo do qual o esposo dela, Eduardo Rocha, era secretário de Estado da Casa Civil até há poucos meses.

A ausência de Simone Tebet na campanha do PT a governador afeta diretamente a corrida eleitoral de Fábio Trad, que terá dificuldades de explicar aos eleitores petistas o porquê de a ministra do presidente Lula estar no palanque do principal concorrente do ex-deputado federal ao cargo de chefe do Executivo estadual.

O Correio do Estado apurou que essa possibilidade preocupa as lideranças petistas sul-mato-grossenses, pois elas sabem do capital político de Simone Tebet em nível estadual e como seria extremamente importante a participação dela na campanha eleitoral pedindo votos para Fábio Trad.

A aposta dos caciques do PT em Mato Grosso do Sul é de que a ministra do Planejamento e Orçamento seja escolhida por Lula para ser a pré-candidata a vice-presidente da República ou então que ela resolva concorrer ao Senado pelo estado vizinho de São Paulo.

Dessa forma, Simone não poderia fazer campanha eleitoral para a reeleição do governador Riedel e, assim, não prejudicaria a caminhada de Fábio Trad na disputa pelo governo estadual com o candidato progressista.

Procurado pelo Correio do Estado, o pré-candidato a governador pelo PT amenizou a probabilidade de a ministra subir no palanque de Riedel. “Simone tem hoje a altura do Brasil, pois transcendeu Mato Grosso do Sul. Ela pode ser o que quiser onde quiser”, disse.

Fábio Trad completou ainda que, independentemente de qual palanque Simone Tebet subirá na disputa pelo governo do Estado, sempre terá a sua admiração.

“Se vai me apoiar ou não, isso só diz respeito a ela. Só posso dizer sobre quem eu vou apoiar para o Senado, e o nome será aquele que estiver alinhado com o PT nacional e o PT estadual”, assegurou.

PALANQUE DE RIEDEL

Em entrevista concedida neste ano ao Correio do Estado, a ministra do Planejamento e Orçamento informou que, para o pleito do próximo ano, estará nos palanques do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do governador Eduardo Riedel, os quais tentarão a reeleição em seus respectivos cargos eletivos.

“Nos últimos dois anos como ministra do Planejamento e Orçamento, eu consegui destravar o máximo de recursos financeiros da União para Mato Grosso do Sul e, ao longo deste ano, vou procurar estar mais presente no meu estado”, declarou.

Como parte de uma nova estratégia para aumentar a aprovação junto ao eleitorado brasileiro, já de olho na reeleição em 2026, o presidente Lula escalou a ministra para atuar na divulgação do grande número de obras e programas sociais do governo federal em Mato Grosso do Sul para, dessa forma, melhorar sua popularidade.

“O presidente Lula pediu que todos os ministros estejam mais nas suas bases, divulgando os avanços do Brasil graças às políticas do seu governo. Nos primeiros dois anos, tive de focar na parte econômica, o que me exigiu muito tempo, mas agora nada impede que eu, nos fins de semana, possa estar nos municípios, conversando com os novos prefeitos e divulgando o que está sendo feito”, assegurou.

Questionada se essa nova incumbência dada por Lula não servirá também para que ela possa aproveitar para fortalecer o próprio nome de olho no pleito do próximo ano, Simone garantiu que ainda não pensou nessa situação.

“Nessa missão que muito sutilmente o Lula me deu, preciso estar mais presente no Estado. Infelizmente, não tenho condições de prever o futuro, tenho procurado conduzir o meu ministério da forma mais apartidária possível e sem bairrismo. O meu ministério é muito técnico e, além da parte ética, eu cumpro a vontade política do presidente Lula”, argumentou.

A ministra ressaltou que ainda tem tempo para cumprir a sua missão em um dos cargos federais mais importantes que um sul-mato-grossense já ocupou, justamente pela abrangência da Pasta, e isso, segundo ela, lhe traz uma grande responsabilidade.

“Primeiro, quero seguir a determinação do meu partido, que é o MDB, mas já posso adiantar que vou estar com o Lula, não tem como estar de outro lado. O MDB tem três ministros fiéis ao presidente Lula e, quando ele me convidou para apoiá-lo no segundo turno das eleições de 2022, eu disse que já tinha escolhido o lado dele”, recordou.

Simone revelou que não precisava que Lula lhe prometesse nenhum ministério, pois já estava decidida em subir no palanque do petista no segundo turno.

“Mesmo assim, depois que ele foi eleito, Lula insistiu que eu fizesse parte do seu governo. Na terceira conversa que tivemos, acabei aceitando o convite para integrar um ministério. Esse reconhecimento do Lula me fez buscar ajudar projetos voltados para a justiça social e, como alguém que já foi prefeita de Três Lagoas, eu tinha consciência disso”, revelou.

Ela ainda reforçou o compromisso com Lula e Riedel. “Só posso dizer que vou estar no palanque do presidente Lula fazendo campanha para a reeleição dele. Mais para a frente vou definir o meu projeto político, se vou ser candidata a algum cargo majoritário ou proporcional. Por enquanto, só posso reafirmar que meus compromissos são com as reeleições do presidente Lula e do governador Eduardo Riedel”, frisou.

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Política

Camila Jara enfrenta nova fase contra câncer da tireoide

Nove meses depois de ser submetida à cirurgia para retirada da tireoide, a deputada federal passa pela continuidade do tratamento

26/12/2025 16h02

Crédito: Bruno Spada / Câmara dos Deputados

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A deputada federal Camila Jara (PT-MS) anunciou, por meio das redes sociais, que a partir de janeiro iniciará a iodoterapia, em mais uma fase do tratamento após a retirada da tireoide em decorrência de um câncer.

A parlamentar usou o Instagram para contar que ficará quatro dias em isolamento no hospital e que, neste momento, está suspendendo o uso da medicação que repõe os hormônios produzidos pela tireoide.

“Agora a gente está indo para a segunda fase do tratamento. Então, eu vou fazer iodoterapia, que é um tratamento um pouco diferente do que aconteceu até agora. É forte, então eu preciso tirar tudo que tem iodo da minha alimentação, do meu corpo”, disse Camila, e completou:

“Por isso que não posso usar nada que tenha cor, não posso ter contacto com nada que tenha iodo. Então, por isso que eu estou sem maquilhagem, sem esmalte, não posso usar uma série de produtos e, na alimentação, não posso usar coisas com sal comum. A pasta de dentes é diferente, tem uma série de coisas, um monte de coisas diferentes”.

A deputada disse que o que mais sentirá falta nesse período será de estar próxima das pessoas e poder abraçá-las. No vídeo, ela se mostrou confiante e chegou a fazer uma brincadeira em relação a ficar “brilhando” por estar radioativa.

Diagnóstico

No dia 6 de maio, a parlamentar comunicou, por meio de vídeo, o diagnóstico de câncer, compartilhando que, aos 30 anos, recebeu a notícia que ninguém gostaria de ouvir.

Ela pediu licença para realizar a cirurgia de remoção da tireoide, que ocorreu no dia 12 do mesmo mês, no Hospital Sírio-Libanês.

O procedimento, conforme acompanhou a reportagem do Correio do Estado, durou quatro horas e ocorreu sem intercorrências.

Outros parlamentares

Os deputados Vander Loubet (PT-MS) e Pedro Pedrossian Neto (PSD) também passaram por procedimentos cirúrgicos para remoção de câncer em outubro.

Pedrossian Neto comunicou, no dia 17 de outubro, por meio das redes sociais, que passou por cirurgia para remoção total da tireoide.

Ele explicou que, ao realizar um check-up, os exames detectaram dois pequenos nódulos no órgão. Segundo relatou, o carcinoma da tireoide é congénito, ou seja, a família tem predisposição para desenvolvê-lo por características genéticas.

Onze dias depois, o petista Vander Loubet foi operado, em um hospital em São Paulo, para tratamento de câncer na próstata (prostatectomia).
 

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Levantamento

Maioria dos deputados federais de MS vota a favor das pautas do governo Lula

Apenas Dr. Luiz Ovando (PP), Marcos Pollon (PL) e Rodolfo Nogueira (PL) têm mais votos contrários ao governo federal

26/12/2025 08h20

A bancada de MS na Câmara dos Deputados é formada por oito parlamentares, com maioria tucana

A bancada de MS na Câmara dos Deputados é formada por oito parlamentares, com maioria tucana Montagem

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A maioria dos oito deputados federais de Mato Grosso do Sul vota mais a favor que contra as pautas defendidas pelo governo do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conforme levantamento realizado pelo Correio do Estado no site Congresso em Foco, criado para reconhecer os parlamentares que mais se destacam no exercício do mandato no Congresso Nacional.

Ao longo deste ano, conforme os dados disponibilizados pelo Congresso em Foco, votaram mais a favor que contra o governo federal os parlamentares Beto Pereira (PSDB), Dagoberto Nogueira (PSDB), Geraldo Resende (PSDB), Camila Jara (PT) e Vander Loubet (PT), enquanto votaram mais contra que a favor os deputados federais Dr. Luiz Ovando (PP), Marcos Pollon (PL) e Rodolfo Nogueira (PL).

No caso dos dois deputados federais do PT, tanto Camila Jara quanto Vander Loubet votaram apenas uma vez contra a orientação do governo federal: Camila votou 101 vezes a favor e Vander, 67 vezes.

Camila Jara votou contra uma orientação do governo federal a favor do parecer, reformulado no plenário, feito pelo deputado federal Afonso Hamm (PP-RS) na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Casa de Leis, que concluiu pela aprovação do Projeto de Lei nº 5.122, de 2023, e de seus apensos, Projetos de Lei nº 5.221, de 2023, nº 165, nº 510, nº 691, nº 2.204 e nº 4.670, de 2024, e
nº 341, de 2025, na forma do substitutivo reformulado apresentado pela Comissão de Finanças e Tributação, que concluiu pela adequação orçamentária e financeira.

O Projeto de Lei nº 5.122/2023, com seus apensos (incluindo projetos de lei de 2023, 2024 e 2025), visa criar uma linha emergencial de crédito de até R$ 30 bilhões, usando o Fundo Social, para renegociar e quitar dívidas de crédito rural de agricultores, pecuaristas e outros afetados por secas e calamidades, oferecendo juros diferenciados e prazos longos (10 anos a 15 anos), com foco na recuperação do setor após desastres naturais. A matéria, já aprovada na Câmara dos Deputados, foi encaminhada ao Senado para análise final.

Vander Loubet votou contra uma orientação do governo federal no caso do parecer proferido em plenário pela deputada federal Flávia Morais (PDT-GO), relatora na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, que concluiu pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Lei nº 2.379, de 2023.

De autoria da deputada federal Dandara (PT-MG), esse projeto de lei institui o Dia Nacional dos Congados e Reinados, a ser celebrado anualmente em 7 de outubro. Ele tramita na Câmara dos Deputados, buscando reconhecimento e valorização das manifestações culturais afro-brasileiras. É importante notar que pode haver confusão com outros projetos com numeração similar, como o Projeto de Lei nº 2.379/2022, sobre vigilantes, mas o de 2023 foca nos congados.

Já o deputado federal Beto Pereira votou 55 vezes a favor e 35 vezes contra, enquanto Dagoberto Nogueira votou 85 vezes a favor e 10 vezes contra e Geraldo Resende, 68 vezes a favor e 14 vezes contra, demonstrando que a bancada tucana de Mato Grosso do Sul na Câmara dos Deputados foi, praticamente, um “puxadinho” da bancada petista na Casa de Leis.

OPOSIÇÃO

Os três deputados federais da oposição se mantiveram fiéis às orientações dos seus partidos, votando mais contra do que a favor das matérias defendidas pelo governo do presidente Lula.

O parlamentar Dr. Luiz Ovando votou 41 vezes contra e 35 vezes a favor, enquanto Marcos Pollon votou 73 vezes contra e 26 vezes a favor e Rodolfo Nogueira, 67 vezes contra e 26 vezes a favor.

Mesmo assim, eles votaram um grande número de matérias favoráveis ao governo federal, e a justificativa foi que as pautas beneficiavam a maioria da população, fazendo com que deixassem a orientação de oposição a Lula de lado e focassem no bem maior de quem os elegeu.

Saiba

O Congresso em Foco é um portal jornalístico independente e apartidário, fundado em 2004, especializado em cobrir o Congresso Nacional brasileiro e os bastidores da política, com notícias exclusivas, perfis de parlamentares, dados sobre processos judiciais, votações e gastos, e realiza o famoso Prêmio Congresso em Foco, que reconhece os melhores políticos do País por meio do voto popular e de jornalistas, focando em ética, transparência e defesa do interesse público. 

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