Política

ELEIÇÕES 2026

Federação PRD-Solidariedade deve ganhar reforço de outros 2 partidos

Em Mato Grosso do Sul, a princípio, a ampla aliança pode ficar sob o comando do ex-senador Delcídio do Amaral

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Criada há quase dois meses, a federação com o Partido da Renovação Democrática (PRD), que nasceu da fusão entre PTB e Patriotas, e o Solidariedade, que incorporou o Pros, pode ganhar o reforço de outras duas legendas nos próximos meses.

O Correio do Estado apurou que as lideranças nacionais do PRD estão em negociações avançadas com o Podemos, da deputada federal Renata Abreu (SP), e com o Avante, do deputado federal Luís Tibé (MG).

Em Mato Grosso do Sul, caso a aliança seja concretizada, a federação ficará sob o comando do ex-senador Delcídio do Amaral, que já preside o diretório estadual do PRD e, também, a federação recém-criada com o Solidariedade.

No Estado, caso o Podemos faça mesmo parte da federação, poderá ter conflito sobre o comando, afinal, o partido já é presidido pela senadora Soraya Thronicke e, na possibilidade de a parlamentar permanecer na sigla, ela teria o direito de chefiar a aliança em Mato Grosso do Sul, em razão da hierarquia política.

Porém, a reportagem obteve a informação de que, na eventualidade de o Podemos ingressar na federação com PRD e Solidariedade, dificilmente a senadora sul-mato-grossense permanecerá na legenda, pois ela já estaria em conversas adiantadas com o PSDB, do deputado federal Aécio Neves (MG).

O Correio do Estado também apurou que, com o reforço do Podemos e o Avante, a federação partidária PRD-Solidariedade vai manter o projeto de lançar Delcídio do Amaral como candidato a governador, para concorrer contra o governador Eduardo Riedel (PSDB), que buscará a reeleição no próximo pleito.

Pela pesquisa de intenções de votos para governador, realizada pelo Correio do Estado e o Instituto de Pesquisas de Mato Grosso do Sul (Ipems), o ex-senador aparece em segundo lugar, com 17,76%, porcentual bem menor do que o de Riedel, que obteve 62,09% da preferência dos entrevistados.

Apesar de ser uma distância considerável do atual governador, é preciso ser levado em consideração que o ex-senador ainda não está em campanha eleitoral e poucos sabem da intenção de ele sair candidato, enquanto Riedel está mais maciçamente na mídia e é muito mais conhecido.

A FEDERAÇÃO

Nacionalmente, a federação entre PRD e Solidariedade visa uma atuação conjunta no País e, especificamente, no Congresso. A federação tem uma bancada de 24 deputados federais (seis do PRD e 18 do Solidariedade).

A federação partidária é uma reunião de partidos com o objetivo de permitir que as legendas atuem de forma unificada em todo o País, com a obrigatoriedade de permanecerem unidas em um mesmo bloco por, pelo menos, quatro anos.

Atualmente, o Brasil conta com três federações partidárias, que abrangem oito partidos, com validade até 2026: PT-PCdoB-PV, Psol-Rede, União Brasil-PP e PRD-Solidariedade. As novas federações vão engrandecer o debate nacional com racionalidade e sensatez.

A federação terá muitas responsabilidades para discutir o que o País precisa, já vislumbrando as eleições para o ano que vem.

Para o Solidariedade, do deputado federal Aureo Ribeiro (RJ), os dez deputados da federação vão contribuir com o debate nacional. “Vamos fortalecer os dois partidos nos estados e vamos começar um processo de escuta para saber o que cada população quer”, afirmou o presidente do partido.

O líder do PRD, deputado Fred Costa (MG), destacou que o novo grupo político busca trazer mais racionalidade e equilíbrio ao debate político. “É um retrocesso essa guerra instalada entre os extremos, cujo resultado tem como maior prejudicado a sociedade e os mais necessitados”, disse Costa.

FORTALECIMENTO

Além disso, com o reforço do Podemos e o Avante, a federação partidária PRD-Solidariedade vai contar com 65 deputados federais, 25 do Podemos, 18 do Solidariedade, 16 do Avante e 6 do PRD.

Já a bancada da nova federação partidária terá quatro senadores da República, todos do Podemos.

O grupo ainda terá um Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), que é um fundo público destinado ao financiamento das campanhas eleitorais dos candidatos, previsto nos artigos 16-C e 16-D da Lei nº 9.504/1997, ampliado, poderá ter um aumentar exponencial, facilitando as campanhas eleitorais dos candidatos.

A divisão do fundo obedeceu aos seguintes critérios:

48% divididos entre os partidos na proporção do número de representantes na Câmara dos Deputados na última eleição geral; 35% divididos entre os partidos na proporção do porcentual de votos válidos obtidos pelas siglas que tenham pelo menos um representante na Câmara; 15% divididos entre os partidos na proporção do número de representantes no Senado; e 2% divididos igualmente entre todos os partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Os recursos do fundo eleitoral somente ficarão à disposição do partido após a definição de critérios de distribuição aos seus candidatos, o que deve ser deliberado pela Comissão Executiva Nacional da agremiação partidária, exigência da Lei nº 9.504/1997, art. 16-C, § 7º.

A disponibilização dos recursos do fundo eleitoral aos diretórios nacionais dos partidos políticos foi regulamentada pelo TSE na Resolução nº 23.605/2020, nos termos do Art. 6º, atualizado pela Resolução-TSE nº 23.624/2020.

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Política

Preço para desistir de candidatura é 'Bolsonaro livre, nas urnas', diz Flávio Bolsonaro

O senador do PL do Rio disse que a escolha pelo seu nome como pré-candidato a presidente é "muito consciente" e "não tem volta" dentro do atual cenário do pai preso e inelegível

08/12/2025 14h26

Flávio Bolsonaro

Flávio Bolsonaro Agência Brasil / Tânia Rêgo

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse em entrevista à TV Record que o preço para desistir de ser candidato a presidente em 2026 é ter o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), "livre, nas urnas". Flávio afirmou, de acordo com a TV Record, na entrevista que foi exibida neste domingo, 7, que o "preço é justiça com quase 60 milhões de brasileiros que foram sequestrados, estão dentro de um cativeiro, neste momento, junto com Jair Messias Bolsonaro".

O senador do PL do Rio disse que a escolha pelo seu nome como pré-candidato a presidente é "muito consciente" e "não tem volta" dentro do atual cenário do pai preso e inelegível. "Óbvio que não tem volta. A minha pré-candidatura à Presidência da República é muito consciente", declarou.

Mais cedo, Flávio afirmou que tinha "um preço" para retirar a candidatura e que a anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023 fazia parte da negociação. O senador do PL, no entanto, disse na ocasião que não era apenas a anistia, sem divulgar quais outras eventuais reivindicações".

Flávio revelou a nova condição para retirar sua candidatura - "Bolsonaro livre e nas urnas" -, ao ser perguntado se a anistia já seria o suficiente para desistir. O senador rejeitou a possibilidade de renunciar à pré-candidatura em favor de outra chapa neste momento. "O nome Flávio Bolsonaro está colocado e não sai", declarou. Jair Bolsonaro cumpre pena após condenação de mais de 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.

violência política de gênero

Gleice Jane recebe ameaça de morte e registra boletim de ocorrência

Caso foi registrado como "ameaça" na Depac-Cepol

08/12/2025 08h55

Deputada Estadual de MS, Gleice Jane

Deputada Estadual de MS, Gleice Jane Reprodução Instagram Gleice Jane

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Deputada estadual de Mato Grosso do Sul, Gleice Jane (PT), compartilhou em suas redes sociais que recebeu ameaça de morte, motivada por violência política de gênero, neste domingo (7), em um aplicativo de mensagens.

A identidade da pessoa que lhe enviou as mensagens não foi revelada.

Com isso, registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC-CEPOL), em Campo Grande. O caso foi identificado como “ameaça”.

“Acabei de registrar um boletim de ocorrência contra uma ameaça que eu recebi no meu WhatsApp, no meu número pessoal, de uma pessoa que me chama de vários nomes que não vou falar aqui e por último diz “você vai morrer”. Dentre as mensagens ele também me manda vários links de pessoas de perfis relacionados a pessoas do PL e dentre as mensagens questionando a minha posição política, pela minha condição de ser mulher e de ser política. Portanto, é uma violência política de gênero", disse.

"Esse movimento da extrema direita de querer negar a nossa existência, de não querer dialogar, de querer impedir que a gente faça parte da política, é esse movimento também que gera violência contra as mulheres e que também é responsável pelo alto índice de violência e de feminicídio aqui no nosso país", complementou.

O Partido dos Trabalhadores (PT) emiti nota de repúdio sobre a ameaça de morte que a deputada recebeu.

“O Partido dos Trabalhadores (PT) de Rio Brilhante, através do presidente, Vítor Alegre, vem a público repudiar veementemente as ameaças de morte e a violência política de gênero sofridas pela nossa companheira Deputada Estadual Gleice Jane. A intimidação e o machismo usados para tentar silenciar mulheres na política são um ataque direto à nossa democracia. É inaceitável que uma parlamentar eleita, que representa a voz popular, seja alvo de tamanha covardia. Exigimos: Rápida e rigorosa investigação das autoridades para identificar e punir os agressores e garantia de segurança para a Deputada Gleice Jane. Estamos em luta contra o ódio e o machismo. Nossa solidariedade é total!”, afirmou, por meio de nota.

O vereador de Campo Grande, Landmark Rios, prestou solidariedade à deputada, por meio das redes sociais.

“Nossa total solidariedade à Deputada Gleice Jane, que foi covardemente ameaçada pelo WhatsApp.
Ataques, intimidações e violência não podem fazer parte da política, nem da convivência na nossa sociedade. Quem luta por justiça social, por direitos e por dignidade não pode ser silenciado pelo medo. Seguiremos firmes, lado a lado, defendendo a democracia, a vida e a liberdade de fazer política com coragem. Gleice não está sozinha”, disse o vereador, em suas redes sociais.

A vereadora de Campo Grande, Luiza Ribeiro, repudiou o ataque à colega.

"Inaceitável a violência política sofrida pela deputada Gleice Jane! Nossa Gleice Jane sofreu violência política de gênero e outras graves ameaças tudo em razão de sua atuação política! Exigimos toda atenção dos órgãos de segurança para rápida apuração e que garantam toda segurança a ela!", compartilhou, em tom de revolta, em suas redes sociais.

Violência política de gênero abrange atos, condutas ou omissões destinados a excluir mulheres do espaço político, ou a impedir/restringir sua participação e atuação. A legislação define essa violência como ações que visam obstaculizar o exercício de direitos políticos por mulheres.

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