Política

JUSTIÇA

Fux diz que André do Rap enganou a Justiça e Marco Aurélio Mello

Derrotado, Aurélio afirmou que presidente da Corte foi "'autoritário' ao cassar liminar

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Derrotado no julgamento, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, fez duras críticas ao presidente da Corte, ministro Luiz Fux, a quem chamou de 'autoritário' por cassar a liminar que soltou o traficante André do Rap. Porém, Fux rebateu a informação dizendo que o traficante internacional enganou a Justiça e Melo e, porém esse motivo, conseguiu a soltura temporária.

O decano foi o único voto contra a decisão de Fux, a que disse ter sido proferida na 'seara da ilegalidade'. O julgamento foi encerrado com o placar de 9 a 1.

Segundo Marco Aurélio, o plenário do Supremo focou mais no mérito do caso, ou seja a prisão de André do Rap, e não no fato de Fux ter cassado uma liminar de um integrante da Corte, que abriria brechas para isso ocorrer de novo no futuro.

"O mais interessante, presidente, é que se abandona essa questão, que é a questão mais importante, para admitir-pela primeira vez no colegiado para se admitir esse superpoder ao todo poderoso e autoritário presidente. Autoritário no que cassou uma decisão de um colega", criticou Marco Aurélio. "Um cesteiro que faz um cesto, faz um cento, e amanhã pode ser a liminar de outro ministro. Quem ganha é apenas a vaidade do presidente. O colegiado não ganha", disse.

Marco Aurélio pontuou que Fux é 'o primeiro entre os pares, mas é igual em termos de atuação judicante'. "Devendo ser por isso mesmo algodão entre cristais. Não pode ser em relação aos seus iguais um censor, levando ao descrédito ao próprio Judiciário".

Único voto contra a decisão de mandar André do Rap à prisão, o decano disse que 'continua convencido' do acerto da liminar que implementou. "E se alguém falhou, não foi eu. Não posso ser colocado como bode expiatório".

FUX REBATE

Após o voto de Marco Aurélio, o presidente do Supremo, ministro Luiz Fux, tomou a palavra para rebater o colega, fazendo questão de frisar que sua decisão de cassar uma liminar de outro ministro foi 'excepcionalíssima' e que o decano foi 'enganado' pelo traficante, que está foragido da Justiça.

"Aprendi com Vossa Excelência que não se pode, como fundamento de habeas corpus, dizer que o preso voltará a delinquir. E aqui foi destacado que o caso é excepcionalíssimo. Por isso, Vossa Excelência não tem razões para me categorizar como totalitário, nem para presumir que outros como esse ocorrerão", rebateu Fux. 

O presidente do Supremo disse que o caso de André do Rap, condenado em duas instâncias por tráfico internacional de drogas, era um 'plano de fundo bastante expressivo' para a sua decisão de cassar a liminar de soltura proferida por Marco Aurélio. Fux apontou ainda que, 'com a devida vênia', que o decano foi 'enganado' pelo traficante. 

"No caso específico, representaria a autofagia não defender a imagem da Corte e do Supremo Tribunal Federal depois que lhe batessem à porta para anunciar que um traficante deste nível pudesse ser solto, enganando a Justiça, debochando da Justiça, enganando Vossa Excelência", afirmou Fux. "A autofagia seria deixar o Supremo ao desabriu". 

O presidente fez questão de pedir a Marco Aurélio, 'em nome da nossa amizade e ligações entre nossos familiares', que eles tenham 'descenso, mas nunca discórdia'.

ELEIÇÕES 2024

Prefeita de Campo Grande vê crescimento na 'reta final' e crava: 'estamos no 2º turno'

Adriane Lopes e Tereza Cristina buscam emplacar projeto com Partido Progressistas e chapa puramente feminina não se vê fora do segundo turno

06/10/2024 12h35

Eleitora da E.M Profº Virgílio Alves de Campos, Adriane votou após às 11h acompanhada da família.

Eleitora da E.M Profº Virgílio Alves de Campos, Adriane votou após às 11h acompanhada da família. Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Distante cerca de cinco horas da apuração de votos válidos desta primeira rodada das eleições municipais 2024, a então prefeita por Campo Grande, Adriane Lopes (PP), que vem em busca de reeleição, disse vislumbrar um crescimento das intenções pelo seu nome e logo após votar já cravou: 'já estamos no segundo turno'.

Eleitora da Escola Municipal Professor Virgílio Alves de Campos - localizada na Rua Jamil Basmage, s/n no bairro Mata do Jacinto, em Campo Grande -, Adriane Lopes votou após às 11h acompanhada da família. 

Com ela estavam o marido (deputado estadual, Lídio Lopes) e os filhos; Matheus e Bruno Barbosa Nogueira, esse segundo que na data de hoje (06) vota pela primeira vez em sua vida e estava, como bem diz, ansioso em contribuir com a campanha da mãe.

 "Esperei muito tempo para agora exercer esse primeiro voto", expôs. 

Em complemento, o irmão mais velho, Matheus, - que está concluindo a faculdade de direito - acredita que a mãe vai conseguir alcançar o segundo turno e credita essa confiança ao que, segundo ele, Adriane mostrou durante seus aproximadamente dois anos frente ao Executivo Municipal. 

"Ela é uma guerreira, batalhadora, que saiu de vendedora para prefeita de Campo Grande. Mostrou um trabalho muito sério, que é segundo município, entre 5 mil com a gestão de transparência... acredito que com mais quatro anos vai fazer daqui a Capital das oportunidades", diz ele.  

 Ex-vice de Marquinhos Trad, que tomou o cargo como prefeita nos últimos dois anos, com a possibilidade de seguir na cadeira do Executivo, Adriane diz que caso seja reeleita vai zerar a fila por vagas em escolas e concluir o que é considerada obra inacabada.

"Quando votei na eleição passada nessa escola, essa escola estava com teto caindo. Hoje chego para votar numa escola reformada. Se reeleita eu for, eu vou zerar essa lista de espera por uma vaga numa escola e vou terminar todas as obras inacabadas de Campo Grande", completa Adriane. 

Corrida eleitoral

Classificando sua campanha como "propositiva" e "de pés no chão", Adriane Lopes afirma que fez um primeiro turno limpo e, questionada sobre a possibilidade de não estar entre os relacionados para uma decisão em segunda rodada de pleito, descartou essa possibilidade. 

Eleitora da E.M Profº Virgílio Alves de Campos, Adriane votou após às 11h acompanhada da família.Adriane votou acompanha de "madrinha" e família. Foto: G.O

"Eu acredito que nós já estamos no segundo turno", disse a atual prefeita de Campo Grande de forma categórica. 

Com essa mesma convicção aparece também a vice de Adriane, Dra. Camilla Nascimento (AVANTE), que igualmente foi perguntada sobre os rumos dos possíveis futuros apoios com a possibilidade de não emplacarem um segundo turno. 

"É que eu não considero essa hipótese, né? Eu realmente acredito muito no segundo turno; no projeto; no trabalho... eu não vejo outro resultado", destacou Dra. Camilla.

Dra. Camilla destaca que, conhecendo a prefeitura e, segundo ela, o "funcionamento de tudo", a sequência de trabalho caso Adriane seja reeleita será "muito mais fácil". 

"Campo grande precisa evoluir em muita coisa ainda, porque a cidade cresce muito rápido. a gente tem um olhar pra tudo e a proposta atinge todas as esferas", conclui. 

Também a mulher que Adriane considera sua "inspiração", senadora Tereza Cristina, foi clara em expressar o sentimento que o projeto de ambas pelo Partido Progressistas consiga manter a então prefeita como chefe do Executivo de Campo Grande. 

Por fim, ambas exaltam o desenrolar da campanha e a "madrinha" de Adriane, Tereza Cristina, comenta um crescimento observado nas intenções, o que ela acredita ser fruto da postura de sua candidata nos debates que aconteceram. 

"O desempenho também da prefeita no debate foi excelente, mostrou equilíbrio, sensatez, proposta de trabalho. Vou me dividir entre Brasília e aqui porque tenho certeza que Adriane vai realizar tudo aquilo que começou e não deu tempo de fazer em dois anos", disse.

 

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Eleições 2024

Mesmo distante, Camila vê melhora nas pesquisas e acredita em segundo turno

Candidata petista foi votar acompanhada da ministra das Mulheres do Brasil, Cida Gonçalves, e exaltou o crescimento durante a campanha

06/10/2024 11h50

Camila Jara se mostrou confiante para um possível segundo turno

Camila Jara se mostrou confiante para um possível segundo turno Paulo Ribas/Correio do Estado

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A candidata à Prefeitura de Campo Grande, Camila Jara (PT), foi votar na manhã deste domingo (6) Escola Estadual São Francisco, acompanhada da ministra das Mulheres do Brasil, Cida Gonçalves, que também vota na capital sul-mato-grossense.

Em conversa com a imprensa, a candidata petista se mostrou confiante para um possível segundo turno, e exaltou o crescimento nas pesquisas.

"As pesquisas estão surpreendendo a todos, né? A gente cresceu quase seis pontos da noite para o dia. Então, com toda certeza, quando as urnas se abrirem, a vontade que a gente está vendo do povo nas ruas vai surpreender mais ainda", disse a candidata.

Camila ainda revelou que a reunião do PT para discutir o que será feito para o segundo turno já está marcada para as 14h desta segunda-feira, na sede do partido.

Esperança

A candidata relembrou a forte polarização política nas eleições passadas, e disse que agora vê um cenário completamente diferente em Campo Grande, bem menos violento.

"A expectativa é de muita esperança, o clima na rua está muito bom, por onde a gente anda as pessoas demonstram carinho, e a gente tem certeza que todo esse carinho, toda essa esperança, toda essa vontade de mudança vai se converter nas urnas. Nós estamos prontos para o segundo turno, para sair vitorioso", disse Camila Jara.

"As pessoas convidavam a gente pra entrar, pediam material, iam até o nosso comitê. A gente viu uma corrente de esperança espalhar pela cidade, e isso foi muito bom. É muito positivo, mostra que as pessoas querem mudança e mais do que isso, que as pessoas estão voltando a se identificar com as nossas pautas, com as nossas bandeiras, e sabem que a gente não pode retroceder um milímetro a mais no avanço e na conquista de direitos sociais", acrescentou.

Força feminina

Ao lado da ministra Cida Gonçalves, Camila falou sobre a importância de escolher candidatos que se preocupem com as mulheres, e façam a Capital deixar de ser destaque pelos altos índices de violência e se torne referência no enfrentamento a essa realidade.

"Campo Grande é uma capital extremamente violenta para se ser mulher. A gente não pode ignorar esse fato nessas eleições. Nós somos a maior parte do eleitorado, e estar ao lado da ministra das mulheres aqui é um recado de que o governo Lula quer fazer com que Campo Grande seja uma cidade referência, não nos índices de violência tão altos, mas uma referência para que a gente seja uma capital segura para as mulheres. Uma cidade segura para as mulheres é uma cidade segura para todas as pessoas", declarou Camila.

A ministra Cida Gonçalves destacou ainda a relação entre a candidata e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, também do PT, afirmando que as políticas públicas municipais precisam estar alinhadas com as propostas do governo federal.

"Nós precisamos de prefeitas que tenham compromisso com as políticas públicas que o presidente Lula implementa no país. Nós precisamos que os dois órgãos, a prefeitura municipal e o governo federal, estejam juntos, fortalecendo a vida da população e resolvendo com programas sérios", disse a ministra.

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