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Gerson deve usar a viagem à Ásia para conquistar apoio de Riedel ao Senado

O presidente da Assembleia Legislativa também terá a seu favor a provável filiação do governador ao Progressistas

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Na segunda-feira, o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), deputado estadual Gerson Claro (PP), embarca com a comitiva do governador Eduardo Riedel (PSDB) e empresários sul-mato-grossenses em uma missão oficial de 13 dias a três países da Ásia, a fim de prospectar investimentos e ampliar mercados para o Estado.

Porém, além de representar o Poder Legislativo na missão oficial à Índia, ao Japão e à cidade-estado de Singapura, o parlamentar deve aproveitar a viagem para conquistar o apoio do chefe do Executivo sul-mato-grossense para que seja o escolhido pelo PP para disputar uma das duas vagas ao Senado, ao lado do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

Gerson Claro disputa a preferência da senadora Tereza Cristina, presidente estadual do PP, para ser o escolhido do partido na disputa pelo Senado. Ele tem a concorrência dos colegas de legenda, o deputado federal Dr. Luiz Ovando e o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos de Campo Grande, Marcelo Miglioli.

O Correio do Estado apurou que o presidente da Alems terá 13 dias para conversar com o governador e demonstrar as vantagens do nome dele para ser o candidato ao Senado pelo PP nas eleições de 2026.

Afinal, Riedel está de malas prontas para bater as asas do ninho tucano e ingressar na legenda progressista a convite de Tereza Cristina, tendo, dessa forma, poder de influenciar a parlamentar na escolha do nome do partido para concorrer ao Senado no próximo ano.

Gerson aposta que a amizade de longa data entre o chefe do Executivo estadual e a senadora progressista, aliada à provável filiação na legenda – algo que também deve ser tratada por ambos durante a missão à Ásia –, torne a opinião de Riedel crucial para Tereza na hora de fazer a escolha.

A reportagem ouviu de interlocutores do deputado estadual que, vencida essa etapa da escolha do nome do PP na disputa pelo cargo de senador em 2026, a próxima batalha de Claro também precisará de Riedel, já que, desde as eleições de 2002, todos os governadores de Mato Grosso do Sul conseguiram eleger pelo menos um senador.

Basta recordar que, em eleições mais recentes, o então governador Zeca do PT ajudou a emplacar Delcídio do Amaral (PRD) por duas vezes, bem como André Puccinelli (MDB) contribuiu nas vitórias de Waldemir Moka (MDB) e Simone Tebet (MDB), enquanto Azambuja colaborou nas eleições de Nelsinho Trad (PSD) e, mais recentemente, de Tereza Cristina.

Agora, o presidente da Alems espera que isso seja mantido no pleito de 2026 e que a ampla aliança dos partidos de centro-direita – PP, PL, União Brasil, MDB, Republicanos, Podemos e PSD – possa reeleger Riedel como governador e eleger como senadores ele e Azambuja, que assumirá oficialmente o comando do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro até a segunda quinzena deste mês.

A MISSÃO

No dia 16 de julho, Gerson Claro anunciou, durante a sessão da Casa de Leis, a participação na missão oficial à Ásia, que começa na segunda-feira e termina no dia 16. “Acompanharei oficialmente o governador a Mumbai, na Índia, a Tóquio e Osaka, no Japão, e a Singapura, quando serão apresentadas as potencialidades de Mato Grosso do Sul aos investidores desses países”, explicou.

Ele também ressaltou a importância de participar da viagem. “Para mim, é uma experiência muito positiva a oportunidade de estar levando Mato Grosso do Sul internacionalmente. Estou orgulhoso de apresentar o momento que vive o Estado. Esperamos novas parcerias para Mato Grosso do Sul, fomos convidados para representar o parlamento na visita que está sendo chamada de missão à Ásia”, pontuou.

Gerson Claro reforçou que a missão oficial terá ainda a participação do setor empresarial de Mato Grosso do Sul, bem como de outros estados. “Durante a viagem serão visitadas empresas, quando serão apresentadas aos empresários asiáticos as potencialidades de Mato Grosso do Sul, na expectativa de prospectar novos negócios e até ampliar os que existem hoje”, concluiu.

Saiba

A agenda internacional da missão oficial à Ásia terá como primeiro compromisso uma série de visitas e reuniões em Mumbai, na Índia, na quarta, quinta e sexta-feira, depois, do dia 9 a 12, a comitiva vai a Tóquio e Osaka, no Japão, e, para encerrar, do dia 13 ao dia 15, o grupo visitará a cidade-estado de Singapura.

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POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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