Política

VAGA DE AMARILDO CRUZ

Gleice Jane toma posse e Assembleia passa a ter três representantes mulheres

"É a realização de um projeto coletivo", disse a deputada ao assumir a vaga deixada por Amarildo Cruz

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A professora Gleice Jane Barbosa (PT) tomou posse como deputada estadual nesta terça-feira (11), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Desta forma, a Casa passa a contar com três representantes mulheres.

Além de Gleice, também são deputadas Mara Caseiro (PSDB) e Lia Nogueira (PSDB).

Gleice Jane assumiu a vaga de Amarildo Cruz, que morreu no dia 17 de março.

A agora deputada relembrou os anos de luta, que começou ainda na universidade, quando foi militante do movimento estudantil e, posteriormente, presidente do Sindicato da Educação de Dourados (Sinted), e afirmou que irá lutar por pautas coletivas e feministas.

"Apesar das circunstâncias não serem aquelas que a gente queria, mas é um momento de realização de um projeto coletivo que inclui muitas mulheres. No nosso projeto a gente diz que quando uma mulher feminista sobe ao poder, todas as outras sobem juntas, então a gente hoje tem várias mulheres subindo na Assembleia Legislativa que vão ser deputadas junto comigo", disse.

Com relação ao trabalho na Assembleia Legislativa, Gleice Jane reforçou que as pautas serão pensadas com foco nas mulheres, principalmente no combate à violência, mas que irão englobar o coletivo em diversas áreas.

"As nossas pautas serão pensadas a partir da vida cotidiana das mulheres, e a vida cotidiana das mulheres inclui a economia, a saúde, a educação, o meio ambiente, mas durante a campanha foi muito gritante para nós, a pauta que envolve a violência, principalmente a violência contra as mulheres, contra as crianças, nesse momento a gente também está vendo uma violência nas escolas", afirmou.

De Dourados, Gleice disse que também irá representar a luta dos povos indígenas e da comunidade quilombola, além de outras pautas locais para o desenvolvimento da região.

Em tratamento de saúde devido a ter contraído a síndrome de Guillan Barré, que ataca o sistema imunológico, a deputada disse que irá conciliar o tratamento médico com o cargo político.

"A recuperação a gente não sabe o tempo que demora, pode ser alguns meses, pode ser até mais um ano, mas eu vou trabalhar em Campo Grande e a minha residência é  Dourados. Eu vou trabalhar com o interior, isso vai ser minha prioridade e eu vou estar nessa vida, vou ter que ir para Dourados, vir para Campo Grande, fazer tratamento, fisioterapia, mas a gente vai conseguir, porque as mulheres sempre são assim, a gente sempre faz muita coisa ao mesmo tempo, então eu tô confiante que a gente vai conseguir", ressaltou.

Perfil

Gleice Jane é professora, sindicalista, feminista e será a primeira mulher do PT a assumir uma cadeira de deputada estadual na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems).

Ela iniciou sua militância no movimento estudantil em 2003, quando foi a primeira mulher a presidir o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), na gestão 2003/2004.

Nesse mesmo período, foi diretora da União Estadual dos Estudantes de Mato Grosso do Sul (UEE/MS) e presidiu o maior sindicato de educação do município de Dourados.

Morte de Amarildo Cruz

O deputado estadual Amarildo Cruz morreu na última sexta-feira (17), dois dias depois de ser internado no Hospital Proncor, em Campo Grande.

Ele foi internado com uma pneumonia, que deu origem a uma infecção pulmonar generalizada. A causa ainda é um mistério.

O quadro se agravou rapidamente, tendo sido o deputado intubado e precisando de diálise após falha nos rins. Ele teve três paradas cardíacas, sendo a última fatal.

Formado em Direito, Amarildo Cruz era Fiscal Tributário Estadual desde a década de 80  e cumpria seu quinto mandato na Assembleia Legislativa. 

Em três oportunidades conquistou voto entre os 24 aprovados na eleição. Em outras duas disputas ficou na suplência e acabou assumindo a cadeira no meio do mandato. 

Em maio de 2021, assumiu vaga depois da morte do deputado Cabo Almi, outro petista que morreu vítima de Covid.

Política

Cármen Lúcia vota pela confirmação da cassação de Zambelli e conclui placar da Primeira Turma

Com a manifestação da ministra, o colegiado tem quatro votos e conclui o julgamento

12/12/2025 19h00

Crédito: LULA MARQUES/ AGÊNCIA BRASIL

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A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, também votou para que a Primeira Turma da Corte confirme a decisão que decretou a perda do mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP) - condenada a um total de 15 anos de prisão em duas ações penais. Com a manifestação da ministra, o colegiado tem quatro votos e conclui o julgamento chancelando também a anulação da decisão da Câmara dos Deputados que tentou salvar Zambelli.

Assim como o relator, Alexandre de Moraes, e os colegas Flávio Dino e Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia apontou inconstitucionalidade na votação da Câmara que tentou poupar o mandato da bolsonarista.

A ministra destacou a impossibilidade de Zambelli exercer seu cargo como deputada vez que foi condenada a prisão em regime fechado, lembrando que, por essa razão, é estabelecida a perda automática do mandato como decorrente da sentença condenatória.

"A condenação a pena que deva ser cumprida em regime fechado, como se dá na espécie vertente, relativamente a Carla Zambelli Salgado de Oliveira, impede que ela sequer se apresente, sendo fática e juridicamente impossível ela representar quem quer que seja. A manutenção do mandato deixaria o representado - o povo que elege - sem representação, pela impossibilidade de comparecimento para o exercício do cargo pelo que tinha sido eleito", destacou a ministra.

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Política

De olho em 2026, Botelho e Tebet articulam uso de terras da União para destravar obras em MS

Encontro teve como foco destravar ativos imobiliários federais para acelerar a habitação popular e a reforma agrária no estado

12/12/2025 16h00

Divulgação

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O superintendente do Patrimônio da União em Mato Grosso do Sul (SPU/MS), Tiago Botelho (PT), reuniu-se na quarta-feira (11), em Brasília, com a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB). O encontro teve como foco destravar ativos imobiliários federais para acelerar duas frentes sensíveis no estado: habitação popular e reforma agrária.

O encontro em Brasília carrega forte componente político. Segundo Botelho, a expectativa é preparar um pacote de entregas robusto para uma visita do presidente Lula a Mato Grosso do Sul, prevista para o primeiro trimestre de 2026. 

A agenda serviria como contraponto político em um estado majoritariamente ligado ao agronegócio conservador, apostando em obras estruturantes para disputar a narrativa local.

A articulação busca dar celeridade ao programa "Imóvel da Gente", transformando terrenos ociosos da União em canteiros de obras para o Minha Casa, Minha Vida. Botelho apresentou a Tebet um mapeamento de áreas em municípios estratégicos, visando ampliar o estoque de moradias antes do início das vedações eleitorais do próximo ano.

"Precisamos avançar, pois o déficit habitacional é muito grande", argumentou Botelho, citando números da gestão Lula 3. O superintendente também tocou em um ponto nevrálgico para a política do Centro-Oeste: a reforma agrária. A estratégia é utilizar áreas da União já identificadas, dependendo apenas de estudos de viabilidade do Incra, para evitar conflitos fundiários e acelerar assentamentos.

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