Política

MP e STF

Gurgel vê semelhanças entre propostas

Gurgel vê semelhanças entre propostas

G1

27/04/2013 - 13h19
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O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse nesta sexta-feira (26) que identifica semelhanças entre as Propostas de Emenda à Constituição que tramitam no Congresso que pretendem limitar a atuação do Ministério Público (PEC 37) e do Supremo Tribunal Federal (PEC 33). Segundo o chefe do MP, ele não se “surpreenderia” se descobrisse que são as mesmas pessoas que estão patrocinando os dois projetos.

“Não se pode negar que há uma certa linha de coerência entre uma proposta e outra. Ambas, na verdade, atacam instituições integrantes do sistema de Justiça. A constitucionalidade dessa proposta é altamente duvidosa e ressuscita, inclusive, institutos da nossa história constitucional que não constituem boa lembrança", disse o procurador, após evento de premiação da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).

O que é a PEC 33?
A proposta de emenda constitucional número 33 impõe limites ao poder do Supremo Tribunal Federal. Na prática, o STF deixaria de ter a última palavra sobre mudanças na Constituição.

Nesta quarta (24), a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou a PEC 33, que dá poder ao Congresso para derrubar decisões da Suprema Corte. Pelo texto de autoria do deputado Nazareno Fontelles (PT-PI), deputados e senadores poderiam rever decisões do STF sobre inconstitucionalidade de propostas de emendas à Constituição. O projeto ainda ainda precisa passar por outras instâncias do parlamento antes de se tornar lei.

O projeto acirrou o mal-estar entre Judiciário e Legislativo. Na avaliação do presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, a PEC do parlamentar petista "fragilizará a democracia" caso seja aprovada.

Por outro lado, a PEC 37 determina que o MP não poderá mais executar diligências e investigações criminais, apenas solicitar ações no curso do inquérito policial e supervisionar a atuação da polícia. A proposta foi aprovada em novembro por uma comissão especial da Câmara dos Deputados.

“Se a PEC [37] for aprovada, a corrupção e a impunidade terão muitos motivos para comemorar. Acho que corrupção e impunidade farão uma grande festa comemorando a aprovação da PEC 37”, ironizou Gurgel.

Gurgel enfatizou que os interesses que estão por trás da PEC 37 “vão muito além da questão corporativa da polícia”. “Os interesses que estão por trás [da proposta] são precisamente de algumas pessoas que não gostam de ver o Ministério Público como uma instituição independente, como uma instituição dotada das ferramentas necessárias a cumprir plenamente a sua função”, completou.

Política

Moraes informa que X depositou R$ 28,6 Milhões em conta incorreta para multas e pede regularização

Após plataforma citar pagamento e pedir desbloqueio, ministro do STF afirma que transferência não foi realizada corretamente para conta vinculada ao processo

04/10/2024 22h00

Ministro do Supremo, Alexandre de Moraes

Ministro do Supremo, Alexandre de Moraes Divulgação/ Agência Brasil

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 O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou nesta sexta-feira (4) que a rede social X (antigo Twitter) depositou R$ 28,6 milhões do pagamento de multas em uma conta errada e pediu a sua regularização.

Moraes disse que a transferência não foi realizada corretamente para a conta do Banco do Brasil vinculada ao processo, "em que pese sua existência ser de pleno conhecimento" da empresa de Elon Musk, segundo o ministro.

"Há, portanto, necessidade de regularização do depósito realizado pela X Brasil internet Ltda para que haja o efetivo e integral adimplemento das multas", afirmou Moraes.
Em petição enviada ao STF nesta sexta-feira (4), o X informou que o pagamento foi realizado por meio de documento para os depósitos judiciais ou extrajudiciais na Caixa Econômica Federal.

O ministro também determinou que a Caixa Econômica Federal proceda a transferência imediata do valor para a conta do Banco do Brasil.
Além disso, que a secretaria judiciária certifique nos autos o cumprimento integral do pagamento das multas e o efetivo depósito na conta vinculada aos autos.

A plataforma havia protocolado as informações em petição na corte, com o comprovante do pagamento, e solicitou novamente o desbloqueio do acesso à rede no Brasil.
No documento, a defesa argumentou que, apesar de pagar a multa, não teve a intenção de burlar o bloqueio determinado por Moraes nos dois dias em que a rede voltou a funcionar para alguns usuários do país, em setembro.

O X havia sido multado em R$ 18,3 milhões por ter descumprido decisões de derrubadas de perfil.

Esses valores chegaram a ser bloqueados por Moraes, como garantia de pagamento, tanto das contas da empresa como da Starlink, da qual Musk também é também acionista.
Mas a plataforma afirmou que pagaria integralmente a sanção, sem precisar usar recursos da empresa de internet via satélite.

A rede social também pagou outros R$ 10 milhões pelos dias em que a rede voltou a funcionar no Brasil. Moraes entendeu que isso aconteceu em decorrência de uma manobra da plataforma.

Além disso, a empresa irá bancar uma multa de R$ 300 mil aplicada à sua representante legal, Rachel de Oliveira Villa Nova Conceição.
Desde a segunda metade de setembro, a rede social tenta retomar suas atividades no país. O X saiu do ar no Brasil no fim de agosto, por ordem de Moraes, após se recusar a indicar um representante legal.

A plataforma posteriormente recuou e, na semana passada, enviou procurações e alterações contratuais que oficializam a advogada Villa Nova como sua representante no Brasil novamente.

O X disse ainda que ela vai despachar em "escritório físico em endereço conhecido", onde "poderá receber citações e intimações".

A mudança de postura da plataforma se deu após a Starlink começar a sofrer problemas operacionais no Brasil com o bloqueio de suas contas por decisão do STF.
Os impactos à empresa e a pressão de acionistas são apontados por pessoas ligadas ao X como os principais motivos que explicam o recuo de Musk no embate com Moraes.
 

*Informações da Folhapress 

LEI SECA

Veja municípios onde consumo de bebidas alcoólicas será proibido nas eleições

Tribunal Regional Eleitoral de MS não emitiu portaria para todo o Estado e deixou a decisão de decretar a Lei Seca a cargo de cada município; Veja onde foi decretado a Lei Seca

04/10/2024 17h29

Consumir cerveja em público está proibido em alguns municípios no dia da eleição

Consumir cerveja em público está proibido em alguns municípios no dia da eleição Arquivo

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O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE/MS) não emitiu portaria decretando Lei Seca no período de eleições em todo o Estado neste ano. Dessa forma, a decisão sobre proibir a venda e consumo de bebidas alcóolicas ficou a cargo dos juízes de cada zona eleitoral.

Atá a tarde desta sexta-feira (4), sete municípios de Mato Grosso do Sul emitiram portarias com a proibição.

O descumprimento da determinação, nos locais onde ela estará vigente, caracterizará a prática do crime de desobediência, previsto no Código Eleitoral.

Os municípios de Mato Grosso do Sul onde estará em vigor a proibição são:

  • Brasilândia
  • Santa Rita do Pardo
  • Ribas do Rio Pardo
  • Rio Brilhante
  • Nova Alvorada do Sul
  • Jardim
  • Guia Lopes da Laguna

Na 41ª Zona Eleitoral, que compreende os municípios de Brasilândia e Santa Rita do Pardo, o consumo de bebidas alcoolicas será proibido da meia noite até às 16h de domingo, em bares, restaurantes, conveniências, lanchonetes, trailers, hotéis e demais estabelecimentos comerciais e similares, bem como em locais abertos ao público.

Já em Rio Brilhante e Nova Alvorada do Sul, a proibição começa às 23h do sábado (3) e vai até às 20h do domingo, conforme determinação do Juiz Eleitoral da 11ª Zona Eleitoral.

O mesmo horário vale para Jardim e Guia Lopes da Laguna, na 22ª Zona Eleitoral.

Importante ressaltar que, em todo o Estado, a população que se apresentar publicamente em estado de embriaguez constitui contravenção penal, enquanto quem promover desordem que prejudique os trabalhos eleitorais é crime.

Lei Seca

A proibição do consumo de bebidas alcoólicas durante as eleições é decidida localmente pelas autoridades de segurança pública e eleitorais.

O objetivo de garantir a ordem no dia das eleições, propiciando a segurança da população que comparacer aos colégios eleitorais.

Segundo as portarias do TRE/MS, o consumo de bebidas alcoólicas no dia das eleições, comumente, “acarreta transtornos e compromete a boa ordem dos trabalhos eleitorais e o exercício democrático do voto”.

Ainda segundo a determinação, nas eleições anteriores, a lei seca se mostrou eficaz para a garantia da ordem pública, principalmente nos locais de votação e logo após a apuração dos resultados.

As medidas são válidas para o primeiro turno das eleições. Caso haja segundo turno, pode haver a publicação de novas portarias. 

O primeiro turno das eleições será no dia 6 de outubro, das 7h às 16h, no horário local de Mato Grosso do Sul. Os eleitores devem votar para vereador e prefeita.

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