Política

Política

Justiça manda despejar ex-prefeito de Campo Grande

Foi fixado o prazo de 15 dias para que Alcides Bernal desocupe a propriedade voluntariamente, sob pena de despejo forçado

Continue lendo...

O ex-prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal, por determinação da Justiça, será despejado de uma propriedade rural que arrendou em 2019, por ter deixado de pagar algumas parcelas.

O juiz também autorizou, com urgência, o envio de mandado para retirar o ex-prefeito do imóvel, estabelecendo o prazo de 15 dias para que ele deixe a propriedade voluntariamente. Caso contrário, a Justiça poderá forçar sua saída.

A decisão partiu da 2ª Vara Cível de Campo Grande, que julgou parcialmente procedente a ação de rescisão contratual movida por um idoso de 65 anos, analfabeto, que buscou apoio para recuperar a propriedade rural localizada em Sidrolândia.

Consta no processo que Bernal firmou contrato de arrendamento por cinco anos. Pelo acordo, ele pagaria R$ 3 mil por semestre, o equivalente a R$ 500,00 mensais, com início em 21 de janeiro de 2019.

No entanto, foi identificada uma inconsistência: embora o contrato previsse duração de cinco anos, a cláusula segunda afirmava que o término seria em 21 de janeiro de 2020, ou seja, antes do prazo acordado.

Como o idoso não sabe ler, ele teria acreditado que os pagamentos seriam feitos mensalmente. Além da suposta falta de pagamento, consta nos autos que Bernal também deixou débitos abertos, como uma conta de luz da propriedade.

O ex-prefeito efetuou o pagamento integral referente ao período de 21/01/2019 a 21/07/2019, quando o arrendamento foi firmado.

Após esse pagamento inicial, as seguintes parcelas foram quitadas com atraso:

De 21/08/2019 a 21/01/2020: paga em 06/02/2020

De 21/02/2020 a 21/07/2020: paga em 11/08/2020

"Já a parcela referente ao período de 21/08/2020 a 21/01/2021 ainda não foi paga, ou seja, está em atraso há quase quatro meses", consta no processo.

Sobre a alegação de que o idoso seria analfabeto e, por isso, o contrato não teria validade, o juiz Juliano Rodrigues Valentim entendeu que não havia provas suficientes dessa condição.

Por outro lado, como o ex-prefeito não apresentou comprovantes de pagamento dos valores devidos entre julho de 2020 e janeiro de 2021, o juiz considerou que houve inadimplência.

Decisão

Diante dos fatos, a sentença determinou a rescisão do contrato, o despejo do ex-prefeito e a reintegração da posse do imóvel ao idoso.

Bernal foi condenado a pagar as parcelas vencidas até a desocupação, com correção monetária pelo IPCA, juros de 1% ao mês e multa contratual de 10%.

Por outro lado, a Justiça negou os pedidos de indenização por:

  • Perdas e danos
  • Lucros cessantes
  • Multa penal compensatória
  • A recusa ocorreu por falta de provas de prejuízos adicionais ou depredações na fazenda.

Pendências financeiras

Em julho deste ano, Alcides Bernal teve sua casa levada a leilão por causa de uma dívida de pensão que ultrapassa R$ 112 mil. A sentença é da 1ª Vara da Família e Sucessões de Palmas (TO), onde reside o filho do ex-prefeito.

De acordo com o processo, enquanto ainda era prefeito, Bernal firmou acordo com o filho em ação que tramitou em Campo Grande. Ficou estabelecido que o valor de três salários mínimos seria descontado diretamente dos seus vencimentos, incluindo o 13º, e depositado na conta do filho.

Assine o Correio do Estado

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

Continue Lendo...

Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

Assine o Correio do Estado

 

ACEITOU

Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

Continue Lendo...

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).