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Kassab critica Eduardo Bolsonaro por sua defesa ao tarifaço dos EUA: 'totalmente inadequada'

Eduardo vive nos Estados Unidos desde o início do ano, e afirma trabalhar junto de autoridades estrangeiras para pressionar o Judiciário e o governo brasileiro a reverter o julgamento da ação penal do golpe

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O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, criticou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por defender as tarifas de 50% impostas pelo governo dos Estados Unidos aos produtos brasileiros. Para o dirigente da sigla, a postura do filho de Jair Bosonaro (PL) é "totalmente inadequada" e um "grande erro". A avaliação de Kassab foi feita durante entrevista ao Canal Livre, da Band, que foi ao ar na noite deste domingo, 10.

"Acho que o grande erro do Eduardo Bolsonaro tem sido se colocar em solidariedade ao tarifaço. Isso para um brasileiro e para um deputado federal é totalmente inadequado" diz Kassab. "Na hora em que ele não se alinha àqueles que defendem os interesses do Brasil, é um erro muito grande".

Eduardo vive nos Estados Unidos desde o início do ano, e afirma trabalhar junto de autoridades estrangeiras para pressionar o Judiciário e o governo brasileiro a reverter o julgamento da ação penal do golpe, na qual seu pai é réu por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Kassab também criticou o uso da Lei Magnitsky para tentar pressionar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento. Para o líder do PSD, a sanção é "uma arma muito poderosa que não foi feita para isso".

Ao ser questionado sobre a prisão domiciliar de Bolsonaro por descumprimento de medidas cautelares, Kassab diz ter receio de gerar novas retaliações dos Estados Unidos. O dirigente também mencionou as ameaças da embaixada norte-americana a Moraes e a seus 'aliados'.

Na última quinta-feira, 7, o órgão replicou uma mensagem do subsecretário de Diplomacia Pública dos EUA, Darren Beattie afirmando estar "monitorando a situação de perto" e deixou um recado para quem "apoiar ou facilitar" as condutas do magistrado "Estão avisados", diz a publicação no X (antigo Twitter).

"O principal assistente do secretário de Estado americano fez chegar, através da embaixada americana, um comunicado em que ele faz ameaças grandes e graves. Eu tenho receio e acho que todo o brasileiro deverá ter porque foi feita uma ameaça", disse Kassab

Kassab também menciona que pode haver justificativas técnicas para a colocação de uma tornozeleira eletrônica no ex-presidente bem como para sua prisão domiciliar, mas que o ambiente político pode não ser o mais adequado para essas ações contra Bolsonaro no momento.

"Conversando com constitucionalistas sobre o tema, eles dizem que existem vírgulas na Constituição que justificam essa tornozeleira, mas existem vírgulas na política - e falo eu - que não justificam", disse ele na entrevista.

O presidente do PSD também comentou sobre a ocupação da mesa da Câmara por deputados da oposição esta semana. "A ocupação da mesa de uma maneira inadequada não contribui em nada para melhorar a péssima imagem do nosso Legislativo. Isso está criando um afastamento da sociedade, da política, que é muito ruim", criticou.

Eleições 2026

O dirigente do PSD falou na entrevista sobre os cenários eleitorais no próximo ano. Kassab avalia que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é um possível, e único, candidato de centro-direita na eleição presidencial de 2026.

Na visão do ex-ministro e Secretário de Governo e Relações Institucionais do Estado de São Paulo, Tarcísio pode ser pré-candidato se houver um cenário favorável politicamente.

"O Tarcísio é muito bem avaliado em São Paulo. Para ele deixar de lado uma provável reeleição, é por conta de uma situação muito favorável para ele se eleger presidente da República e também por conta de um chamamento muito expressivo das lideranças do Brasil no campo da política, empresarial, cultural ..", disse.

"Isso acontecendo, e existe esse movimento, ele será praticamente o candidato único da centro-direita. Ele não vai se apresentar como pré-candidato em uma condição que surja muitas dúvidas quanto a sua eleição", completou.

Os governadores do Paraná e Rio Grande do Sul, Ratinho Jr. e Eduardo Leite, respectivamente, também foram citados por Kassab, como opções para políticos que representem o PSD na corrida presidencial, mas ele afirmou que "não haverá nenhum problema em compor com o Tarcísio, caso ele entenda que o melhor para o Brasil seja a sua candidatura".

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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