Política

Programa MS de Integridade

Em Campo Grande, ministro lança 2ª fase do programa de combate à corrupção e desvios de conduta

Também foi lançado o Programa de Integridade Municipal que capacitarão agentes públicos municipais

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Ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Wagner de Campos Rosário visitou Campo Grande para participar do lançamento da segunda etapa do "Programa MS de Integridade", criado para eliminar riscos de corrupção e desvios de conduta.

O projeto começou a ser implementado há dois anos e meio, através do Decreto n° 15.222, e agora entra na fase de acompanhamento efetivo dos planos de ação.

De acordo com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que também esteve no lançamento, na primeira fase foi feito um trabalho com as secretarias estaduais, autarquias, fundações, controlado pelo CGU.

Na segunda fase, o objetivo é ampliar ainda mais a transparência, legalidade e publicidade dos atos que são feitos, e treinamento com as equipes de gestão de cada uma das secretarias.

Para esclarecer como funciona o trabalho do programa, o ministro Campos Rosário disse que basta imaginar que esteja contratando uma empresa de um funcionário público, que queira se beneficiar dos gastos públicos. 

"Para que isso não aconteça, você implementa controles para evitar que isso aconteça, como cruzamento de bases de dados de servidores com aquelas pessoas que estão licitando. Assim você identifica se um servidor público utiliza a máquina pública para se enriquecer", esclareceu.

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Assim como rastrear uso do dinheiro público, o cruzamento de dados também pode ser usado para identificar outras irregularidades, como nepotismo ou benefício social pago erroneamente.

"Então, para a população entender, são uma série de medidas internas que procuram evitar que os problemas aconteçam e, mais do que isso, entendendo os problemas e criando medidas preventivas para que eles não voltem a ocorrer", completou o ministro.

O programa ocorre em vários estados brasileiros e está em diferentes níveis em cada um deles. 

"Quanto mais controle interno, mais transparência. Com melhor resultado de boas práticas que você tiver nas contratações do setor público, você tem um resultado maior em devolver mais para toda a sociedade", afirmou Azambuja.

Programa de Integridade Municipal (PIM)

A Controladoria-Geral do Estado e o Tribunal de Contas do Estado capacitarão agentes públicos municipais, para que possam implementar programas de integridade em seus municípios, respeitando as peculiaridades locais. 

O objetivo do PIM é contribuir para a melhoria das gestões públicas municipais com a transferência de conhecimentos.

Ele é voltado aos servidores públicos e se divide em três fases. A primeira delas é a mobilização dos servidores,  com inscrições abertas de hoje ao dia 30 de novembro.

As aulas serão realizadas nos dias 15 e 16 de dezembro, das 6h às 8h. Inscrições podem ser feitas pelo e-mail [email protected].

*Colaborou Naiara Camargo

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ACEITOU

Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

Espera

Motta aguarda assessoria jurídica da Câmara para definir posse de suplente de Zambelli

Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli

13/12/2025 21h00

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta Foto: Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), espera uma resposta da assessoria jurídica da Casa para definir o destino do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) até segunda-feira, 15.

A equipe de Motta afirmou à reportagem que a decisão deve tratar não necessariamente da cassação de Zambelli, mas da posse de Adilson Barroso (PL-SP). O prazo de 48 horas dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Câmara menciona especificamente a posse do suplente, não a cassação da titular.

A Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli. O colegiado também chancelou a determinação para que a Mesa da Câmara dê posse ao suplente da deputada em até 48 horas, como prevê o regimento interno da Casa.

A decisão anulou a deliberação da própria Câmara de rejeitar a cassação de Zambelli, o que foi visto como afronta ao STF. Foram 227 votos pela cassação, 170 votos contrários e dez abstenções. Eram necessários 257 votos para que ela perdesse o mandato.

Moraes disse em seu voto que a deliberação da Câmara desrespeitou os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, além de ter "flagrante desvio de finalidade".

O ministro afirmou que a perda do mandato é automática quando há condenação a pena em regime fechado superior ao tempo restante do mandato, já que o cumprimento da pena impede o trabalho externo.

Nesses casos, cabe à Casa legislativa apenas declarar o ato, e não deliberar sobre sua validade.

O STF condenou Zambelli em maio pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena é de 10 anos de prisão em regime inicial fechado, e tem como resultado a perda do mandato na Câmara.

A deputada, no entanto, fugiu do País antes do prazo para os recursos. Ela hoje está presa preventivamente na Itália, e aguarda a decisão das autoridades italianas sobre a sua extradição.

A votação em plenário na madrugada da quinta-feira, 11, contrariou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que, na tarde desta quarta-feira, 10, tinha aprovado a cassação.

Zambelli participou por videoconferência da deliberação da CCJ e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. "É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação", disse.

No plenário, a defesa ficou com Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, que fez um apelo para demover os deputados. "Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas", afirmou. O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completou 18 anos nesta quinta-feira.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), discursou pedindo pela cassação. "Estamos aqui para votar pela cassação que já deveria acontecer há muito tempo", disse.

O PL trabalhou para contornar a cassação, para esperar que Zambelli perca o mandato por faltas. Pela regra atual, ela mantém a elegibilidade nessa condição.

Caso tivesse o mandato cassado, ficaria o tempo de cumprimento da pena mais oito anos fora das urnas. Ela só poderia participar de uma eleição novamente depois de 2043. Estratégia similar foi feita com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deverá ter a perda do mandato decretada pela Mesa Diretora.

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