Política

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Loucas por sapatos

Loucas por sapatos

Redação

15/03/2010 - 22h50
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Na década de 1980, uma cena circulou pelo mundo: a coleção de sapatos de Imelda Marcos. As câmeras registraram os aposentos da ex-primeira-dama das Filipinas, logo depois que seu marido, o ditador Ferdinand Marcos, fora deposto. Foram encontrados cerca de 3 mil sapatos nos quartos da mansão presidencial. Imelda levou ao extremo algo comum de ser observado: as mulheres, de modo geral, não se contenta com pouco quando o assunto é calçado. Segundo a administradora de empresa catarinense Vanessa Tobias, que fez pesquisa em vários estados ouvindo 518 mulheres, em média, cada uma tem no seu armário cerca 32 sapatos. “Isso independente do nível social. Há casos de mulheres que chegam a ter mais de 200, mas são exceções, assim como aquelas que tem 10, mas a grande maioria tem mais 30”, aponta Vanessa, que fez a pesquisa para dissertação de mestrado. A jornalista Elaine Prado Bechuate, 23 anos, não foi entrevistada por Vanessa, mas poderia, já que suas respostas se encaixariam com precisão aos números obtidos na pesquisa. “Não sei ao certo quantos sapatos tenho, mas, com certeza, são mais de 30 pares. Sou compulsiva quando o assunto é sapato, já cheguei a comprar 5 numa ú n ic a vez , m a s quero esclarecer que depois fiquei muito tempo sem comprar”, defende- se de possível crítica quant o a o hábito consumista. Outra que poderia se enquadrar no perfil detectado pela administradora é a comerciante Aline Alves Marques de Souza, 28 anos. “Passo pela vitrine, se me atrai, compro. Acho o sapato um acessório indispensável e tem que agradar totalmente.Tenho esse fascínio desde a adolescência”, aponta Aline. Foi nesta mesma fase que os sapatos começaram a chamar atenção da advogada Sandrelena Sandim Silva. “Depende da época, compro mais ou compro menos. Não contabilizei quantos tenho no momento, mas deve estar na casa dos 40”. Diz que chegou comprar duas cores diferentes do mesmo modelo e também, assim como as outras entrevistadas, tem a impressão, de que mesmo com grande quantidade de sapatos, na hora de sair, não tem um adequado para o momento. “Isso sempre acontece”, enfatiza. “Com certeza, na hora de sair, muitas vezes, parece que não tem nenhum que vai combinar”, avalia Elaine. No caso dela, outro aspecto chama atenção. “Cheguei a comprar um sapato que somente fui usar quase dois anos depois. Não é difícil acontecer situações desse tipo comigo”. Aline tem 15 sapatilhas coloridas e diz que quando tiver sua filha acha que passará o gosto pelos sapatos. “Já ficou olhando nas lojas sapatos pequenos que ela poderia usar”. A administradora Vanessa diz que o gosto por sapatos também é hereditário. “Minha mãe é uma grande consumidora de sapatos, peguei o gosto. A pesquisa iniciou por minha causa mesmo. Queria entender o meu comportamento com relação aos calçados”. Para ela, as mulheres criam “visões” sobre si mesmas, nas quais idealizam uma situação perfeita e o sapato participa desse processo. “O sapato traz muitas emoções. O mais interessante é a porta para essas emoções pode ser facilmente adquirido em qualquer loja. Se não tem dinheiro para adquirir à vista, a mulher pode fazer à prestação. O apelo dele e muito rápido”, observa Vanessa. O coordenador técnico da Unidade Senac Beleza e Moda e consultor, Julian Medina, diz que a indústria se aproveita desta situação e sempre coloca à disposição do público feminino várias tendências. “O sapato faz parte da natureza da mulher e as indústrias sabem como atuar no desejo delas, lançando sempre novos produtos. A bolsa também é acessório que as mulheres têm fixação”. Julian acredita que o sapato valoriza a imagem da mulher. “Uma roupa usada com sapato novo possibilita um bom ‘look’, mas o contrário não fica bem”, sentencia. Para o designer brasileiro Fernando Pires, o universo dos contos de fadas é o maior culpado por essa obsessão das mulheres. “Desde criança, as mulheres descobrem que, junto com o sapatinho de cristal e o salto alto, vem um príncipe encantado e um castelo”, brinca Pires. A jornalista italiana Paola Jacobbi avalia que, num universo individualista como o da moda, o sapato foge ao padrão estabelecido. “O calçado é democrático, não põe em discussão o corpo. Calçam as gordas, magras, feias ou bonitas, supermodelos ou meras mor t a i s. Você pode se encaixar em qualquer padrão e ter o sapa- to que bem entender”, finaliza.

REGULARIDADE

Prazo de justificativa para eleitor que não votou vai até 7 de janeiro

Justificativa pós-eleição pode ser feita presencialmente, no cartório eleitoral, ou online por meio do aplicativo para smartphones, o e-Título da Justiça Eleitoral ou pela internet

02/01/2025 13h30

Justificativa vale para quem tem a obrigação de votar, porém não compareceu às urnas.

Justificativa vale para quem tem a obrigação de votar, porém não compareceu às urnas. Gerson Oliveira/Correio do Estado

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O prazo para que o eleitor que não votou no segundo turno das eleições municipais de 2024 justifique a ausência terminará na próxima terça-feira (7).

O segundo turno do pleito ocorreu em 27 de outubro, em 51 municípios do país, sendo 15 capitais.

A justificativa vale para quem tem a obrigação de votar, porém não compareceu às urnas. No Brasil, o voto é obrigatório para maiores de 18 anos e é facultativo para pessoas com idade entre 16 e 18 anos, maiores de 70 anos e também para analfabetos.

Cada turno eleitoral é considerado uma eleição independente pela justiça eleitoral, para efeito de comparecimento. Por isso, o eleitor deverá justificar separadamente o não-comparecimento em cada um dos turnos.

Como justificar

A justificativa pós-eleição pode ser feita presencialmente, no cartório eleitoral, ou online por meio do aplicativo para smartphones, o e-Título da Justiça Eleitoral ou pela internet.

O eleitor que estiver com o título eleitoral regular ou o mesmo suspenso poderá justificar a falta pelo e-Título. No app, o eleitor faltoso deve acessar o link ‘Mais opções’, selecionar o local do pedido de justificativa de ausência e preencher o formulário com os dados solicitados.

Então, será gerado um código de protocolo para que a pessoa possa acompanhar o andamento da solicitação. O requerimento será transmitido à zona eleitoral responsável pelo título de eleitor para a devida análise. Após a decisão sobre a aceitação ou não da justificativa, o cidadão será notificado. 

Outro modo de justificar a ausência ao pleito é pelo site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na página eletrônica de Autoatendimento Eleitoral. É preciso informar o número do título eleitoral, do Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou o nome, a data de nascimento e o nome da mãe (caso conste).

O internauta poderá acompanhar o andamento do pedido encaminhado à Justiça Eleitoral no mesmo endereço virtual.

Os dados informados devem coincidir com os do cadastro eleitoral. Se o sistema não reconhecer os dados digitados, o eleitor deverá contatar a zona eleitoral responsável pelo título para esclarecimentos.

E se o eleitor preferir justificar a ausência ao pleito presencialmente, deverá se dirigir ao cartório eleitoral mais próximo, preencher o formulário deRequerimento de Justificativa Eleitoral (pós-eleição) e entregá-lo no ou enviá-lo via postal à autoridade judiciária da zona eleitoral responsável pelo título.

Assim que for aceita, a justificativa será registrada no histórico do título de eleitor.

Ausência ou negativa

A ausência injustificada às urnas resulta em sanções ao eleitor que faltou às eleições municipais.

Entre elas, está o pagamento da multa de R$ 35,13 imposta pela Justiça Eleitoral.

De acordo com a resolução-TSE 23.659/2021, o cidadão que declarar estado de pobreza ficará isento do pagamento da multa por ausência às urnas.

Após 7 de janeiro, na página Quitação de Multas, os eleitores podem consultar seus débitos e emitir a Guia de Recolhimento da União (GRU) para quitação de multas eleitorais decorrentes de ausência às urnas e/ou aos trabalhos eleitorais.

Além da multa, quem não compareceu à seção eleitoral no segundo turno do pleito de 2024 e não justificou a ausência ficará impedido de tirar o passaporte e a carteira de identidade; renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo; inscrever-se em concurso público e tomar posse em cargo público; receber remuneração em função pública, entre outras restrições.

No caso de o eleitor ter feito o pedido de justificativa de ausência a um dos turnos da eleição municipal de 2024 e a motivação não ser aceita pelo juízo eleitoral, será arbitrado o valor da multa pelo magistrado da justiça eleitoral.

Se o título estiver na situação de "cancelado", devido a três ausências consecutivas injustificadas às eleições, além de pagar as multas devidas, é necessário solicitar uma revisão ou uma transferência de domicílio para regularizar a situação.

 

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100% FEMININO

Prefeita de Bataguassu nomeia somente mulheres no secretariado

Mulherada vai comandar as oito secretarias do município na gestão 2025-2028

02/01/2025 11h41

Prefeita de Bataguassu e secretárias

Prefeita de Bataguassu e secretárias DIVULGAÇÃO/Prefeitura de Bataguassu

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Bataguassu, município localizado a 310 quilômetros de Campo Grande, vive dias históricos na política.

Wanderleia Caravina (PSDB) tomou posse como a primeira mulher eleita prefeita na história do município, na manhã desta quarta-feira (1º), na Câmara de Municipal de Bataguassu, localizada na rua Recanto, número 82, Centro.

Em ato histórico, nomeou apenas mulheres para chefiar as oito secretarias do município para a gestão 2025-2028.

A intenção é promover a igualdade de gênero e a representatividade em sua gestão. A escolha de mulheres para todos os cargos de primeiro escalão reforça a proposta de uma gestão inovadora, inclusiva e comprometida com o desenvolvimento humano e social.

Veja quem são as mulheres que irão comandar as pastas do município:

  • Administração e Finanças: Rosemeire Guirado
  • Saúde: Aline Cauneto
  • Educação e Cultura: Nilza Primo
  • Infraestrutura: Eliane Souza
  • Assistência Social: Thais Thomazini
  • Meio Ambiente e Agricultura: Ana Laura Pereira Martins
  • Turismo e Desenvolvimento Econômico: Maria Elenir da Silva
  • Esporte e Lazer: Dayane Vidotto

Wanderleia foi eleita com 11.025 votos (75,81%) nas eleições municipais de 2024, realizada em 6 de outubro do ano passado. Seu vice é Cleyton Silva.

"Este é um momento de união e renovação. Assumo este desafio com muita humildade e determinação para trabalhar por uma Bataguassu melhor. Nossa administração será pautada na legalidade, no respeito ao dinheiro público e, acima de tudo, no cuidado com as pessoas. Nosso compromisso é resgatar a saúde de qualidade e investir de forma robusta na educação, pois acreditamos que estes são os pilares fundamentais para o desenvolvimento do nosso município", afirmou a chefe do executivo municipal em seu discurso de posse, realizado na manhã de quarta-feira (1º).

Wanderleia Caravina tem 57 anos e nasceu em 22 de setembro de 1967 em Alto Araguaia (MT). É esposa do deputado estadual de MS, Pedro Caravina. Possui ensino superior incompleto. É a primeira mulher eleita na história de Bataguassu.

Os vereadores eleitos, para o mandato 2025-2028, são Glauber da Karazawa (PSDB), Eliane (PSDB), Marcelo Goes (UNIÃO), Mauricio do XV (PSDB), Renatinho (PSDB), Nivaldo Reis (Republicanos), Nivaldo Marques (Podemos), Cesar Martins (MDB), Leandro Menezes (Podemos), Marcio da Farmácia (PP) e Professor Fábio (Podemos).

MULHERES NA POLÍTICA

Mato Grosso do Sul mais do que dobrou o número de mulheres eleitas prefeitas nas eleições de 2024.

Dos 79 municípios, 13 elegeram mulheres. O número ainda é baixíssimo, mas, aumentou em relação as eleições municipais em 2020, quando apenas cinco figuras femininas foram eleitas.

Confira as mulheres eleitas prefeitas em MS em 2024:

Aral Moreira

  • Dra. Elaine (MDB) - 54,80%

Campo Grande

Adriane Lopes (PP) - 51,45%

Água Clara

Gerolina Alves (PSDB) - 74,82%

Bodoquena

Girleide (MDB) - 73,97%

Bataguassu

Wanderleia Caravina (PSDB) - 75,81%

Brasilândia 

Márcia Amaral (PSDB) - 61,30%

Caarapó

  • Professora Lurdes (PL) - 55,33%

Coronel Sapucaia

  • Niágara Kraievski (PP) - 42,10%

Douradina

  • Nair Branti (PSD) - 53,96%

Eldorado

  • Fabiana (PP) - 51,37%

Jateí

  • Cileide Cabral (PSDB) - 50,05%

Mundo Novo

  • Rosária (PSDB) - 56,18% 

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