Política

após impeachment

Mercosul suspende Paraguai

Mercosul suspende Paraguai

g1

29/06/2012 - 15h51
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O Mercosul decidiu suspender temporariamente o Paraguai até as novas eleições presidenciais do país e afirmou que a Venezuela será incorporada ao bloco como "membro de pleno direito" em 31 de julho.

O anúncio foi feito pela presidente da Argentina, Cristina Kirchner, ao fechar o encontro de cúpula do bloco na cidade argentina de Mendoza.

O Mercosul "suspendeu temporariamento o Paraguai até que se leva a cabo o processo democrático que novamente instale a soberania popular" no país, disse a presidente argentina.

As medidas contra o Paraguai ocorrem em resposta ao processo de impeachment do presidente Fernando Lugo, ocorrido na semana passada e que foi repudiado pelos países sul-americanos.

O Mercosul confirmou o que havia sido adiantado na véspera pelo chanceler brasileiro, Antonio Patriota, suspendendo o Paraguai, mas sem aplicar sanções econômicas que pudessem castigar a população.

Nenhum representante do novo governo paraguaio, agora presidido por Federico Franco, ex-vice de Lugo, participou da cúpula.

Política

Camila Jara aciona PGR contra Jair e Eduardo Bolsonaro por crimes militares

Deputada defende responsabilização de pai e filho por articulação de sanções internacionais contra o Brasil

11/07/2025 14h00

Deputada federal Camila Jara

Deputada federal Camila Jara Foto: Divulgação

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A deputada federal Camila Jara, ao lado dos deputados Dorinaldo Malafaia (PDT/AP), Duarte Jr (PSB/MA) e Duda Salabert (PDT/MG) protocolou, nesta quinta-feira (10), uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro por possíveis crimes militares e ações que colocam em risco a soberania nacional.

A denúncia aponta que os dois atuaram na articulação de sanções internacionais contra o Brasil, culminando no anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A representação tem como base o Código Penal Militar e o Código Penal Comum, e cita crimes como provocação a país estrangeiro, entendimento para gerar conflito internacional e tentativa de submeter o território nacional à influência externa. Para os parlamentares, a conduta dos dois representa uma grave ameaça às instituições brasileiras e não pode passar impune.

“É inadmissível que pessoas usufruam do estado para prejudicar o Brasil, especialmente políticos que se dizem patriotas. A tarifa de 50% imposta por Donald Trump é uma tentativa explícita de interferência em nosso país, uma afronta ao Judiciário e ao povo brasileiro. Nossa economia, as exportações e o poder de compra das famílias serão diretamente impactados por esse capricho político dos bolsonaristas”, explica Camila Jara em nota. 

Além da representação criminal, o grupo também encaminhou um ofício ao Ministério das Relações Exteriores (MRE), cobrando providências diplomáticas diante da ameaça feita por Trump, motivada por pressões de brasileiros no exterior contra o Supremo Tribunal Federal. Eduardo Bolsonaro, inclusive, afirmou publicamente que se mudou para os Estados Unidos com o objetivo de buscar sanções contra ministros do STF, atitude que já está sob investigação do Supremo no Inquérito 4995.

A carta enviada por Trump ao presidente Lula, no último dia 9 de julho, oficializa a aplicação da tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros, e exige o fim dos processos contra Jair Bolsonaro. Para Camila, o episódio apresenta grandes riscos para a população brasileira.

“Bolsonaro, que se autoproclamava defensor da pátria, age de forma oposta: em vez de proteger os interesses nacionais, está sacrificando o agronegócio e outros setores estratégicos para atender aos seus próprios interesses egoístas.”, disse a deputada. 

Saiba 

As sanções dos EUA ao Brasil durante o governo de Donald Trump foram um tema controverso e complicado. Embora o Brasil não tenha sido alvo direto de sanções significativas como outros países, o governo Trump, de fato, utilizou várias medidas econômicas e políticas que afetaram a relação bilateral entre os dois países, algumas das quais poderiam ser interpretadas como sanções ou pressões.

Trump sempre enfatizou a importância de reduzir o déficit comercial dos EUA com outros países, e isso afetou diretamente a relação com o Brasil. Embora o Brasil não tenha sido alvo de tarifas especificamente em relação a outros países, o governo Trump impôs tarifas sobre aço e alumínio de várias nações, incluindo o Brasil. Isso gerou tensões e levou o Brasil a tentar negociar isenções, embora em alguns casos não tenha sido bem-sucedido.

Em 2018, os EUA impôs tarifas de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio importados de vários países, incluindo o Brasil. Esse movimento causou uma pressão econômica significativa, já que o Brasil é um grande exportador de aço e alumínio. O país teve que negociar com os EUA para tentar reverter essas tarifas, que afetaram negativamente algumas indústrias brasileiras.

Em outro momento, o presidente americano, que tinha uma postura bastante cética em relação ao meio ambiente, foi crítico sobre a preservação da Amazônia, mas ao mesmo tempo, o governo Bolsonaro (do qual Trump apoiou algumas ações) tentou alinhar-se com os EUA. A pressão internacional, sobre as políticas ambientais do Brasil, também gerou tensões, especialmente no contexto das políticas ambientais de Bolsonaro que resultaram em aumento do desmatamento da Amazônia.

O governo Trump demonstrou apoio ao governo Bolsonaro, o que, de certa forma, trouxe uma espécie de "aliança ideológica". A parceria foi vista por alguns como uma forma de pressão do lado dos EUA para que o Brasil adotasse políticas mais alinhadas com os interesses americanos, especialmente em relação à economia e à política externa. 
 

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em cima do muro

Tucano, Riedel foge da polêmica sobre tarifaço de Trump

De olho nas urnas em 2026, o governador disse que nem mesmo ficou surpreso com a taxação e assim tentou agradar bolsonaristas ou lulistas

11/07/2025 11h29

Durante coletiva na manhã desta sexta-feira, Eduardo Riedel (PSDB) dedicou apenas 70 segundos ao tema do tarifaço imposto por Donald Trump ao Brasil

Durante coletiva na manhã desta sexta-feira, Eduardo Riedel (PSDB) dedicou apenas 70 segundos ao tema do tarifaço imposto por Donald Trump ao Brasil Marcelo Victor

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Ao contrário da grande maioria dos políticos e dos brasileiros como um todo, o governador tucano Eduardo Riedel afirmou nesta sexta-feira (11) que não ficou surpreso com o tarifaço ou com a carta que o presidente dos Estados Unidos enviou ao Brasil “porque desde que o presidente Trump assumiu ele enviou para vários países e falou que iria enviar depois”.

Com esse discurso, Riedel tenta se desvincular do debate político e ideológico que tomou conta do tema depois que o próprio presidente dos Estados Unidos usou a suposta perseguição das autoridades brasileiras ao ex-presidente Jair Bolsonaro como uma das razões para aplicar o tarifaço às exportações brasileiras a partir de primeiro de agosto.  

Mas, pelo menos no que se refere aos efeitos econômicos do tarifaço, o governador candidato à reeleição em 2026 e de olho no voto de lulistas e bolsonaristas tem a mesma opinião dos demais brasileiros.

“É muito ruim para o Brasil. O Mato Grosso do Sul é afetado diretamente. Ano passado nós exportamos 700 milhões de dólares aos Estados Unidos, um pouco menos que isso. Entendo que a gente tenha que usar o caminho da negociação diplomática. Ele tem feito isso com vários paceiros”, afirmou Riedel.

Desse modo, ele evita relacionar o tarifaço a uma possível pressão de Bolsonaro e seus aliados sobre o Governo dos Estados Unidos, livrando-os da pecha de traidores da pátria, e ao mesmo tempo evita jogar a culpa no Governo Lula. 

Além de ignorar o fato de o presidente Trump ter citado a questão da “caça às bruxas”, referindo-se à suposta perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro, Riedel também ignorou o fato de o Brasil ter sido alvo da maior tarifa entre todos os países taxados nesta semana. 

E para continuar agradando gregos e troianos, ao longo dos exatos 70 segundos que dedicou ao tema que está tomando conta do país desde quarta-feira, o governador também evitou críticas ao próprio Trump, apesar de lembrar que o Brasil tem déficit na balança comercial com os Estados Unidos. 

Riedel enfatizou que os norte-americanos, apesar de importantes parceiros comerciais de Mato Grosso do Sul, representaram apenas 6% das exportações no primeiro semestre de 2025 (US$ 315 milhões). Enquanto isso, a China foi destino de 47% (R$ 2,48 bilhões). 
 
 

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