Política

Assassinato

Ministros de Lula prestam solidariedade a Anielle Franco e cobram esclarecimento do crime

Agora, autoridades cobram respostas para a motivação do crime

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Os Ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram às redes neste domingo, 24, comentar os recentes desdobramentos sobre o caso do assassinato na vereadora Marielle Franco. Em grande parte, o primeiro escalão do governo prestou solidariedade à colega Anielle Franco, irmã de Marielle e ministra da Igualdade Racial. Agora, autoridades cobram respostas para a motivação do crime.

O ministro da Relações Institucionais, Alexandre Padilha, comentou que a "altivez" de Anielle e de sua mãe, Marinete Silva, "reafirma duas coisas: resiliência e esperança andam juntas; e política, instituições e milícias nunca poderiam sequer se encontrarem, nunca isso deveria ser naturalizado por ninguém", comentou.

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, destacou a importância das investigações que levaram à prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), do irmão dele Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, e do ex-chefe de Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa. "Um abraço apertado para minha amiga", escreveu. "Seguimos juntas nesse brado por justiça".

Carlos Lupi, ministro da Previdência Social, também expressou sua solidariedade à família da vereadora. "O nosso Rio não pode ser considerado terra da milícia e da impunidade", afirmou. O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, disse que o crime "escancarou a violência política contra uma mulher que lutava bravamente pelas comunidades do Rio de Janeiro".

Márcio Macêdo, Chefe da Secretaria-Geral da Presidência, também comentou sobre a prisão dos suspeitos, mas cobrou mais esclarecimentos sobre o caso. "Por que mataram Marielle? A resposta pode elucidar muitas coisas no Rio de Janeiro e no Brasil ", afirmou. Na mesma linha, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, escreveu que "finalmente começamos a ter respostas para esse crime covarde".

Já Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário, questionou: "Por que será que o crime que matou Marielle e Anderson Gomes não foi esclarecido no governo Bolsonaro?"

Operação Murder Inc

Por ordem do STF, a Polícia Federal deflagrou nesta manhã a Operação Murder Inc, que prendeu de forma preventiva Chiquinho Brazão, seu irmão Domingos, e o ex-chefe de Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa. Quem autorizou a operação foi o ministro Alexandre de Moraes, integrante da Corte, que assumiu recentemente o caso Marielle.

A prisão dos suspeitos ocorreu após o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciar a homologação da delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, apontado como o responsável por executar os assassinatos, em março de 2018. O caso foi federalizado e passou a ser de responsabilidade do STF após Lessa citar o deputado Chiquinho Brazão, que tem foro privilegiado.

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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