Política

FATIA PEQUENA

MS fica com 0,56% de verbas da União

MS fica com 0,56% de verbas da União

Clodoaldo Silva, de Brasília

27/12/2010 - 00h00
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O Estado de Mato Grosso do Sul ficará com apenas 0,56% do total destinado a investimentos no Orçamento-Geral da União de 2011. A peça orçamentária reservou R$ 63 bilhões para construção de rodovias, pontes, obras de saneamento, entre outros, porém o Estado terá direito a R$ 354 milhões para utilizar em 16 obras/atividades solicitadas pela bancada federal. O valor é inferior aos R$ 425,1 milhões deste ano.

Além do valor reduzido, há concentração de cerca de 30% do total na duplicação da BR-163, o que limita ainda mais os investimentos federais no Estado. A rodovia teve prioridade da bancada federal – são R$ 104 milhões - por ter sido incluída entre as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no Orçamento/2011, após ingerência do deputado federal Waldemir Moka (PMDB), que é o presidente da Comissão Mista do Orçamento.

Essa concentração de investimento aconteceu também porque há estudo detalhado sobre a viabilidade da BR, que tem fluxo de 27 mil veículos por dia, sendo 92% de caminhões, sendo responsável pelo escoamento da produção agropecuária do Estado.

Os outros R$ 250 milhões estão divididos em 15 emendas de bancada, segundo relatório da Comissão Mista do Orçamento aprovado na semana passada. São R$ 35 milhões para manutenção da BR-262; R$ 25 milhões para o Contorno Ferroviário de Três Lagoas; R4 12 milhões para implantação de infra-estrutura social produtiva em Dourados; R$ 25 milhões para entroncamento rodoviário da BR-163-Nova Andradina, na BR-376; R$ 10 milhões para readequação da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul); R$ 10 milhões para infraestrutura social e produtiva em Campo Grande; R$ 22 milhões para infraestrutura social e produtiva na faixa de fronteira; R$ 20 milhões para instalação de espaço culturais; R$ 10 milhões para Complexo Olímpico de Campo Grande; R$ 15 milhões obras no entroncamento das BRs 262, 163 e 419; R$ 20 milhões para obras de adequação da BR-262 no trecho urbano de Terenos; R$ 10 milhões para implantação de infraestrutura pesqueira e aquisição de máquinas agrícolas; R$ 21,1 milhões para manutenção de trechos da BR-163; e R$ 15 milhões para aquisição de equipamentos pelo Consórcio Cidema-Maracaju.

Ao somar todos estes investimentos, o Estado terá a sua disposição R$ 354 milhões, valor que representa meio ponto percentual do total no Orçamento destinado a investimentos, que totalizam R$ 170,8 bilhões, sendo que R$ 107 bilhões são investimentos das estatais. Os demais R$ 63 bilhões serão divididos entre os estados e a União, para que realizem obras.

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), principal carteira de projetos do governo, recebeu R$ 40,15 bilhões dos R$ 63 bilhões, após o corte de recursos durante a tramitação do Orçamento. O governo, porém, foi autorizado a elevar a verba ao seu valor inicial (R$ 43,52 bilhões), por meio de decreto. Para isso, terá que tirar recursos de despesas discricionárias – que não possuem vinculação legal a uma determinada área.

Emendas individuais
Somando os R$ 354 milhões com o valor das emendas individuais – são R$ 13 milhões para cada parlamentar -, o total de recursos federais para Mato Grosso do Sul em 2011 será de R$ 497 milhões.

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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