Política

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MS teve queda no registro de violência política nas eleições de 2024, diz Unirio

O Observatório da Violência Eleitoral e Política no Brasil apontou ainda que as eleições de 2022 foram mais violentas no Estado

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Levantamento inédito do Observatório da Violência Eleitoral e Política (Ovep), da Universidade do Rio de Janeiro (Unirio), apontou que os registros de violência política e eleitoral em Mato Grosso do Sul nas eleições municipais do ano passado caíram na comparação com o pleito de 2022.

De acordo com os dados obtidos pelo Correio do Estado junto ao Ovep, os números do Estado estão na contramão dos registrados no resto do território nacional, que tiveram aumento de 9,45%, saindo de 645 casos em 2022 para 706 casos no ano passado em 26 unidades da federação, enquanto em Mato Grosso do Sul teve queda de 26,31%, caindo de 19 para 14 casos.

No caso do Brasil, o registro de 706 casos de violência política em 2024 é o maior número da série histórica feita pelo Ovep, que monitora os casos desde 2020. Naquele primeiro ano, que também era de eleições municipais, foram registrados 235 casos no País.

No ranking dos estados mais violentos do Brasil para o exercício da política, Mato Grosso do Sul caiu do 11º para o 18º lugar de um pleito para o outro, cujo líder é São Paulo, com 111 casos, seguido por Rio de Janeiro, com 77, Bahia, com 65, Ceará, com 47, e Minas Gerais, com 41 casos.

Na Região Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul é o estado que menos registrou casos de violência eleitoral e política nas eleições do ano passado, tendo como líder o estado de Mato Grosso, com 27 casos. Em seguida, aparece Goiás, com 15 casos registrados. 

TIPOS DE VIOLÊNCIA

De acordo com os dados, entre o início das campanhas eleitorais e a realização do segundo turno das eleições do ano passado, os tipos de violência políticas e eleitorais registradas em Mato Grosso do Sul foram um assassinato, oito ameaças, uma agressão e quatro ofensas.

De acordo com Miguel Carnevale, pesquisador do Ovep, as eleições municipais, desde o início do levantamento, sempre concentram taxas mais altas de violência do que no pleito que escolhe deputados estaduais e federais, senadores, governadores e presidente da República. 

“Comparativamente, entre os anos de disputa de eleições, as municipais tendem a registrar mais episódios, e não só mais episódios em termos gerais. Elas tendem a registrar mais episódios especificamente contra candidatos e candidatas envolvidos no pleito em questão”, aponta.

Somente nesse período, foram 26 homicídios e 62 tentativas em todo o País. No entanto, a violência é um marco da política brasileira, independentemente de ser ou não ano eleitoral e da polarização. As eleições municipais, avalia o pesquisador, não tendem a ser afetadas pelo mesmo grau de polarização e disputa ideológica do pleito geral. 

“No Brasil, a forma de violência política que parece ser predominante é aquela calcada em disputas locais de pequenos municípios, disputas por poder econômico da região. Então, nós tivemos como evidência nesse último ciclo eleitoral uma manutenção da violência como um marco da política brasileira”, analisou.

Os homens são as maiores vítimas de violência política (68,9%), reflexo da maior representação de homens na ocupação de espaços públicos. As mulheres representam 31,1% das vítimas, porcentual superior à cota de 30% de candidaturas do sexo feminino exigida pela legislação. 

Para Carnevale, esses números da violência contra mulheres nas eleições demonstram que existe uma ação deliberada para impedir a entrada de lideranças femininas na política.

“A proporção de mulheres vitimadas é muito maior do que a proporção de mulheres com candidatura e, principalmente, de mulheres efetivamente eleitas”, finalizou.

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Política

PGR defende progressão de regime do hacker Delgatti em caso que envolve Zambelli e Moraes

Walter está preso por ter invadido o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a mando da então deputada Carla Zambelli

22/12/2025 21h00

Hacker Walter Delgatti na CPMI dos atos de 8 de Janeiro

Hacker Walter Delgatti na CPMI dos atos de 8 de Janeiro Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou nesta segunda-feira, 22, de forma favorável à progressão de regime prisional de Walter Delgatti, conhecido como hacker de Araraquara (SP), condenado a oito anos e três meses de prisão.

Delgatti está preso por ter invadido o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a mando da então deputada Carla Zambelli (PL-SP) e por emitir um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

No parecer enviado ao ministro-relator Alexandre de Moraes, a PGR informou que, até 2 de julho deste ano, Delgatti havia cumprido um ano, 11 meses e cinco dias de pena - o equivalente a 20% do total. O documento também destaca que o atestado de conduta carcerária emitido pela unidade prisional aponta bom comportamento do detento, requisito previsto em lei para a concessão do benefício.

"Além disso, o atestado de conduta carcerária emitido pela unidade prisional atesta que o reeducando Walter Delgatti Neto apresenta bom comportamento carcerário. Dessa forma, estão atendidos os requisitos objetivos e subjetivos exigidos para a progressão de regime prisional", escreveu o PGR Paulo Gonet.

A manifestação da PGR foi solicitada pelo ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo processo de execução penal e pelo pedido de progressão apresentado pela defesa. Não há prazo para decisão.

 

Política

Lula sanciona alta de 8% em salários do Jucidiário em 2026, mas veta reajuste em 2027 e 2028

Texto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).

22/12/2025 19h00

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva Agência Brasil

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou o reajuste para os servidores do Poder Judiciário em 2026, mas vetou o aumento dos salários nos tribunais em 2027 e 2028. O texto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).

O projeto aprovado pelo Congresso Nacional prevê reajuste de 8% nos salários do Judiciário a partir de julho de 2026. Lula vetou aumentos idênticos previstos para julho de 2027 e julho de 2028.

"Em que pese a boa intenção do legislador, a proposição legislativa contraria o interesse público ao estabelecer aumento da despesa com pessoal com parcelas a serem implementadas em períodos posteriores ao final do mandato do Presidente da República, contrariando a vedação prevista no art. 21, caput, inciso IV, alínea b, da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal", justificou o Planalto.

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