Política

REDUZIDO

Mulheres em Mato Grosso do Sul ainda têm pouco espaço na política

Mulheres em Mato Grosso do Sul ainda têm pouco espaço na política

FAUSTO BRITES E ROBERTA CÁCERES

08/03/2012 - 00h00
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 Distribuição do Eleitorado do Estado por Sexo/Município

 

Município Masculino Feminino Total
Total 836.444 885.392 1.721.836
ÁGUA CLARA 4.967 4.529 9.496
ALCINÓPOLIS 1.769 1.526 3.295
AMAMBAI 11.464 12.197 23.661
ANASTÁCIO 8.683 8.553 17.236
ANAURILÂNDIA 3.221 3.044 6.265
ANGÉLICA 3.306 3.222 6.528
ANTÔNIO JOÃO 3.110 3.315 6.425
APARECIDA DO TABOADO 7.842 8.214 16.056
AQUIDAUANA 16.449 17.157 33.606
ARAL MOREIRA 3.111 3.190 6.301
BANDEIRANTES 2.858 2.555 5.413
BATAGUASSU 7.776 7.573 15.349
BATAYPORÃ 4.363 4.318 8.681
BELA VISTA 8.302 8.250 16.552
BODOQUENA 3.516 3.195 6.711
BONITO 7.844 7.592 15.436
BRASILÂNDIA 4.803 4.481 9.284
CAARAPÓ 8.426 8.619 17.045
CAMAPUÃ 6.122 5.613 11.735
CAMPO GRANDE 255.138 291.646 546.784
CARACOL 2.220 2.074 4.294
CASSILÂNDIA 7.730 8.117 15.847
CHAPADÃO DO SUL 6.484 6.205 12.689
CORGUINHO 1.771 1.542 3.313
CORONEL SAPUCAIA 4.527 5.183 9.710
CORUMBÁ 32.812 35.136 67.948
COSTA RICA 7.211 6.848 14.059
COXIM 12.262 12.277 24.539
DEODÁPOLIS 4.416 4.467 8.883
DOIS IRMÃOS DO BURITI 3.935 3.585 7.520
DOURADINA 1.924 1.897 3.821
DOURADOS 66.803 73.604 140.407
ELDORADO 4.457 4.649 9.106
FÁTIMA DO SUL 6.969 7.681 14.650
FIGUEIRÃO 1.200 1.041 2.241
GLÓRIA DE DOURADOS 3.553 3.712 7.265
GUIA LOPES DA LAGUNA 3.733 3.828 7.561
IGUATEMI 5.305 5.403 10.708
INOCÊNCIA 3.216 2.973 6.189
ITAPORÃ 6.392 6.341 12.733
ITAQUIRAÍ 6.650 6.247 12.897
IVINHEMA 7.940 8.146 16.086
JAPORÃ 2.479 2.379 4.858
JARAGUARI 2.640 2.300 4.940
JARDIM 8.697 8.995 17.692
JATEÍ 1.915 1.851 3.766
JUTI 2.159 2.181 4.340
LADÁRIO 6.008 6.145 12.153
LAGUNA CARAPÃ 2.147 2.108 4.255
MARACAJU 12.459 12.300 24.759
MIRANDA 9.417 8.963 18.380
MUNDO NOVO 5.870 6.725 12.595
NAVIRAÍ 16.543 17.212 33.755
NIOAQUE 5.381 4.861 10.242
NOVA ALVORADA DO SUL 6.065 5.838 11.903
NOVA ANDRADINA 15.511 16.053 31.564
NOVO HORIZONTE DO SUL 1.872 1.780 3.652
PARAISO DAS AGUAS 1.760 1.458 3.218
PARANAÍBA 14.453 15.105 29.558
PARANHOS 3.503 3.774 7.277
PEDRO GOMES 3.150 3.024 6.174
PONTA PORÃ 25.785 28.292 54.077
PORTO MURTINHO 4.565 4.172 8.737
RIBAS DO RIO PARDO 6.887 6.361 13.248
RIO BRILHANTE 10.699 10.483 21.182
RIO NEGRO 2.069 1.905 3.974
RIO VERDE DE MATO GROSSO 6.903 6.957 13.860
ROCHEDO 1.725 1.648 3.373
SANTA RITA DO PARDO 2.440 2.239 4.679
SÃO GABRIEL DO OESTE 8.274 8.094 16.368
SELVÍRIA 2.481 2.385 4.866
SETE QUEDAS 3.438 3.753 7.191
SIDROLÂNDIA 14.210 13.959 28.169
SONORA 5.333 4.992 10.325
TACURU 3.410 3.328 6.738
TAQUARUSSU 1.436 1.402 2.838
TERENOS 5.805 5.453 11.258
TRÊS LAGOAS 32.093 34.803 66.896
VICENTINA 2.282 2.369 4.651

Fonte: Sistema Elo - atualizado em 29/02/2012

 

Participação

As lideranças defendem maior participaçãoda mulher na política. O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Jerson Domingos (PMDB), considera fundamental a inclusão do sexo feminino nas decisões políticas do Estado. Tanto é que a maioria dos partidos defende a tese de ter uma mulher ocupando o cargo de vice, nas próximas eleições municipais, e estaduais.

Hoje, Mato Grosso do Sul tem a Simone Tebet (PMDB), filha de uma das lideranças mais expressivas do Estado, senador Ramez Tebet, falecido em 2006, ocupando a Vice-Governadoria. Ela foi prefeita de Três Lagoas e tinha como vice outra mulher: Márcia Moura (PMDB), que hoje governa o município.

Na Assembleia Legislativa, há duas mulheres deputadas: Mara Caseiro (PTdoB) e Dione Hashioka (PSDB). Na Câmara Municipal de Campo Grande, os eleitores escolheram quatro mulheres: Magali Picarelli (PMDB),Grazielle Machado (PR), Thais Helena (PT) e Professora Rose (PSDB).

O presidente regional do PMDB, Esacheu Nascimento defende a qualificação para que haja a maior participação da mulher no partido "Estamos orientando nossos diretórios municipais para preparar intensificamente as mulheres, para tê-las em peso nas próximas eleições",disse Esacheu. Para ele, o Brasil passa por um momento em que seja necessário colocar em pauta a questão familiar e para isso seria extremamente importante a presença da mulher. "Hoje muitas mulheres tomam conta de uma casa sozinha, além de que o núcleo da família está em torno da mulher. Na hora de legislar é importante a sensibilidade delas, faz parte das mulheres pensar sempre pelo coletivo", argumentou.

Recentemente a pesquisa de opinião pública feita pelo PMDB para auxiliar na decissão do pré-candidato a prefeito de Campo Grande, apontou para que o cargo da vice seja tomado por uma mulher.

Para o coordenador de campanha do pré-candidato Vander Loubet, deputado federal Antônio Carlos Biffi (PT), o maior exemplo de que a mulher sabe lhe dar com política é a presidente Dilma Rousseff. "A presidenta Dilma demarca a história política brasileira. Ela governa muito bem, e as mulheres têm esse marco importante, tendo como referência e estímulo", estimou Biffi. Como coordenador de campanha ele acredita na possibilidade de ter uma mulher como vice de Vander. "Se pensa que uma mulher seja vice do deputado Vander, essa é a intenção". pontuou.

O presidente regional do PP, e pré-candidato a prefeito, Alcides Bernal, também defende a maior participação das mulheres na política. "Estou determinando para que tenha um ‘PP Mulherer’ em cada município do Estado, as mulheres correspondem um elemento fundamental para que possamos fazer da politica algo que alcance a justiça social em todas as classes", considerou Bernal. Ele acredita que a fama de corrupção na política afasta as mulheres. "O problema dos ficha suja inibe a participar da mulher. A politicagem afasta não só as mulheres como pessoas de bem.", disse. Bernal declarou a vontade em ter uma mulher ao seu lado, na corrida municipal deste ano. "Eu por exemplo, gostaria que minha vice fosse uma mulher. Nós já temos alguns nomes, e vamos conversar", pontuou.

MOVIMENTAÇÃO POLÍTICA

Tereza diz que fusão partidária entre Republicanos e PP está "ajustada"

Partido terá 94 deputados federais e 10 senadores, enquanto em MS serão 3 deputados estaduais, 16 prefeitos, 24 vices e 201 vereadores

14/01/2025 08h00

Senadora Tereza Cristina durante posse dos secretários, em Campo Grande, nesta segunda-feira (13)

Senadora Tereza Cristina durante posse dos secretários, em Campo Grande, nesta segunda-feira (13) Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

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PP e Republicanos podem se tornar um único partido ainda neste ano, em preparação para as eleições gerais de 2026, aumentando consideravelmente o poder de barganha no Congresso Nacional e nas negociações para o próximo pleito. 

Senadora Tereza Cristina durante posse dos secretários, em Campo Grande, nesta segunda-feira (13)

Caso realmente se consolide a fusão, o novo partido terá 94 deputados federais, passando a ser a maior bancada da Câmara, e 10 senadores, sendo a quarta maior bancada do Senado, enquanto em Mato Grosso do Sul chegará a 3 deputados estaduais, 16 prefeitos, 24 vice-prefeitos e 201 vereadores, consolidando-se como a segunda maior força política do Estado.

Em entrevista exclusiva ao Correio do Estado, a senadora Tereza Cristina, líder do PP no Senado e principal liderança do partido em Mato Grosso do Sul, revelou que a fusão com o Republicanos está muito bem encaminhada. 

“Até onde foi conversado entre as lideranças nacionais, a fusão de PP e Republicanos está bem ajustada”, declarou a senadora sul-mato-grossense, referindo-se ao fato de que todos os partidos estão articulando uma reorganização nesse modelo de alianças – fusão, federação ou incorporação – já preparando o terreno para as próximas eleições e mexendo no xadrez político.

Com relação à possível participação do União Brasil nessa fusão de PP e Republicanos, como está sendo divulgado pela imprensa nacional, Tereza Cristina destacou que dificilmente isso será possível.

“Há bastante conversa, mas tem resistência, tanto por parte do PP quanto por parte do Republicanos”, revelou.

FATORES

O principal empecilho para a aliança com o União Brasil está nas divisões internas do partido, que, recentemente, teve uma disputa litigiosa pela presidência nacional da legenda entre Luciano Bivar e Antonio Rueda.

Além disso, o partido também passou por um atrito com a decisão do Republicanos e do PP de patrocinar a candidatura do deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) a presidente da Câmara dos Deputados e esvaziar a do deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil-BA). 

Apesar disso, o União Brasil embarcou na aliança de Hugo Motta, no entanto, são consideradas remotas as chances de ser concretizada a participação da sigla na fusão do PP e do Republicanos.

Os principais interessados são os presidentes do União Brasil, Antonio Rueda, do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Rueda também espera atrair quadros que hoje não estão filiados a nenhum dos três partidos, caso a tratativa seja concretizada. 

Além de filiar deputados e senadores de outras legendas, é esperado o ingresso de governadores. Ainda assim, há percalços no caminho, e disputas regionais têm dificultado um acordo.

O deputado federal Mendonça Filho (União Brasil-PE), que tentará ser líder do partido na Câmara a partir do ano que vem, é um dos principais atores a trabalhar contra. 

Caso a aliança prospere, Mendonça Filho teria de dividir sua influência em Pernambuco com o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) e com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, do Republicanos.

Da mesma forma, o líder do União Brasil no Senado, Efraim Filho, resiste a ter de compor com os deputados federais Aguinaldo Ribeiro (PP) e Hugo Motta, que fazem parte de um grupo político diferente do dele na Paraíba. 

Há ainda divergências regionais entre os partidos em outros estados, como Amazonas, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, onde a ex-deputada federal Rose Modesto disputou e perdeu a eleição para prefeita de Campo Grande para Adriane Lopes (PP).

Em entrevista no fim do ano passado, Ciro Nogueira disse que as negociações para esse novo modelo de aliança só devem começar a ganhar corpo a partir de fevereiro, depois das eleições para os comandos da Câmara e do Senado.

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Política

Autorizado por Moraes, Chiquinho Brazão recusa realização de exame invasivo

O deputado decidiu não realizar um exame de cateterismo autorizado pelo Supremo Tribunal Federal

13/01/2025 21h00

Agência Brasil

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Preso desde março de 2024, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) decidiu não realizar um exame de cateterismo autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele está detido na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS) e é acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2019.

A defesa de Brazão informou ao STF que o parlamentar está apreensivo com as condições de recuperação após o procedimento, que é invasivo. "Ele não confia que o presídio tenha condição de assegurar a sua recuperação", afirmaram os advogados em documento enviado ao ministro Alexandre de Moraes, que havia autorizado a saída do deputado para o exame.

Durante uma visita familiar na sexta-feira, 10, Brazão foi informado sobre a decisão judicial que permitiria o exame sob escolta da Polícia Federal. Segundo a defesa, o deputado se mostrou irredutível em sua recusa. "Muito receoso e apreensivo com a notícia, informou que não teria coragem de assim realizar enquanto preso", argumentaram os advogados.

A defesa argumenta que a situação de saúde do deputado é grave e que ele teme pela própria vida. "Ele não se sente seguro para realizar o exame nessas condições", reforçaram os advogados.

O deputado já havia passado por uma avaliação médica na penitenciária, que indicou a necessidade de exames mais detalhados e possíveis intervenções cirúrgicas. Contudo, Brazão permanece cético quanto à segurança e ao suporte disponíveis no sistema prisional durante sua recuperação.

Brazão foi diagnosticado com coronariopatia, uma condição que afeta as artérias do coração, e já passou por intervenções coronarianas no passado. Atualmente, ele sente dores constantes no peito. De acordo com os exames mais recentes, há suspeitas de que ele sofra de obstrução completa da via coronária, o que pode causar infarto, necessitando de um cateterismo urgente para localizar a obstrução e implantar um Stent - um tubo minúsculo que mantém as artérias abertas.

No final de dezembro, a defesa de Brazão solicitou a conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar, alegando razões humanitárias. O pedido foi negado por Moraes, que considerou a gravidade das acusações contra o parlamentar. A solicitação incluía o uso de tornozeleira eletrônica e deslocamentos autorizados previamente para consultas médicas no Rio de Janeiro

Ao conceder a autorização para o exame, Moraes estabeleceu que a defesa informasse detalhes como data, horário e local com antecedência mínima de cinco dias. No entanto, com a recusa de Brazão, o procedimento permanece suspenso.

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