Política

ELEIÇÕES 2020

Na Câmara, só dois líderes são contra aumento de fundo eleitoral

Outros três concordam com proposta que tramita em Brasília

EDUARDO PENEDO

21/07/2019 - 08h20
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Dos cinco vereadores de Campo Grande que são dirigentes partidários, apenas dois não concordam com o aumento do Fundo Eleitoral que está prevista na Lei de Diretrizes Orçamentarias (LDO) que está tramitando no Congresso Nacional.

O valor que é de R$ 1,7 bilhão, valor disponibilizado ano passado, irá subir para R$ 3,7 bilhões nas eleições municipais do ano que vem. Ainda essa semana está prevista a aprovação simultânea da LDO na Câmara Federal e Senado.   

Para o vereador Cazuza, presidente municipal do PP, esse recurso extra que está sendo proposto poderia ser destinado em outras áreas que estão mais carentes e não para o Fundo Partidário. “Penso que neste momento. Essa emenda não é necessária o recurso extra que está sendo proposto precisa ser destinados para outras áreas muito mais carentes que estão precisando de investimento, entendo que fundo de campanha é bom, porém não pode onerar ainda mais nosso país que está lutando para sair da crise e voltar a crescer, estamos no momento que precisamos arrumar a casa para atrair investimentos para que o Brasil possa desenvolver temos que destinar esse recurso comum para Saúde, Educação, Infraestrutura e políticas públicas para geração de renda. ", explica o pepista.   

O presidente municipal do PSB, Vereador Carlos Borges, “Carlão”, comunga da mesma opinião que o colega parlamentar, dizendo que esse recurso poderia ser investido em outras áreas que estão mais problemáticas como saúde, Infraestrutura. “Eu entendo que não é o momento para isso. Que Vamos fazer o trabalho com esse recurso que já existe está muito bom.  Tem que investir mais em outras áreas. O nosso partido ano que vem vai trabalhar com recurso que tiver. Eu sou contra esse aumento, mas se vir para o vamos aplicar bem o dinheiro. A decisão é do Congresso não posso opinar, mas que sou contra sou”, argumenta.   

Já o vereador Pastor Jeremias Flores, que é presidente municipal do Avante, acredita que esse recurso extra vai ser muito importante para os candidatos a vereadores e prefeitos já que muitas vezes disputam as eleições quase sem recursos. “Com certeza essa emenda aí é importante e oportuna principalmente agora que estamos preparando um quadro para disputar eleição. A vinda desse recurso extra para o fundo do fundo eleitoral vai ser de excelência e com certeza as pessoas que vão disputar vão sair beneficiados. Na eleição passada tinha candidatos na coligação que não pegou um centavo e teve uma votação expressiva. Esse recurso extra vindo com certeza vai ser muito bem aplicada principalmente na questão destinada às mulheres também que fazem parte da campanha e com certeza o Avante vai dar muito valor nas mulheres nas eleições do ano que vem”, avalia.   

Para o vereador Papy, que é presidente regional do Solidariedade, acredita que é um avanço, pois nenhum partido político investiu financeiramente nos pequenos e médios. “Isso vai ser uma novidade na eleição municipal haja vista que os partidos nunca investiram financeiramente pequenos médios nas suas legendas. Geralmente os recursos são disponibilizados para eleição dos federais como as chapas serão puras na próxima eleição os partidos têm se mobilizado para conseguir algumas estratégias para manter as chapas. Se fizermos um cálculo básico são 5.561 municípios do Brasil e legendas com PT, PSDB e DEM vão ter que disputar em todos os municípios com essa legislação de chapa pura serão obrigados a investir nas municipais. Então vai ficar muito difícil os partidos grandes elegerem seus candidatos sem esse recurso”, explica.   

O vereador João Cesar Matogrosso, que é presidente municipal do PSDB, acredita que é bom esse aumento de repassa para o Fundo Eleitoral para ajudar nas campanhas municipais, mas ele lembra que dependendo da estratégia do candidato a campanha pode sair mais barata.” É bom esse aumento do valor de repasse para os candidatos, mas temos que lembra que o valore da campanha de um prefeito e vereador é relativo. Podemos ver a do presidente Jair Bolsonaro que ele gastou 2 / 8, praticamente nada usando as redes sociais. Pessoas com bons discursos usando as redes sociais podem se tornar um prefeito ou um vereador, mas eu ainda acredito na política de realizações e de pé no chão, com as pessoas sendo valorizadas conversando lá na ponta”, argumenta.    

Criado em 2017 pelos deputados e senadores para compensar a proibição do financiamento privado de campanha, imposta pelo STF (Supremo Tribunal Federal), o fundo eleitoral é abastecido por recursos das emendas parlamentares de bancada.   

As emendas equivalem a 1% da receita corrente do governo federal. A sugestão do deputado é usar no ano que vem 0,44% para o fundo eleitoral (o que dá os R$ 3,7 bilhões) e 0,56% para as emendas que são destinadas pelos congressistas para projetos definidos pelas bancadas.   

O fundo eleitoral – uma das fontes de financiamentos das campanhas – foi usado pela primeira vez na eleição do ano passado e disponibilizou R$ 1,7 bilhão para cerca de 29 mil candidatos a presidente, governador, senador e deputado estadual, distrital e federal.   

A eleição do ano que vem é municipal, para prefeitos e vereadores, e vai reunir número maior de postulantes. Na última, em 2016, foram quase 500 mil candidatos. Mas a campanha tem outra dinâmica, pois não tem alcance nacional e envolve apenas os municípios.   

• Eleições 2018.   
Fundo eleitoral: R$ 1,7 bi   
Candidatos: 29 mil (para os cargos de presidente, governador, senador e deputado estadual, distrital e federal).   
• Eleições 2020.   
Fundo eleitoral: R$ 3,7 bi   
Candidatos: Ainda indefinido. Na última eleição municipal (2016), 496,8 mil disputaram os cargos de prefeito e vereador em todo o país

Política

Partido de Bolsonaro terá 77 vezes mais verba em emendas que o PT

PL comandará a maior parte das emendas de comissão na Câmara, com R$ 6,7 bilhões, enquanto o PT ficará com R$ 87,5 milhões

20/03/2025 21h00

Partido de Bolsonaro terá 77 vezes mais verba em emendas que o PT

Partido de Bolsonaro terá 77 vezes mais verba em emendas que o PT Divulgação

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O Partido Liberal (PL), partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, comandará a maior parte da verba das emendas de comissão na Câmara dos Deputados. Na versão atual da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025, que pode ser votada nesta quinta-feira, 20, as comissões presididas pelo PL terão R$ 6,7 bilhões à disposição. O valor é 77 vezes maior do que o montante controlado pelo PT, que terá R$ 87,5 milhões.

A diferença se deve, em grande parte, à Comissão de Saúde, que terá R$ 4,98 bilhões à disposição para destinar. O colegiado será presidido pelo deputado bolsonarista Zé Vitor (PL-MG). Mesmo integrando o PL, o mineiro diz ter boa relação com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT).

A maior parte do montante à disposição do colegiado vem de emendas de comissão propriamente ditas (R$ 3,8 bilhões), mas há também R$ 1,1 bilhão vindos de remanejamentos de verbas do Poder Executivo, identificadas com os marcadores RP-2 (R$ 150 mil) e RP-3 (R$ 1 bilhão).

Depois do PL, os partidos com mais verba de emendas de comissão na Câmara são o União Brasil (R$ 1,2 bilhão) e o PSD (R$ 1,1 bilhão). Juntos, os três partidos terão sob seu comando R$ 9,1 bilhões, ou 88% da verba sob comando das comissões da Casa. Ao todo, as comissões da Câmara disporão de R$ 10,3 bilhões. O montante inclui tanto a verba das emendas de comissão (R$ 7,66 bilhões) quanto os remanejamentos (R$ 2,68 bilhões).

Além da Comissão de Saúde, o PL também chefiará a Comissão de Turismo, com R$ 2,2 bilhões à disposição. O colegiado será comandado pelo deputado Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG). Ele foi ministro do Turismo no governo Bolsonaro, de 2019 a 2020. Em outubro de 2019, ele foi denunciado pelo Ministério Público Eleitoral de Minas pelo suposto uso de candidaturas "laranjas", ou seja, fictícias, na eleição de 2018. Ele nega irregularidades

As outras duas comissões "bilionárias" da Câmara, na Lei Orçamentária de 2025, são as de Integração Nacional (R$ 1,19 bilhão) e de Esporte (pouco mais de R$ 1 bilhão). A primeira ficará sob o comando de Yandra Moura (União-SE), e a segunda, com Laura Carneiro (PSD-RJ). A comissão mais aquinhoada sob comando do PT é a de Finanças e Tributação, presidida por Rogério Correia (MG). O colegiado não dispõe de emendas de comissão formais, identificadas pelo código RP-8, mas terá R$ 60,5 milhões remanejados de verbas do Executivo (RP-2).

Das comissões da Câmara, só seis terão emendas de comissão formais. Todas as outras 24 receberão remanejamento de verbas do Executivo, em montantes que variam de R$ 411 milhões (Desenvolvimento Urbano) a apenas R$ 30 mil (Defesa do Consumidor). Ainda não está claro como se dará a execução e a prestação de contas dessas verbas remanejadas, e se haverá transparência sobre a destinação do dinheiro.

Na semana passada, o Congresso aprovou, em sessão conjunta, novas regras para as emendas parlamentares. Nas emendas de Comissão, há a possibilidade das verbas serem executadas conforme indicação dos líderes das bancadas partidárias, omitindo o nome dos deputados que realmente decidiram pelo envio dos recursos. Para entidades que atuam no tema da transparência dos recursos públicos, as novas regras são falhas e contrariam a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em agosto passado, o ministro Flávio Dino entendeu que o Orçamento Secreto tinha continuado, e determinou que o Congresso adotasse medidas para dar fim à prática. Em nota, as entidades Transparência Brasil, Transparência Internacional e Contas Abertas disseram que esta modificação equivale à criação da "emenda de líder partidário", sem previsão na Constituição Federal de 1988.

Política

Adriane Lopes "soma forças" com prefeito polêmico de Sorocaba

Rodrigo Manga visitou Campo Grande com empresários paulista e se reuniu com a prefeita para tratar sobre desenvolvimento e Pacto Federativo

20/03/2025 18h28

Adriane Lopes e Rodrigo Manga, prefeito de Sorocaba, se reuniram nesta quinta-feira

Adriane Lopes e Rodrigo Manga, prefeito de Sorocaba, se reuniram nesta quinta-feira Foto: Divulgação

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A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), se reuniu hoje com o prefeito de Sorocaba (SP), Rodrigo Manga (Republicanos), que visitou a Capital junto com empresários paulistas. Manga é polêmico devido a postagens que faz no TikTok e, na última segunda-feira, o Ministério Público de São Paulo aceitou uma denúncia de racismo contra ele.

Segundo o Executivo municipal, a visita institucional teve como objetivo fortalecer laços e promover a troca de experiências entre as administrações municipais, com foco no desenvolvimento econômico e em pautas de interesse nacional.

“Estamos aqui para acompanhar a abertura de uma nova empresa em Campo Grande, mas também aproveitamos a oportunidade para discutir com a prefeita Adriane Lopes sobre o desenvolvimento econômico e também para falar sobre o Pacto Federativo, uma pauta essencial para os municípios”, afirmou Manga.

A revisão do Pacto Federativo visa aumentar a participação dos municípios na distribuição de recursos federais e a expectativa é de que essa mudança traga melhorias significativas em diversas áreas, como saúde, educação e infraestrutura.

Durante o encontro, foi debatida também a necessidade de revisar os recursos destinados aos municípios, buscando fortalecer as gestões locais e, assim, promover uma melhora significativa na qualidade de vida da população.

“A prefeita Adriane compartilha da mesma visão e pensamento sobre a importância de fortalecer os municípios, e juntos, vamos unir forças na Frente Nacional de Prefeitos para que essa revisão do Pacto Federativo ocorra já em 2025”, acrescentou o prefeito de Sorocaba.

Adriane Lopes também afirmou que foram discutidos temas essenciais, como investimentos e a revisão do Pacto Federativo.

"Estamos somando forças para, juntos, trabalharmos em prol dos municípios de todo o país, garantindo melhorias para nossas cidades. Sorocaba pode contar com Campo Grande para avançarmos juntos nesse caminho,” afirmou a prefeita.

Ao fim da reunião, ambos os prefeitos se comprometeram a atuar de forma conjunta na defesa dos interesses dos municípios e na busca por soluções que tragam mais recursos e autonomia às cidades brasileiras.

 

Denúncia

Na última segunda-feira (17), associações do movimento negro protocolaram uma denúncia junto ao Ministério Público de São Paulo (MPSP), contra o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga, após ele divulgar em seu perfil nas redes sociais um vídeo que simula homens sendo revistados por policiais.

De acordo com o jornal O Globo, os coletivos afirmam que a gravação feita para anunciar a compra de viaturas do programa Protege Mulher tem "acúmulo da estética negra" e "reforça estereótipos" ao colocar homens negros e periféricos para encenar supostos agressores de mulheres.

"O cenário criado em torno do vídeo das entregas das novas viaturas do programa Protege Mulher, apresenta violências diversas e em vários níveis. Ele interseciona raça, gênero e classe social, quando supõe através das imagens que meninos negros e periféricos são, a princípio, responsáveis pelas violências sofridas pelas mulheres. O vídeo tem um cunho racista porque além de reforçar a violência e a repressão policial, também faz a manutenção do estereótipo da delinquência em torno dos jovens negros, motivo ao qual apresentamos essa denúncia", afirmaram os coletivos.

Em nota, a Prefeitura de Sorocaba disse que “não foi notificada sobre a medida e sempre está à disposição do Ministério Público para, caso necessário, esclarecer quaisquer solicitações

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