Política

DISCURSO

Na posse de deputados, Riedel defende diálogo e que não haja polarização política

Governador afirmou que qualquer discurso de ódio representa um risco exponencial e reafirmou união com o Legislativo

Continue lendo...

Na solenidade de posse dos deputados estaduais de Mato Grosso do Sul, nesta quarta-feira (1º), o governador Eduardo Riedel defendeu a união e diálogo entre os poderes, acima de divergências ideológicas.

O governador afirma que o interesse público deve estar acima dos interesses pessoais, pois o objetivo deve ser atender a população sul-mato-grossense.

"Os inúmeros problemas que nos desafiam não podem ser subdimensionados e atropelados por razões da luta ideológica entre os diferentes lados. Afinal, os dois campos políticos hoje divergentes acabam portadores de desafios comuns", disse.

"É desastre comum a todos nós, que nos impõe um atraso secular ainda hoje remitente, e o alerta ,em nenhum momento a luta política radicalizada será capaz de nos entregar mais crescimento sustentável, nem tão pouco a tão necessária a busca por equidade, com mais justiça social", acrescentou.

"Qualquer discurso que traga ódio que seja alimentado, representa um risco exponencial a nossa capacidade de construir grandes convergências através dos projetos coletivos, para juntos podermos avançar muito mais", complementou o governador.

Riedel ressaltou que confia no trabalho dos deputados eleitos e que o espírito público prevalece e irá marcar as relações entre os poderes do Estado.

O governador parabenizou ainda os parlamentares que deixaram os cargos e os que tomam posse para a nova legislatura, destacando os números positivos que Mato Grosso do Sul alcançou nos últimos anos.

"Pontuo a coragem e o desprendimento dos parlamentares que estiveram na 11ª legislatura, de pautas extremamente complexas e outras tantas também populares e desgastantes, mas cruciais na superação de múltiplas crises e a conquista de um novo patamar de desenvolvimento", afirmou.

"É com essa vivência e a exitosa experiência que reitero a minha plena confiança e um regime de intensa colaboração em parceria entre os diferentes poderes e a nossa sociedade organizada em nome do interesse público e das causas coletivas do Mato Grosso do Sul nos próximos anos", acrescentou.

Por fim, o governador afirmou que Executivo e Legislativo irão "reconstruir pontes para caminhar de forma segura por elas, em direção a um novo futuro para todos".

"É nosso dever fazer melhor, com menor gasto, mais eficiência, entrega de resultado. A sociedade espera isso e estes sempre serão os nossos objetivos finais na rotina da administração".

"Nessa direção, eu conto desde já com a responsabilidade e solidariedade política dos parlamentares sul-mato-grossenses que hoje assumem os seus mandatos, dos que estão em nossa base e ajudaram a construir esse projeto, mas também dos que por diferentes motivos nos farão oposição", ressaltou Riedel.

O governador disse ainda que estará aberto a ouvir a oposição, sempre que houver argumentos realistas, justos e críticas pertinentes.

ACEITOU

Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

Continue Lendo...

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

Espera

Motta aguarda assessoria jurídica da Câmara para definir posse de suplente de Zambelli

Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli

13/12/2025 21h00

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta Foto: Câmara dos Deputados

Continue Lendo...

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), espera uma resposta da assessoria jurídica da Casa para definir o destino do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) até segunda-feira, 15.

A equipe de Motta afirmou à reportagem que a decisão deve tratar não necessariamente da cassação de Zambelli, mas da posse de Adilson Barroso (PL-SP). O prazo de 48 horas dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Câmara menciona especificamente a posse do suplente, não a cassação da titular.

A Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli. O colegiado também chancelou a determinação para que a Mesa da Câmara dê posse ao suplente da deputada em até 48 horas, como prevê o regimento interno da Casa.

A decisão anulou a deliberação da própria Câmara de rejeitar a cassação de Zambelli, o que foi visto como afronta ao STF. Foram 227 votos pela cassação, 170 votos contrários e dez abstenções. Eram necessários 257 votos para que ela perdesse o mandato.

Moraes disse em seu voto que a deliberação da Câmara desrespeitou os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, além de ter "flagrante desvio de finalidade".

O ministro afirmou que a perda do mandato é automática quando há condenação a pena em regime fechado superior ao tempo restante do mandato, já que o cumprimento da pena impede o trabalho externo.

Nesses casos, cabe à Casa legislativa apenas declarar o ato, e não deliberar sobre sua validade.

O STF condenou Zambelli em maio pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena é de 10 anos de prisão em regime inicial fechado, e tem como resultado a perda do mandato na Câmara.

A deputada, no entanto, fugiu do País antes do prazo para os recursos. Ela hoje está presa preventivamente na Itália, e aguarda a decisão das autoridades italianas sobre a sua extradição.

A votação em plenário na madrugada da quinta-feira, 11, contrariou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que, na tarde desta quarta-feira, 10, tinha aprovado a cassação.

Zambelli participou por videoconferência da deliberação da CCJ e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. "É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação", disse.

No plenário, a defesa ficou com Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, que fez um apelo para demover os deputados. "Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas", afirmou. O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completou 18 anos nesta quinta-feira.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), discursou pedindo pela cassação. "Estamos aqui para votar pela cassação que já deveria acontecer há muito tempo", disse.

O PL trabalhou para contornar a cassação, para esperar que Zambelli perca o mandato por faltas. Pela regra atual, ela mantém a elegibilidade nessa condição.

Caso tivesse o mandato cassado, ficaria o tempo de cumprimento da pena mais oito anos fora das urnas. Ela só poderia participar de uma eleição novamente depois de 2043. Estratégia similar foi feita com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deverá ter a perda do mandato decretada pela Mesa Diretora.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).