Política

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Número de eleitores com 16 e 17 anos supera eleição de 2010

Número de eleitores com 16 e 17 anos supera eleição de 2010

agência brasil

31/07/2012 - 18h00
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O número de eleitores com idades entre 16 e 18 anos voltou a crescer. Para as eleições de 2012, o número de jovens que participarão do primeiro pleito chegou a 2.913.627. Em 2010, esse número era 2.391.092. Os dados foram divulgados hoje pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Para as eleições municipais que ocorrem em outubro, 1.157.551, ou 0,82% do total de eleitores terão 16 anos e 1.756.076 (1,25%) terão 17 anos. O TSE considera esse crescimento fruto do interesse e da participação dos jovens na política, principalmente municipal.

O próprio TSE e os tribunais regionais eleitorais (TREs) estimulam a inserção do jovem no cotidiano político por meio do Projeto Jovem Eleitor, que traça panorama da importância do voto. O voto é facultativo para eleitores com idades entre 16 e 18 anos.

Mudança de ninho?

Soraya se reune com Aécio e diz que "portas do PSDB estão abertas"

Senadora pode deixar Podemos e seguir ao partido tucano em 2026

11/07/2025 14h30

Senadora não descartou rumar ao partido tucano em 2026

Senadora não descartou rumar ao partido tucano em 2026 Foto: Divulgação

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A senadora sul-mato-grossense Soraya Thronicke (Podemos) se reuniu com o líder nacional do PSDB Aécio Neves, e recebeu o sinal de que o partido tucano está “de portas abertas” caso ela decida deixar o atual partido.

O encontro ocorreu em meio aos burburinhos sobre seu interesse em disputar a cadeira da governadoria estadual em 2026, ocupada por Eduardo Riedel. Com exclusividade ao Correio do Estado, a senadora confirmou o encontro com o líder tucano, contudo, descartou um eventual embate com o governador em uma disputa pelo executivo estadual.

“Nesta semana eu estive sim em uma conversa reservada com o Aécio sobre o futuro da política aqui no estado. Não sei, até agora, de onde saiu essa afirmação específica (sobre interesse ao Governo de MS). Estou com o governador Eduardo Riedel, que tem feito um excelente trabalho”, declarou a senadora, que disse que o encontro “versou” apenas no sentido do partido lhe abrir as portas. 

Nos bastidores, a leitura é de que o partido tucano busque nomes com peso eleitoral para 2026. Neste sentido, o protagonismo recente de Soraya em matérias chaves como a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets pode contribuir para a mudança de sigla. 

Vai e vem

Último governador do PSDB no Brasil, Eduardo Riedel, estava de “malas prontas” para deixar o partido, contudo, os trâmites para a incorporação entre PSDB e Podemos melou. Na ocasião, o próprio deputado federal Aécio Neves disse que seria um grande “equívoco”, caso Riedel optasse por deixar o ninho tucano. 
Apesar disso, o parlamentar federal mineiro destacou que a decisão é muito pessoal.

“Eu acho um equívoco [a saída de Riedel], como achei um equívoco o que os governadores Eduardo Leite [RS] e Raquel Lyra [PE] fizeram, ao trocar o PSDB pelo PSD. Eles não saíram para um projeto”, lamentou.
“Se você tem seus sonhos, você tem que ter uma coisa não palpável, que te move, que sabe que te movimenta”, afirmou.

No início de junho, o ex-governador mineiro ressaltou que Riedel “é um quadro altamente extraordinário, sendo um governador moderno e, com os resultados econômicos apresentados por Mato Grosso do Sul na sua gestão, talvez seja um dos melhores do Brasil”.

Sem polêmica

Sem falar sobre possível mudança de partido, em agenda nesta sexta-feira (11), Riedel, ao contrário da grande maioria dos políticos e dos brasileiros como um todo, afirmou não estar surpreso com o tarifaço ou com a carta que o presidente dos Estados Unidos enviou ao Brasil. "Desde que o presidente Trump assumiu ele enviou para vários países e falou que iria enviar depois”, declarou.

Com esse discurso, o governador tenta se desvincular do debate político e ideológico que tomou conta do tema depois que o próprio presidente dos Estados Unidos usou a suposta perseguição das autoridades brasileiras ao ex-presidente Jair Bolsonaro como uma das razões para aplicar o tarifaço às exportações brasileiras a partir de primeiro de agosto.

Colaborou Daniel Pedra

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Política

Camila Jara aciona PGR contra Jair e Eduardo Bolsonaro por crimes militares

Deputada defende responsabilização de pai e filho por articulação de sanções internacionais contra o Brasil

11/07/2025 14h00

Deputada federal Camila Jara

Deputada federal Camila Jara Foto: Divulgação

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A deputada federal Camila Jara, ao lado dos deputados Dorinaldo Malafaia (PDT/AP), Duarte Jr (PSB/MA) e Duda Salabert (PDT/MG) protocolou, nesta quinta-feira (10), uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro por possíveis crimes militares e ações que colocam em risco a soberania nacional.

A denúncia aponta que os dois atuaram na articulação de sanções internacionais contra o Brasil, culminando no anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A representação tem como base o Código Penal Militar e o Código Penal Comum, e cita crimes como provocação a país estrangeiro, entendimento para gerar conflito internacional e tentativa de submeter o território nacional à influência externa. Para os parlamentares, a conduta dos dois representa uma grave ameaça às instituições brasileiras e não pode passar impune.

“É inadmissível que pessoas usufruam do estado para prejudicar o Brasil, especialmente políticos que se dizem patriotas. A tarifa de 50% imposta por Donald Trump é uma tentativa explícita de interferência em nosso país, uma afronta ao Judiciário e ao povo brasileiro. Nossa economia, as exportações e o poder de compra das famílias serão diretamente impactados por esse capricho político dos bolsonaristas”, explica Camila Jara em nota. 

Além da representação criminal, o grupo também encaminhou um ofício ao Ministério das Relações Exteriores (MRE), cobrando providências diplomáticas diante da ameaça feita por Trump, motivada por pressões de brasileiros no exterior contra o Supremo Tribunal Federal. Eduardo Bolsonaro, inclusive, afirmou publicamente que se mudou para os Estados Unidos com o objetivo de buscar sanções contra ministros do STF, atitude que já está sob investigação do Supremo no Inquérito 4995.

A carta enviada por Trump ao presidente Lula, no último dia 9 de julho, oficializa a aplicação da tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros, e exige o fim dos processos contra Jair Bolsonaro. Para Camila, o episódio apresenta grandes riscos para a população brasileira.

“Bolsonaro, que se autoproclamava defensor da pátria, age de forma oposta: em vez de proteger os interesses nacionais, está sacrificando o agronegócio e outros setores estratégicos para atender aos seus próprios interesses egoístas.”, disse a deputada. 

Saiba 

As sanções dos EUA ao Brasil durante o governo de Donald Trump foram um tema controverso e complicado. Embora o Brasil não tenha sido alvo direto de sanções significativas como outros países, o governo Trump, de fato, utilizou várias medidas econômicas e políticas que afetaram a relação bilateral entre os dois países, algumas das quais poderiam ser interpretadas como sanções ou pressões.

Trump sempre enfatizou a importância de reduzir o déficit comercial dos EUA com outros países, e isso afetou diretamente a relação com o Brasil. Embora o Brasil não tenha sido alvo de tarifas especificamente em relação a outros países, o governo Trump impôs tarifas sobre aço e alumínio de várias nações, incluindo o Brasil. Isso gerou tensões e levou o Brasil a tentar negociar isenções, embora em alguns casos não tenha sido bem-sucedido.

Em 2018, os EUA impôs tarifas de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio importados de vários países, incluindo o Brasil. Esse movimento causou uma pressão econômica significativa, já que o Brasil é um grande exportador de aço e alumínio. O país teve que negociar com os EUA para tentar reverter essas tarifas, que afetaram negativamente algumas indústrias brasileiras.

Em outro momento, o presidente americano, que tinha uma postura bastante cética em relação ao meio ambiente, foi crítico sobre a preservação da Amazônia, mas ao mesmo tempo, o governo Bolsonaro (do qual Trump apoiou algumas ações) tentou alinhar-se com os EUA. A pressão internacional, sobre as políticas ambientais do Brasil, também gerou tensões, especialmente no contexto das políticas ambientais de Bolsonaro que resultaram em aumento do desmatamento da Amazônia.

O governo Trump demonstrou apoio ao governo Bolsonaro, o que, de certa forma, trouxe uma espécie de "aliança ideológica". A parceria foi vista por alguns como uma forma de pressão do lado dos EUA para que o Brasil adotasse políticas mais alinhadas com os interesses americanos, especialmente em relação à economia e à política externa. 
 

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